Prólogo

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AVISO: Conteúdo sensível a seguir, você foi avisado.

"Segundo o FBI, o halloween é um período em que os crimes aumentam de forma alarmante em todo o território dos Estados Unidos."

"As fantasias são tão realistas que é impossível você diferenciar uma pessoa de um assassino."

                               •👻•

O vento balançava as folhas alaranjadas das árvores; ameaçando apagar a única fonte de luz nas ruas: as abóboras.
O halloween sempre fora a noite favorita de Amy Blackwood, não era a toa que havia passado horas esculpindo uma abóbora extremamente pesada que pegara em uma fazenda qualquer pela região.

Os sonhos invadiam sua mente e seu rosto estava sereno enquanto os cabelos loiros balançavam levemente pela corrente de ar que entrava pela janela entre aberta.

Seu sono porém, foi Interrompido por uma voz tímida vinda do lado esquerdo da cama:
— Amy! — rompeu o silêncio — Acorda — pediu; balançando a mais velha.

Amy abriu um dos olhos lentamente para encarar Julie, a menininha que estava cuidando naquela noite enquanto os pais haviam ido em um baile.
— Julie? — disse fechando o olho novamente — O que você tá fazendo aqui?

— Escuta — apontou o indicador direito para cima como se a babá pudesse ver.

Amy não abriu os olhos e parecia ter voltado à terra dos sonhos.
— Eu ouvi alguém no telhado — afirmou, voltando a balançar a loira até ela finalmente abrir os olhos.

— Casas fazem barulho durante a noite, princesa — disse se sentando — Eu falei que não deveríamos ter assistido Coraline. Deve ser só sua imaginação — garantiu.

Julie hesitou por um momento mas estava convencida de que havia ouvido passos vindo do telhado.
— Vem — levantou da cama — Vou te levar para o quarto denovo, ok — pegou na mão da garotinha de cabelos ruivos.

Amy nem precisou abrir a porta do quarto afinal, Julie já havia feito isso. A casa estava silenciosa e o único barulho era o vento uivando do lado de fora.
O quarto de Julie era em tons pastéis de rosa e roxo e haviam vários brinquedos e pelúcias espalhados pelo cômodo, especialmente ao redor da cama.

— Prontinho — disse envolvendo a mais nova em um cobertor — Não se preocupe, eu tenho certeza que não deve ser nada demais.

— E se for a bela dama? — Amy sorriu.

— Não, pode ficar tranquila — afirmou — a outra mãe só existe no mundo da Coraline.

— Certeza?

Amy assentiu.
— No próximo halloween, eu vou trazer uma porrada de doces para nós duas passarmos a noite toda vendo os melhores especiais das suas séries favoritas, você vai até esquecer dessa bela dama.

Foi a vez da Julie sorrir.
— Verdade? — perguntou com um brilho nos olhos.

— Uhum mas você precisa voltar a dormir ok? — Julie concordou, fechando os olhos e Amy depositou um beijo em sua testa antes de sair do quarto e apagar as luzes.

Ela adorava cuidar de Julie, ela era como a irmã que Amy nunca teve.
Estava prestes a voltar para o quarto quando ouviu um leve rangido. A loira caminhou até a escada e viu a porta da frente entre aberta.

Que estranho; podia ter certeza de que havia trancado. Amy desceu as escadas rapidamente e a trancou. Antes de subir, a loira caminhou até a sala e espiou pela fresta da cortina.
A rua estava vazia e só tinham as lanternas das abóboras iluminando. Algumas já haviam apagado; outras persistiam em lutar contra o vento.

Cansada, fechou a cortina e subiu as escadas para o quarto de hóspedes para voltar a dormir.

Suspirando, fechou a porta atrás de si e trancou a janela que agora estava escancarada.
Amy deitou na cama e se envolveu na coberta novamente. Ela estava prestes a dormir, se não fosse por um detalhe: a janela estava entre aberta e não escancarada.

Seus olhos se abriram rapidamente e antes que pudesse levantar da cama, avistou um vulto parado na frente da porta do banheiro segurando algo que parecia ser um machado.
Amy paralisou sem saber o que fazer, até que o vulto correu em sua direção tentando desferir um golpe mas ela foi mais rápida e conseguiu correr para fora do quarto e trancar a porta.

— Julie, corre! — gritou antes de sentir o machado atravessar a porta.

A loira correu até o quarto da mais nova mas ao acender a luz, ela havia sumido.

— Julie! — gritou novamente.

A porta havia sido quebrada e ele avançou em sua direção novamente mas caiu no chão ao tentar acertar seu rosto.

Amy correu pelas escadas e tentou abrir a porta mas ela estava trancada.
— Não! — estava prestes a correr para a cozinha mas sentiu a lâmina atravessar suas costas.

— Que pataquada, a casa toda suja e ninguém tem a decência de passar uma vassoura — reclamou para si mesmo, varrendo o chão

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— Que pataquada, a casa toda suja e ninguém tem a decência de passar uma vassoura — reclamou para si mesmo, varrendo o chão.

O machado estava ali, manchado de vermelho sobre o balcão da cozinha.

— Casa limpa, problema resolvido — disse pegando uma pá e jogando a sujeira no lixo — Um aspirador de pó faria maravilhas nessa casa.

Estava prestes a pegar seu machado quando ouviu um barulho vindo de um dos armários.
Imediatamente lembrou que ali havia o quarto de uma criança e deixou o machado de lado. Ele caminhou até o balcão e abriu gentilmente.

— E aí, pequena? — disse gentil — Eu não vou te machucar.

— Quem é você? — Julie perguntou assustada.

— Um amigo. Onde estão seus pais?

— Em um baile.

— Vou dar um jeito de trazê-los até aqui. Fica aqui e não vai até a sala ok?

Julie assentiu.

— Feliz Halloween — disse fechando a porta do armário.

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