Prelúdio: Monstros

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Oieee, amores! Como estão?
Voltei trazendo mais uma história desses dois, pq estou totalmente obcecada pelos atores.
Espero que gostem e possam aproveitar a leitura <33
Como sempre, a fic foi baseada na série e não no caso real, simplesmente na química dos atores e só, nada de Irmãos Menendez da vida real, ok? Ok.


Suas pernas ameaçam falhar a cada passo que ele dá em direção da escada. Uma gota de suor frio escorre pela lateral do rosto e sua pele parece tão fria e mórbida, como se ele fosse um morto-vivo. Seu coração bate tão fortemente dentro dele, ameaçando quebrar os ossos de sua caixa torácica e perfura-lo de dentro para fora. É uma sensação de quase morte, com a exceção de estar realmente vivo.

A cada pequeno passo que ele dá em direção ao primeiro andar, ele sente que está deixando um rastro de sangue e lágrimas pelo carpete caro de sua mãe. Sua respiração está úmida e ofegante, quase alta demais para seus próprios ouvidos, e Erik tem que parar um pouco para controlar a ansiedade que quer romper dentro dele como uma torneira quebrada.

Seus dedos se contorcem e contorcem ao lado do corpo, ele puxa suas mãos contra o peito em um frágil abraço singelo, como se esse gesto pudesse afastar os males que o assombram. Ele está inseguro, mas com mais medo de viver essa vida pra sempre, e Lyle está tão confiante apesar dos pesares.
Quando ele chega ao pé da escadaria de madeira de pinheiro, de canto de olho, ele vê sua mãe vindo em sua direção. Suas roupas Chanel em um tom limpo de branco, como aquelas roupas que se usam no Ano Novo. Seu cabelo loiro claro está arrumado em cachos nas pontas em seu penteado favorito e eles balançam graciosamente enquanto caminha sobre seus saltos. Ela parece linda de uma forma feminina, mas Erik sabe que tudo não passa de uma fachada – por dentro ela era tão feia e amarga. Quebrada.

Os olhos de sua mãe se arregalaram de surpresa ao vê-lo fora da cama. Ela está mexendo os lábios, chamando provavelmente por seu pai, mas Erik não consegue ouvir nada – seus ouvidos parecem de repente estarem cheios de água e abafam qualquer ruído. Ele está hiperventilando, petrificado ao pé da escada, querendo sumir e ao mesmo tempo querendo correr para o irmão.

Erik pensa no irmão esperando-o, sentado em seu conversível vermelho do lado de fora da casa de hóspedes, e Erik sente que estragou tudo ao ser pego pela mãe. Culpa está enchendo rapidamente seus nervos, sua cabeça uma confusão de vozes gritando sobre ele não conseguir fazer nada direito e que agora todo o plano deles haviam ido por água abaixo.

- Erik! – A voz de seu pai irrompe o silêncio fantasmagórico, seu timbre tão pesado e carregado como sempre. Irritado, questionador. Perigoso. – Onde pensa que está indo?

- Eu só quero ir ao cinema, pai. – Ele se vê respondendo um pouco mais alto que um sussurro, inseguro de si mesmo.

- Você não vai. – Sua mãe fala antes que seu pai cuspa suas ordens. Ela se aproxima e irritação dança em suas íris, suas expressões escuras na meia luz baixa.

- M-mas... – Ele gagueja, sua ansiedade subindo até a superfície e ameaçando transbordar. – É só cinema, mamãe, Lyle e eu queremos ver o novo lançamento que está em cartaz.

- Não, você não vai. – Kitty volta a repetir, desta vez mais forte. Mais irritada.

José dá um passo para frente. –  Erik, suba. Lá em cima. – O homem mais velho está vindo em sua direção, sua camiseta polo branca está fazendo seus olhos azuis arderem. Erik treme de medo pelo que o espera lá em cima, suas pernas ameaçando perderem as forças a qualquer momento.

- Não! Não! – Veio a voz raivosa de trás deles. – Você não vai tocar mais no meu irmão, porra! – Lyle cospe, em poucos segundos ele diminui os metros entre eles e se coloca entre o homem e o irmãozinho trêmulo. – Já te avisei para ficar longe do Erik, pai! Você nunca mais vai tocar nele, porra, em nenhum fio de cabelo de merda do meu irmão.

Pólvora e Sangue - Lyle Menendez x Erik Menendez Onde histórias criam vida. Descubra agora