Após um longo dia de trabalho no milharal, o jovem Willow Langston dirigiu-se ao riacho próximo de casa para se lavar antes que a noite caísse. Deixando suas roupas sobre uma pedra, ele se lançou na água gelada, submergindo até a cabeça e, ao emergir, respirou fundo, aliviado.
Enquanto se lavava, percebeu os primeiros pingos de chuva caindo na superfície da água. Rapidamente, correu de volta até a pedra para pegar suas roupas, vestindo-se com pressa, antes que a chuva o pegasse de surpresa. No caminho de volta para casa, a chuva deu uma trégua, permitindo que Willow chegasse sem estar completamente encharcado.
– Irmão! – gritou Ivy, animada, correndo até ele com sua nova boneca nas mãos. – Obrigada pela boneca! Vou cuidar dela direitinho! – disse, envolvendo Willow em um abraço apertado. Ele passou os dedos suavemente pelos cabelos da irmã, sorrindo ao ver a alegria dela.
Depois que Ivy se afastou, Willow se dirigiu ao quarto para se trocar. Uma cortina, com desenhos vagos e sem forma, separava o quarto dos irmãos do dos pais.
– Willow, Ivy, venham para a mesa, a janta está servida! – chamou a mãe, e todos rapidamente se dirigiram à cozinha para jantar em família.
– Agradeçam à Marjorie pela sobremesa de hoje, foi ela quem fez – anunciou a mãe, tirando uma torta de morango da janela para ver se já havia esfriado, antes de colocá-la na mesa.
– Onde está o papai? Por que ele não chegou ainda? – perguntou Willow, preocupado, já que seu pai costumava voltar mais cedo do trabalho.
– Não se preocupe com seu pai, querido. Tenho certeza de que ele logo estará em casa – respondeu Dorothea, enquanto levava uma colher de sopa à boca. O aroma da comida era irresistível, e todos sabiam que Dorothea tinha um talento para cozinhar. Além das refeições diárias, ela também preparava tortas e doces para vender aos vizinhos.
Willow sorriu e, após um breve momento, voltou a se concentrar na comida. Quando terminaram o jantar, partiram para a sobremesa, que estava deliciosa. Todos repetiram, e ainda sobrou um pedaço para o pai, para quando ele chegasse.
– Marjorie, pode levar Ivy para descansar? Eu ajudo a mamãe a recolher a mesa – sugeriu Willow, e Marjorie assentiu, levando a irmã para o quarto.
– Não precisa, querido, você já trabalhou muito hoje, deve estar cansado – disse Dorothea, sorrindo ao ver a dedicação do filho.
– Não, eu insisto em ajudar – respondeu Willow, pegando os pratos da mesa rústica e caminhando até a bacia de água para lavá-los. – Posso lavar também, se você quiser.
– Nem pense nisso. Vá descansar, você merece – respondeu Dorothea, enquanto beijava a testa de Willow. – Boa noite.
– Boa noite, mãe – respondeu ele, despedindo-se, antes de se retirar para o quarto. Lá, uma lamparina iluminava suavemente o ambiente, e a janela estava aberta. Ele se apressou em fechá-la, para evitar que insetos ou animais entrassem.
Sua cama, encostada na parede de madeira, parecia simples, mas confortável. Ao lado, um guarda-roupa velho, mas ainda útil, completava o ambiente. Willow retirou as cobertas, se ajeitou na cama, e em poucos minutos já estava em sono profundo.
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A Viagem de ida e de volta
Short StoryQuando o pai de Willow, Marjorie e Ivy adoece, Willow é enviado pela mãe até uma curandeira na floresta. Com sua irmã mais nova ao lado, ele atravessa a mata até encontrar a misteriosa casa da mulher, apenas para descobri-la vazia. Quando uma tempes...