Se passaram 7 dias que meu pai e meu irmão foram embora. E adivinha hoje é meu aniversário. Eles mandaram empregados pegar as coisas deles em casa depois que foram embora.
Estou ficando na casa de Tyler, não tenho coragem de olhar na cara de minha mãe, mas hoje vou ir até à casa pegar algumas roupas, estou precisando de mais.
Rafael tem vindo aqui mais sempre discutimos, ele anda estranho agora que estou morando com Tyler.
— Davi — Tyler me grita, saio de seu quarto indo até à cozinha, vendo que o mesmo chegou. Tyler trabalha como tatuador — Vamos
— Claro — saio do apê e vamos até o carro.
— O que foi — ele pergunta vendo que não paro de aperta minhas mãos.
— Nada, só estou um pouco nervosa, não quero vela — falo olhando as casas passar.
— Relaxa eu vou estar com você meu amor — fala e aperta minha mão e a leva até sua boca e deposita um beijo.
Chegamos em frente a minha casa, soa tão estranho chamar esse lugar de casa agora. Saio do carro indo em direção ao portão, Tyler vem logo atrás.
— Senhorita Cooper — o porteiro me cumprimenta.
— Hola Felipe — comprimento de volta.
— É uma surpresa te ver, achei que nunca mais voltaria a essa casa — fala e abre o portão.
— Só vim buscar algumas coisas... minha mãe está — pergunto um pouco receosa.
— Sim, ela não sai muito — isso, sim, é novidade.
— Hmm, obrigado Felipe — agradeço por ele abrir o portão o mesmo assente e sai.
Caminho até a casa com Tyler me seguindo.
~ a casa parece tão assustadora ~
— Se continuar em silêncio vou bater em você — falo e olho para Tyler sem olhar para ele.
— Só estou te observando, você não parece bem.
— E não estou, é tão assustador voltar para cá — falo e abro a porta.
Observo a sala que esta a mesma coisa, o que muda é minha mãe jogada em cima do sofá com uma garrafa de vinho na mão e várias vazias na mesa e pelo chão.
~ ela parece tão infeliz~
Tento passar sem que ela note minha presença, mas fracasso.
— Hola Davina — ela me olha — veio pegar o resto de suas coisas.
— Sim, digamos que deixei muita coisa para trás — falo e subo as escadas. Vou até meu quarto vendo que continua como deixei uma tremenda bagunça. As lembranças daquele dia voltam.
flashback on
Depois que meu pai e Noah saíram pela porta respirei fundo e caminhei até as escadas.
— Onde pensa que vai — a minha mãe pergunta a olho e a ignoro voltando a subir as escadas — Estou falando com você Davina — Paro de andar e a olho com puro ódio.
— Você fez meu pai me odiar, o que acha que eu vou fazer, porque claramente não vou ficar no mesmo lugar que alguém que me traio.
— Você não tem escolha — Sorri debochada
— Isso é o que veremos mamãe — falo sarcasticamente.
Entro em meu quarto e me sento na cama, começo a pensar nas palavras de meu pai e no tapa que ele me deu.
Você é uma vadia.
Você é uma vadia.
Vadia.
Me levanto com raiva, pego o abajur e o jogo na parede perto da porta o quebrando, puxo o lençol da minha cama e a bagunço, me olho no espelho e vejo o caos que estou, uma lágrima solitária desce pela minha bochecha o que me deixa mais irritada, dou um soco no espelho de minha penteadeira.
— Ahh — Esbravejo de dor ao sentir a pancada, vejo minha mão sangrando e vou até o banheiro a coloco embaixo da água o que faz arder, mas é uma ardência gostosa e dou risada com isso.
Pego embaixo da pia um kit de primeiro socorros que eu tenho, o abro e retiro de dentro dele uma faixa, ingresso minha mão com dificuldade para diminuir o sangramento. Pego meu celular e ligo para o Tyler que atende no segundo toque.
— Posso passar uns dias aí
— Claro que pode, mas seus pais não vão ficar bravos — ele pergunta
— Depois te explico — falo e desligo sem esperar por sua resposta.
Vou até meu guarda-roupa e pego uma bolsa e a jogo em cima da cama, pego algumas roupas e coloco dentro da bolsa, pego meu sapato, meu carregador e meus fones de ouvido. Pego minha bolsa de escola e coloco todos os meus materiais. Saio do quarto com as duas bolsas que estavam pesadas.
Passo pela sala onde minha mãe não está mais e agradeço por isso. Saio de casa e chamo um táxi que chega em cinco minutos.
flashback off
