Cúmplices - Livro 3 Da Série Inesperado

Capítulo 2

Ela voltou.

Eu sabia que estava ferrado no segundo seguinte em que a minha mãe deixou a sala. Soltei um suspiro pesado e cansado, cocei a minha nuca. Meu Deus, eu tentaria evitar frequentar a cada dos meus pais.

Peguei o meu celular e liguei para a minha irmã, que no segundo toque atendeu.

— Alô? — sua voz um pouco longe se fez presente.

— Lú. — a chamei pelo apelido de costume.

— Oi mano, o que você aprontou? — perguntou em tom de deboche. A nossa mãe já deveria ter chegado em casa como um furacão.

— Eu não aprontei nada Lúcia, só um mal entendido. — expliquei, a minha irmã era nova mas também era bastante esperta.

Ouvi um som de movimentação e ela começou a andar com o celular, provavelmente se afastando para falar alguma coisa.

— Olha aqui Noah. — falou igualzinho a nossa mãe, sabia que a coisa era séria. — A mamãe chegou aqui parecendo um vulcão entrando em erupção. E tá até agora com o papai trancado no quarto. E me deu um aviso para não subir. Então eu sugiro que me diga a verdade. — fiquei sem palavras, ela era igual a nossa mãe. Isso as vezes me assustava.

Em um suspiro resolvo falar logo tudo para a minha irmã, que simplesmente surta, ela era bastante sensata aos 13 anos. O bom que a Lúcia não podia xingar, se não já teria me batizado.

— É irmãozinho, você vai ter que resolver o seu pepino sozinho, tchau. — ela ia desligar, quando a interrompi.

— Quanto você quer? — é a minha querida irmã não era flor que se cheire, ainda mais sendo filha de quem é. Ouvi ela da uma risada abafada.

— Quanto está disposto a pagar ?— eu juro que podia ver os seus olhos azuis brilhando de felicidade por ter conseguido o que queria.

— O bastante para você fazer o que quiser. — me sentei e já pensando o quanto isso me custaria. Ela nunca deixava ser barato. Definitivamente quando tivesse um filho, não deixaria minha irmã tomar conta.

— Tudo bem irmãozinho, o quê eu tenho que fazer?.

(....)

Depois de fazer um acordo com a minha amada irmã, desliguei o celular e comecei a arrumar as minhas coisas. Minha mãe tinha deixado claro que eu não tomaria mais conta do negócio, que não eram poucos, mas aposto que o meu pai vai me colocar para trabalhar na empresa.

Afinal sou o herdeiro dele, assim como a Lúcia é claro. Eu e ela éramos os únicos herdeiros diretos do meu pai, já que minha mãe tinha seus quatro sobrinhos e sua irmã que herdarão metade da fortuna Bonaventura. Tirando os Casinos, que passariam para a Lúcia e para mim.

Ainda não era nada definido, até porque a minha mãe tava viva ainda e tomava conta dos Casinos com a ajuda da Vanessa, Théo e Marcélia.

Encosto a minha cabeça na cabeceira da minha cama, o dia tinha sido cansativo, então quando terminei tudo vim direto para o meu apartamento. Eu também tinha conversado com a Estela sobre ter entrado na minha sala mesmo sabendo que a minha mãe não gostava desse tipo de coisa, e muito menos quando ela não sabia que estávamos nos relacionando.