14 : Kant & Style

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Style entrou no carro com Kant, ainda perplexo com a estranha situação, que Kant também não explicou mais.

Ele nem sabia para onde o carro o estava levando, mas vendo a expressão tensa no rosto do amigo, não ousou perguntar nada, nem mesmo meia palavra.

Ele notou Kant puxando um velho celular flip escondido sob o assento do carro e mandando uma mensagem para alguém. Depois de colocá-lo de volta no lugar, ele se virou para olhar para Style, travando os olhos com ele.

– Prometa-me que você manterá o que aconteceu hoje em segredo. Não importa quem seja, não importa o quanto você confie neles, você não conte a ninguém.

– Você está realmente assustador agora, Kant.

– Rápido, Style, só me prometa.

– Ok, ok, eu prometo. Agora você pode me dizer o que está acontecendo? Eu só estava tentando flagrar a amante do Fadel, e agora você está me arrastando para algum lugar.

– Estou lhe dizendo novamente, Fadel não tem amante nenhuma. Aquela mulher não é a amante dele.

– Estou tão confuso agora. Só me diga para onde você está me levando; este não é o caminho para casa, é na direção oposta.

– Vamos para a ponte. Tenho uma reunião com alguém lá.

– Quem?

– Capitão Kris. Você provavelmente se lembra de alguns anos atrás quando fui pego roubando carros para vender em um ferro-velho.

– Eu lembro...

– Saí da prisão porque era informante da polícia. Estou trabalhando com eles agora.

Style franziu as sobrancelhas levemente, começando a entender o que Kant estava explicando. Então, agora, seu amigo estava trabalhando para a polícia durante uma operação.

– E então o que...

– O serviço em que estou trabalhando envolve investigar assassinos profissionais. A polícia tem informações sobre esses dois, mas não há evidências de que eles sejam realmente assassinos.

– Você...

– Sinto muito. Não pensei que você e Fadel estivessem realmente juntos. Mas Fadel e Bison são assassinos. Parece que eles estão começando um novo trabalho.

Style ficou em silêncio. Fez tanto silêncio que até esqueceu de respirar. Sua mente ficou em branco e seu corpo adormeceu.

Ele revirou os olhos para ver Kant, que havia estacionado o carro e desligado o motor.

Kant bateu a cabeça no assento, olhando para o amigo com uma expressão culpada.

– Que tal sairmos para fumar um cigarro e tomar um ar fresco?

Sem esperar que Style respondesse, ele liderou o caminho para fora. Style ficou sentado por um longo tempo que permitiu a Kant fumar várias tragadas.

Ele tentou organizar seus pensamentos. Então, ele abriu a porta do carro e marchou até Kant para puxar a gola da camisa, olhando em seus olhos puxados, procurando pela verdade por trás do que ele havia dito antes.

A brisa do rio soprava, refrescando seu corpo, mas o ar frio não conseguia diminuir a raiva ardente que fervia dentro de Style, nem um pouco.

Ele deu um soco em Kant, que o deixou bater.

– O que você acha que são meus sentimentos? Eu nunca gostei de ninguém antes; Fadel é o primeiro. E agora você me diz que ele é um assassino? Você está dizendo que a pessoa que eu amo, aquela que pode parecer feroz, mas é gentil comigo, mata pessoas? Do que diabos você está falando, Kant?

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