Parte um: Amor de vampiro tímido.
EUA - Illinois, Chicago: algum lugar sem muita importância.
- É que... hãm..., isso pode parecer repentino. - iniciou. Suas mãos suavam tanto que precisou secá-las usando a calça que vestia; uma cinza quadriculada que ele afirmava ser a "última moda!". - Mas eu estou gostando de você! - a frase saiu e com ela um enorme peso dos ombros. - Sabe, apaixonado de verdade. - complementou inspirando e expirando; regulava a respiração. Quase travou no começo, mas conseguiu tomar coragem.
No entanto, pffs! Esse seu ato pífio de bravura sequer seria considerado conveniente (utilitário), porque, tipo..., incrível seria se essa fala anterior fosse direcionada a pessoa amada e não a uma parede antiga de tijolos cheíssima de lodo. Ah... acreditava real que ali precisava de uma limpeza, daquelas de doer o braço, sabe...
E a quem, assim como o protagonista, não está entendendo nadinha: esse rapaz acima era Kim Hongjoong, o presidente do clube de busca ao sobrenatural para os não íntimos que, em um surto determinação ou talvez ação burra, planejou confessar-se para a menina (a única) mais fofa que pisou no seu grupinho formado por adolescentes com hormônios desajustados. O clássico eufemismo para aqueles considerados "perdedores" e "sofredores de bullying".
Romântico. Tudo bem, bastante aversivo ou bizarro para as pessoas médias (todas que sabem usar o próprio cérebro), achou que esse momento inesquecível deveria ser em um lugar memoriável. Logo, a residência mais antiga, afastada e assustadora de toda cidade pareceu uma ideia extraordinária.
Sim, confia..., vai nessa!
Não o tratem como um idiota, imbecil ou usem inúmeros adjetivos ruins para descrevê-lo. Okay? Eles eram apreciadores da cultura "spooky", um pouquinho de "gore" e ambientes perturbadores a um nível que, alguém medroso (obviamente não ele...), ficaria apavorado. Resumindo bem: gostavam do perigo.
Agora voltado a fofoc... ops! Falar sobre a jovem responsável pelo ritmo cardíaco descompassado do Kim. A princípio, qualquer ser humano que "batesse bem das ideias" afirmava que: "ela era muito areia para o caminhãozinho de rodas arriadas dele!".
Mais alta - embora nem fosse um problema - 1,80cm, gentil, bem-humorada e também possuidora dos mesmos gostos peculiares do presidente. Portanto, para juntar os pombinhos foi montado o seguinte plano: ele inventaria uma reunião fingindo mais uma daquela saídas (perdas de tempo) caçando o irreal e os seus dois parceiros, Jongho e Yeosang, inventariam uma desculpa esfarrapada para faltar.
Entende. O conluio estava todinho acertado, Hongjoong havia decorado; ensaiado a frase piegas várias e várias vezes. Na sua mochila tinham lanternas, lanches caseiros devido o estômago sensível (com gastrite não se brinca!) e um casaco extra caso ela precisasse. Bom... só faltava a sua chegada, ele enrolar um bocado e perfeito, talvez namorados!
Mas...
Era noite.
Ansioso e curioso sobre as horas, o Kim acendeu a tela do smartphone descobrindo ser às dez em ponto. Nem tão tarde, nem tão cedo e muito menos teve tempo pra pensar nisso, pois atrás dele um ruido esquisitão de algo bastante antigo se abrindo ressoou.
Tá, respirou, respirou e respirou, sem apavoro...
Tsc, a quem ele queria enganar? Travado e com apavoro sim, suas duas mãos agarravam forte as alças da mochila, desejava tanto que quando virasse o rosto, visse o equivalente a nada. Mas... bem, se o "nada fosse um pedido luxuoso pros lá de cima", um gato preto perdido entre os entulhos estaria de bom tamanho.
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Eu e um Vampiro Apaixonado (Seongjoong)
FanfictionHongjoong só queria o local e o momento per-fei-to para confessar-se a garota por quem era perdidamente apaixonado. Contudo, coitado, nada poderia ter dado mais errado.