Eu e um Vampiro Apaixonado (Seongjoong)

Extra: Meu namorado é um vampiro!

Extra: Meu namorado é um vampiro!

Hongjoong, sem dúvidas, passou por muitas situações bizarras (ou mais do que bizarras...) na vida como "pesquisador" do sobrenatural. Mas, cara, nada, NADA MESMO! Poderia ser comparado a estranheza de atualmente namorar um vampiro tímido (inocente) de cabelo rosa. Que além de ambicionar constantemente o seu pescoço humano, amava dormir de conchinha. Porque sim, ele pegou esse hábito e um dia até mesmo sugeriu que dormissem assim, como namoradinhos, em um caixão, e, é claro, como amante da própria vida, o Kim recusou.

Mas também, quem não recusaria?

Seonghwa também era uma figura intrigante. Pois não sabia muita coisa sobre o que os "adultos" teoricamente faziam em um relacionamento, e o Hongjoong, preferia que continuassem assim. Não que o seu namorado não fosse atraente, porque sim, ele era! Mas o olhar do seu sogro não favorável a humanos, o atormentava e sabia que no momento em que encostasse com segundas intenções em seu filho, Céus, ele seria um rapaz morto e enterrado.

E, poxa, ele mal tinha mudado o status de estudante de ensino médio para universitário sem perspectiva de vida.

Estava de férias, daí tinha algumas semanas até o seu ingresso na faculdade. Sem mais pendências escolares, com o grupo de "caça ao sobrenatural" desativado temporariamente, livre, ele dava a atenção que o namorado merecia. Então, nesse dia o ajudava a configurar um smartphone, porque o convenceu que essa seria a melhor maneira de se comunicarem (e, de fato, era mesmo!).

Estavam na sala de estar da mansão, que permanecia idêntica a todas as vezes que já esteve por ali, tanto que o ambiente gótico nem o incomodava mais, acostumou-se com ele assim como acostumou-se com a aura vampiresca do lugar e também com a moda inconvencional do namorado. Que vestia uma blusa branca de babados, que o comprimento das mangas encerrava nos pulsos. Mostrava bem pouco do peitoral pálido. Tinha a cintura fina marcada por uma calça acinturada preta. Os pés estavam cobertos por botas da mesma cor. Com o cabelo penteado para a esquerda, os fios rosados cobriam uma das sobrancelhas e um pouquinho do olho. Seus lábios estavam avermelhados, vívidos, mas não batom, tampouco liptint, mas sim porque minutos atrás ele bebeu uma bolsa considerável de sangue (que Hongjoong jamais saberia informar a procedência), que chegou junto com "o lanche da tarde", ou melhor, os desastres culinários que o seu sogro forçava o seu pobre estômago humano a experimentar.

Porém, ainda que tivesse "acostumado com muitas coisas", isto é... seu cérebro humano feito inúmeras concessões superando os seus preconceitos, havia algo que não lhe descia e formava um bolo indigesto em sua garganta. E, não! Não tinha nada a ver com os biscoitos amanteigados em formatos de morcegos que nem tinham gosto de manteiga e sim morte com um pouquinho de queimado. Era a presença constante (e intragável) de San que, por milagre, naquela tarde não deu as caras. Segundo o que o Park lhe explicou, o vampiro que Hongjoong apelidou de "vegetariano" passaria uma temporada por lá e como a mansão era enorme (e Mingi simpatizava com ele), fora convidado a morar junto deles.

Ver o seu sogro, que o odiava, babar por outro cara...

Era...

Era meio triste!

Mas, ainda que fosse desconfortável, teria que lidar com isso.

Sentados no sofá, muito pertinho, os ombros encostavam um no outro. Enquanto vampiro de cabelo rosa tinha os olhos fixados na tela de brilho mínimo, Hongjoong o observava resolver aquela chatice necessária de configurar um celular novo. — Hm... precisarei de um papel de parede! — Seonghwa comentou porque o padrão do aparelho lhe desagradou, formas abstratas e coloridas não lhe agradavam, apenas sombras ambíguas.