Descobrindo Sentimentos

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Nos dias que se seguiram, não consegui parar de pensar em Ana. O jeito como ela mexia no cabelo, seu sorriso encantador e a forma como iluminava qualquer ambiente que entrava estavam gravados em minha mente. Meus amigos notaram que algo havia mudado em mim.

— Você está com um sorriso diferente — uma amiga comentou durante o almoço. — O que está acontecendo?

— Eu... conheci alguém — eu admiti, não conseguindo conter o sorriso que se formou ao pensar em Ana.

— Ah, é? Conta mais! — ela disse, animada. Era como se ela soubesse que havia algo especial sobre Ana.

— Ela é incrível. Mas... não sei como me aproximar — eu confessei, minha insegurança transparecendo.

— Você deve chamá-la para sair! O que está esperando? — minha amiga insistiu. A ideia parecia irresistível, mas ao mesmo tempo aterrorizante.

A cada dia que passava, essa vontade crescia. A lembrança do nosso encontro no café se tornava mais vívida, e a ideia de passar mais tempo com Ana era a única coisa que eu conseguia pensar. Até que, finalmente, uma chance se apresentou. Ana foi convidada para um evento em comum, e meu coração disparou ao pensar que poderia ter uma oportunidade real de falar com ela.

O evento era uma celebração de final de semestre, e a música alta preenchia o ar. Quando entrei, o cheiro de comida e o brilho das luzes tornavam tudo ainda mais mágico. E lá estava Ana, radiante, cercada por amigos.

— Oi! Que bom te ver aqui! — Ana disse, seu sorriso fazendo meu coração disparar.

— Oi! Também estou feliz de te ver — eu respondi, tentando esconder o nervosismo. O barulho ao nosso redor parecia desaparecer, e só havia Ana e eu.

Conversamos sobre tudo e nada, e a conexão que havia entre nós se intensificava a cada palavra trocada. Quando a música começou a tocar, Ana puxou minha mão e me levou para dançar. No meio da pista, nossos corpos se moviam em sincronia, e o mundo parecia ter desaparecido.

— Você gosta de música? — perguntei, tentando manter a conversa leve.

— Sim! Eu amo! Estou até pensando em ir a um show na próxima semana. Você gostaria de ir comigo? — Ana sugeriu, e meu coração quase parou.

— Claro! Eu adoraria! — eu exalei, surpreso com a própria sorte. A energia entre nós era palpável, e eu não queria que a noite acabasse.

Após algumas horas, decidimos sair para pegar um ar fresco. Sentamos em um banco do parque, e as estrelas brilhavam intensamente acima de nós.

— Sabe, eu sinto que estamos conectados de uma forma única — eu disse, e eu sabia que não estava sonhando.

— Às vezes eu penso, mas o medo de estragar o que temos é assustador — ela respondeu, seu olhar pensativo. Eu sabia que não era o único lutando com esses sentimentos.

— Eu também. É como se fôssemos amigos, mas eu sinto que poderia ser mais. Não quero estragar a amizade, mas não posso ignorar o que estou sentindo — eu disse, minha voz um pouco mais baixa, como se estivesse revelando um segredo.

— Eu gostaria de tentar. Mas temos que ser cuidadosos — Ana falou, e a esperança começou a brotar em meu coração.

Quando o Medo Encontra o Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora