Olho para o retrato de uma paisagem que já não existe.
Porque fizemos isto a nós próprios?
Destruímos o mundo. Apagámos as cores, esgotámos os oceanos, matámos os animais, sufocámos os ventos.
Ao agitar a mão o ecrã solta um silvo e escurece. A simulação termina e o retrato desaparece. Regresso ao meu quarto. Nada para fazer. Mais uma vez. Estou terrivelmente aborrecido.
Outro dia dentro desta prisão, mas é a única maneira que a Humanidade tem para sobreviver ao apocalipse ambiental. Estamos agora em órbitra. Com saudades de uma Terra verde e azul que é apenas um sonho doce.

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Sopros
Ficțiune generalăA escrita oferecida em sopros. Contos de 100 palavras (drabbles).