Truth

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Luiz P.O.V


Destino. Nunca acreditei muito nisso, quer dizer, claro que tudo o que acontece na vida da gente tem uma
razão, um porque. Mas não acredito em ter alguém destinado você, por exemplo. Ou melhor, não acreditava. Não até conhecer aqueles olhos azuis.

Não que eu ache que somos destinadas, até por que ela é uma garota e eu nunca sequer imaginei beijar uma garota, mas algo nela me intriga, me puxa como um ímã. É como se de alguma forma eu a conhecesse, mesmo nunca a tendo visto antes. Reconheço de alguma forma o seu olhar, mesmo que sem brilho.

Seu jeito me faz querer proteger e cuidar dela para que nada nem ninguém possa a machucar, nem fisicamente e nem de forma alguma. Valentina desperta um sentimento de proteção que nunca senti antes, por ninguém. É como se fosse minha missão, meu destino. E como que para me provar que realmente o destino brinca com agente, mais uma vez ele, o
destino mostrou sua face.

- Oi mãe. - Eu disse enquanto minha mãe entrar no quarto de Valentina. - Eu estava te procurando quando esbarrei sem querer em Valentina e acabei machucando ela ainda mais, então eu quis acompanhá-la para ter certeza que ela ficaria bem. Mas como ela iria ficar
sozinha, fiquei aqui mais um pouco e me distrai com hora.

Minha mãe olhou de mim para Valentina por um instante antes de sorrir e se aproximar dando um beijo em minha testa e fazendo o mesmo com Valentina.

Eu sei que minha mãe é extremamente carinhosa, mas não sabia que ela é assim com seus pacientes também. Não que eu esteja reclamando, pois é bom
saber que ela sente carinho por Valentina também.

- Que bom que se conheceram, eu estava mesmo querendo lhe apresentar minha filha Luiza, Valentina.

- Eu não sabia que era sua filha. - Disse baixo como sempre.

- Como está se sentindo? Luiza te machucou mesmo? - Minha mãe me olhou em repreensão.

- Não, na verdade a culpa foi minha. Eu que não estava olhando onde andava, e não machucou muito, só doeu um pouco a costela, mas já está mnelhor.

-Você nem deveria ter saído desse quarto, dona Valentina. 0 que a senhorita estava fazendo perambulando nesses corredores?

Eu assistia a interação das duas enquanto minha mãe examinava Valentina como se eu nem estivesse ali.

- Desculpe Dulce, eu só precisava distrair um pouco. Valentina falava baixo e com a cabeça abaixada, como
se estivesse envergonhada ou até mesmo com medo ou receio de outras pessoas. Isso não é comum, principalmente em alguém da idade dela, que suponho seja mais ou menos a minha. Saio de meus devaneios quando minha mãe se lembra da minha
presença ali.

-E você Luiza, está sentindo alguma coisa minha filha?

- Não mama, estou bem, somente alguns enjoos normais. Eu só vim te visitar mesmo.

- Você está doente? -Uma voz rouca e baixa chamou nossa atenção.

- Não, doente não, Valentina. Mas essa mocinha aqui tem que tomar alguns cuidados, como não ficar andando por ai nesse sol. Será que preciso contratar
uma babá novamente Luiza? - Disse minha minha mãe com olhar brincalhão e piscando para Valentina.

- Mãe! - Gemi frustrada. Mas esqueci isso no momento em que vi um tímido sorriso se formar nos lábios de
Valentina.

"Porque estou reparando tanto nesses detalhes enm uma garota?"

- Bom. Eu estou quase acabando meu turno, então você pode me esperar, assim vamos juntas para casa.

Enquanto isso você pode continuar fazendo companhia para essa mocinha aqui. - Dulce deixou um carinho na cabeça da garota na camae um beijo na
minha.

Se Eu Não Tivesse Você (Valu)Onde histórias criam vida. Descubra agora