05 : KantBison

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Bison miava, chamando o gato que ele tem alimentado diariamente nos últimos dias. Ele encontrou o gatinho quando saiu para jogar o lixo fora. No primeiro dia, o gatinho estava com muito medo dele e parecia faminto.

Fadel reclamou que alimentar o gato era absolutamente proibido, alertando que se eles continuassem o gato pensaria que eles eram seus donos e criaria o hábito de ir até lá.

Ele parecia irritado por algum motivo, dizendo sem parar que era alérgico a gatos, e insistia – Nada de alimentar... Absolutamente não, de jeito nenhum.

Mas seu irmão é assim mesmo, e suas palavras sempre contradizem suas ações. Eles não vendem comida de gato, mas Fadel teimosamente tentou alimentá-lo com sobras. Não foi Fadel quem, naquela mesma noite, disse a ele que gatos não devem comer comida temperada? Ele até mencionou que havia um pouco de carne crua restante e a cortou em tiras finas para o gato, que devorou até o último pedaço.
No dia seguinte, quando o gato voltou, Fadel deu-lhe peixe, resmungando o tempo todo que Bison era o culpado por alimentá-lo em primeiro lugar, fazendo-o voltar todos os dias e desperdiçando os suprimentos deles.

Depois de seu discurso, ele ficou em silêncio por um longo momento antes de finalmente admitir que eles deveriam comprar um pouco de comida seca, pois o gato certamente voltaria.

Induzindo a própria dor de cabeça. Não foi Fadel quem alimentou o gato nos últimos dois dias?

– Miau, miau! Gatinho do papai, saia rápido e coma sua comida deliciosa. Vamos!

Bison até tinha comprado uma tigela de comida adorável no petshop. Parecia que o gatinho tinha se acostumado bastante com ele; assim que o chamou, ele veio correndo.

Bison pensou em alimentar o gato antes de ir ver Kant, mas parecia que Kant já estava interessado nele, observando da sombra ao lado da loja. Com seus passos largos, Kant caminhou até ele sem hesitar.

Bison não disse nada, nem explicou o que estava fazendo. Ele se agachou, despejando a comida molhada na tigela para o gato. Comida molhada ao meio-dia, comida seca à noite: Fadel novamente, pesquisando meticulosamente o que os gatos deveriam ou não comer.

Depois de servir a comida úmida para o gato aproveitar, ele abriu uma garrafa de água e a despejou em um prato ao lado.

– Que cena fofa, alimentando o gatinho! Você realmente gosta dele, não é?

– Começou há poucos dias. Só me deixou segurá-lo pela primeira vez ontem –  explicou Bison com um grande sorriso, acariciando o gato enquanto comia.

– Posso segurar?

– Experimente.

Kant não fez exatamente o que Bison esperava. Seus dedos gentilmente beliscaram a bochecha macia de Bison. Os olhos redondos e curiosos do outro gatinho se arregalaram para olhar para Kant, que ainda estava beliscando a bochecha de Bison e, para completar, exibindo um sorriso encantador.

Bison piscou lentamente, seu estômago dando pequenas cambalhotas que ele não conseguia controlar.

Não havia como impedir o rubor. Bison mordeu o lábio inferior sem perceber, e Kant engoliu em seco, seu pomo de Adão se movendo enquanto ele tentava, sem sucesso, se conter. Ver Bison morder o lábio fez Kant perder todo o equilíbrio do que estava fazendo ali, e seus planos e responsabilidades escaparam completamente.

–  ...Posso te beijar?

– ...Eu não gosto de beijar qualquer um.

– Ah...

– Beijar faz eu me sentir amado, e começo a pensar que você é mais especial do que qualquer outra pessoa.

Kant mordeu os próprios lábios macios enquanto mantinha o seu olhar fixo apenas nos lábios corados do homem que ele queria beijar.

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