Pov: Noah.Tiro a minha gravata, e passo a mão pelo cabelo. Eu estava totalmente frustada com o que aconteceu. Como iria contar para a minha mãe que um dos seus melhores fornecedores estava morto. E tinha sido eu o culpado. Ela iria me matar.
— Naoh. — parei de andar assim que a voz dela chegou em meus ouvidos. O som dos seus saltos eram ouvidos a distância. — Naoh! — me chamou em tom de advertência.
Fechei os olhos quando a porta do escritório foi aberta e o barulho dos saltos pararam. Respirei fundo e me virei para encara-lá.
E lá estava uma das mulheres mais lindas que eu conhecia, a minha rainha que tinha um sorriso lindo. E que agora estava transformado em uma carranca. Minha mãe Mirelle Bonaventura.
Ela costuma ser muito doce comigo e com a minha irmã. Mas quando fazemos algo de errado, ela agi de forma dura com um leve toque de calma. Mirelle era conhecida pela forma de trabalhar e que não passava a mão na cabeça de ninguém, seja quem for.
Eu sempre amei ter o seu melhor. Desde de pequeno que era assim, mesmo não sendo a minha mãe biologia, ela me criou como fosse seu. Depois de uns anos eu descobri que o coração que ela carregava era da minha mãe biologia.
Um pouco doido de entender, mas isso não mudava nada.
— Não me olhe assim. — advertiu, deu um longo suspiro antes de entrar completamente na sala, minha mãe estava com o seu vestido em tons mais claros e o cabelo preso em um rabo de cavalo. — Noah, eu vim o caminho todo tentando entender o que aconteceu. — falou de costas para mim.
Sua voz causava arrepios até em minha alma.
— Mãe, eu assumo total responsabilidade. — falei sincero, e ela deu uma risada tem humor.
— Claro que você vai assumir a responsabilidade. Eu criei um homem. — se virou para mim, no seu rosto tinha decepção. Não gostava de vê-la assim. — Me explique como um dos meus fornecedores estar morto, e depois vou pensar em uma punição para você.
Ela andou até a minha mesa e deu a volta para se sentar na poltrona, quando se relaxou, eu fiz o mesmo, me sentei em sua frente. Minha mãe entrelaçou os dedos. A sua expressão parecia que iria matar alguém e era muito provável que essa pessoa seja eu.
Porque imagina você ter um negócio de bilhões de dólares e um filho seu que deveria cuidar de tudo para você tirar férias, faz uma grande merda de matar um fornecedor. E agora clientes dele estão exigindo uma resposta, caso haverá retaliação.
Estava muito ferrado, ainda mais quando ela souber o motivo do porque eu fiz isso, minha mãe era uma mulher compreensiva, mas não tinha um pingo de paciência. Ela levantou a sobrancelha esperando que eu abrisse a boca, e o que estava prestes a fazer, se não fosse pela minha secretária entrasse na sala.
Estela. Ela tinha cabelo curto na altura do queixo, sua pele morena bem bronzeada, olhos pretos, rosto angelical. Ela tem um corpo de dar inveja em qualquer mulher, peitos fardos, uma cintura fina e quadril largo.
— Senhora Bonaventura. — sua voz um pouco melosa chegou até os meus ouvidos. De relance vi minha mãe sufocar a careta. — Eu queria pedir para a senhora não punir o Noah.
Merda, voltei a olhar para a minha mãe que tinha o rosto transformado em puro julgamento e dúvidas. Ela me lançou um olhar bastante questionandor.
— E a senhorita seria ? — perguntou com leve sorriso de lado, eu estava ferrado, e provavelmente Estela também.
— Me chamo Estela. — minha mãe estralou a língua e se levantou.
Sabia o que ela iria fazer. Mirelle não era do tipo de pessoa que guardava as suas opiniões para se. E com o passar do tempo ficou ainda mais exigente do já era.
Minha mãe era do tipo de pessoa que não abaixa a cabeça para ninguém, e quando o assunto se tratava de tirar pessoas que não agregava em nada, ela não media esforços pra isso.
E pelo o seu olhar, sabia que Estela iria entra para a sua lista negra. Com passos cautelosos, Mirelle andou até Estela, vi na hora em que ela engoliu a seco sobe o olhar mortal da minha mãe. Logo em seguida se virou para mim.
— Estou tentando entender o que exatamente está acontecendo aqui. — cruzou os braços. — Primeiro o meu filho mata um dos meus fornecedores, que era bastante respeito e solicitado entre os mafioso. Segundo uma mulher da qual eu não conheço, vem pedir para que eu não puna o meu filho. — sua voz carregada de sarcasmo e fúria provavelmente deveria ser ouvidos a quilômetros de distância.
Se tem uma coisa que eu conhecia muito bem da minha mãe, era a hora em que ela estava prestes a explodir. Mas, não seria agora.
— Vamos Noah, fala para mim o que é isso tudo. — me levantei da onde estava e caminhei até o lado de Estela.
— Mãe a senhora sempre me ensinou a valorizar uma mulher. E aquele desgraçado estava assediando a Estela, e eu fiz isso para proteger a sua honra. — minha mãe fechou os olhos e respirou fundo, dava para ver as suas veias saltando de sua testa. — Nós estamos namorando.
Falei finalmente. Ela abriu os olhos tão rápido, que por um momento pensei que iria pular em meu pescoço. Mirelle sempre me apoiou em tudo e mesmo que não dissesse que não tinha gostado de uma coisa. Eu sabia quando isso acontecia. E esse era o momento. Minha mãe colocou a mão na cabeça, como se estivesse sentindo dor.
— Saia da sala. — falou entre dentes, e quando eu ia rebater ela não deixou. — Sai. Da. Porra. Da. Sala. Agora!.— a forma como ela dizia as palavras de forma pausadamente me deu até dor na espinha. Estela saiu da sala sem dizer um piu, e o mesmo aconteceria comigo. — Não vou me meter em nada disso. Mas aparte de hoje, você não vai tratar de nenhum negócio da empresa Bonaventura. — abaixei a minha cabeça, ela tava decepcionada. — Olhe para mim Noah.
Sua mão veio de forma grosseira e forte em meu queixo, seus olhos não estavam normais, existia uma raiva. Não de mim, e sim da Estela.
— Não te criei para ficar correndo atrás de rabo de saia e esquecer das suas obrigações. E até que você entenda isso. Eu irei colocar outra pessoa para administrar tudo. — soltou o meu rosto. — E como eu disse. Não vou me meter, até que você me peça.
Ela se virou de costas e andou até porta.
— Mãe! — ela me olhou de relance. — Quem vai assumir?
— Você vai descubri muito em breve. Por enquanto, se preocupe em resolver a bagunça que se meteu.
Minha mãe me deu um sorriso de lado e saiu.
É eu estava ferrado.
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Cúmplices - Livro 3 Da Série Inesperado
Roman d'amourEssa história é a continuação das seguintes histórias. ( My Little Obsesson, Um coração perdido). Para entender ela não é preciso ler as outras histórias, mas se você quiser, será bom. Aqui veremos a história de Clarisse Bonaventura ( Clara) e Noah...