Eram somente duas e quarenta da tarde e Lee Minho não aguentava mais ouvir o tic tac frenético do relógio.
Suas mãos se movimentavam rapidamente, lições de álgebra eram escritas em seu caderno. Apesar de seu histórico de brigas, Minho é um rapaz bastante inteligente, quebrando o estereótipo de "garoto-problema-burro".
Faltavam ainda duas horas para o fim de sua detenção, e ele já se encontrava em extrema dor de cabeça. Não era sua primeira vez, muito menos a última ali, era uma verdadeira tortura psicológica para Lee todo aquele silêncio.
──͏ Jovenzinho, tem alguém querendo falar com você. ──͏ o segurança o fitou na porta.
Minho apenas assentiu e esperou tal pessoa ir até ele. Seu semblante fechou imediatamente e ele se sentiu sem vida, vazio, quando viu uma moça entrar na sala, despojada e com um jaleco, com seu nome e sua profissão bordados nele: Myori, Psicóloga. O ruivo quis rir, ele se achou idiota por querer rir da situação, a escola é tão hipócrita que achavam que ele tinha problemas e precisava de ajuda.
──͏ Olá Lee Minho, ouvi muitas coisas ao seu respeito. É um prazer lhe conhecer pessoalmente, sou a Dra. Myori, e sou psicóloga da escola. ──͏ a morena estendeu a mão para Minho, esse que exitou por uns segundos mas a cumprimentou. ──͏ Bom, você já sabe o porquê estou aqui, não é?
o ruivo assentiu ──͏ Sei exatamente o seu propósito vindo até mim doutora, mas acho que você está enganada ao meu respeito.
──͏ Oh, e o que eu penso sobre você, meu querido? ──͏ Myori sorriu indicando ele a prosseguir com sua ideologia.
──͏ Não sei exatamente o que pensa de mim, mas se veio aqui, coisas boas não são, normalmente pessoas que vão á psicólogos são doentes.
A morena nada falou, apenas o observou e em seguida disse ──͏ Minho, nem todo mundo que vem até mim ou outro praticante de minha área é doente. Todos nós precisamos ir ao psicólogo, dependendo de seu estado mental, seja bom ou ruim, eu por exemplo também vou em sessões, e isso não quer dizer que sou "louca" ou seja lá como você pensa que são as pessoas que procuram ajuda.
A fala da mulher foi como um soco no estômago de Lee, "procuram ajuda" ele queria conseguir fazer isso. Ele sempre reprimiu o sentimento de precisar de ajuda, não queria chorar na frente de alguém, pois sabia que isso aconteceria. Minho sempre se doeu por ter sentimentos normais, é uma sensação estranha, sentir tudo, principalmente para ele, que tudo vem com intensidade.
As coisas são muito estranhas e difíceis de lidar, e ninguém entendia isso.
──͏ Me desculpa por dizer isso sobre os seus pacientes, não quis ofender.
──͏ Interessante, você é exatamente como a primeira impressão que tive quando passei por aquele porta. ──͏ a doutora sorriu simpática e o rapaz não tinha entendido o que ela quis dizer com isso. ──͏ Quando te vi, por experiência de julgamento e já ter tido vários pacientes, eu tive uma hipótese de quê você aparenta ser uma coisa mas é outra. Normalmente as pessoas julgam o livro pela capa, eu não gosto disso.
A conversa entre os dois continuou, o clima já não era tão pesado, a doutora tentava fazer Minho se sentir confortável e não optava por esconder a verdade dele. Com o passar das horas, o ruivo descobriu que foi o diretor quem recorreu à mulher, dizendo que tinha um aluno-problema que estava sem limites e fazendo os outros de saco de pancadas, a morena disse que achou a forma como o gestor definiu o aluno muito sem noção. Risos podiam ser ouvidos por quem passa-se pelo corredor, a descontração e a flexibilidade nas conversas, ajudavam Lee a esquecer um pouco o que estava por vir.
──͏ Obrigada por aceitar conversar comigo, Minho. Mas eu preciso que você entenda agora que terá que fazer sessões comigo e procurar algum hoobie saudável para ocupar sua mente e tempo. ──͏ a psicanalista mesmo dito uma conversa interessante e descontraída com ele, ainda precisava concluir sua ida, e o incentivar a buscar ajuda.
──͏ Eu pedir um tempo para pensar, doutora? ──͏ apesar de ter gostado da companhia, a opinião sobre pedir ajuda não mudaria tão facilmente, será um longo processo.
──͏ Sem problemas, mas não demore. ──͏ a mais velha sorriu e saiu da sala.
O segurança em seguida adentrou o local e disse a Minho que seu tempo na detenção tinha acabado e ele deveria ir para casa, ele agradeceu e se dirigiu à saída da escola.
O plano do ruivo era chegar em casa, tomar um banho, limpar os machucados e dormir, mas tudo foi deixado de lado quando ele recebeu uma mensagem de seu amigo.
"Ei Ho, cara, topa conhecer um lugar legal que descobri através do Hyo? Caso queira vir, eu te busco às 22:00 na sua casa, valeu mano"
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clube da luta › minsung | HIATUS.
De TodoLee Minho, um cara fodido e com problemas de raiva, por insistência da psicóloga do colégio onde sofre homofobia, começa a fazer sessões de terapia. Mas não contava com outro tipo de "ajuda", Seo o leva à um evento ilegal, e lá reconhece aquele rost...