Capitulo - XVII

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Wuxian

Não posso me lembrar de já ter sido tão feliz, não da forma como eu me sinto agora. Talvez eu nem soubesse que algum ser humano fosse capaz de carregar tanta felicidade.

Estou deitado com wangji e Yuan, sonhando com tudo o que viveremos juntos. Eu havia me esquecido como é isso; sonhar... vislumbrar um futuro cheio de amor, um onde Yuan e eu não estaremos mais sozinhos... nunca mais!
Wangji trouxe isso ao meu coração, acho que ele ainda nem pode imaginar o quanto tudo isso significa para mim. Mas é como se ele estivesse colocando o mundo aos meus pés.

Está um dia lindo lá fora, um perfeito e ensolarado domingo, mas nós criamos nosso próprio santuário aqui, nesse pequeno quarto de hotel.

Yuan está acordado, fascinado pelos próprios pés e tentando levá-los à boca e eu acho que ele é a coisa mais linda que já existiu; o meu próprio Sol. Repleto de luz.

Wangji está assistindo algum canal de esportes, enquanto estou com a cabeça em seu peito, admirando Yuan. Nós parecemos uma família, confortável em nosso próprio silêncio. Eu sinto que poderia viver assim para sempre.

— O que você está pensando? — Wangji me pergunta, interrompendo os meus pensamentos românticos.

— Que eu sou a pessoa mais feliz desse mundo. — Respondo, estendendo minha mão.

—Acho que você é a segunda pessoa mais feliz do mundo. — Ele replica,
acariciando os meus cabelos — A primeira, certamente, sou eu.

Sorrio em seu peito, plantando um pequeno beijo também. Ele está sem camisa, apenas com algum tipo de calção de ginástica e eu poderia enlouquecer com a visão dele assim, não me canso de olhar para ele, tocá-lo e beijá-lo.

Meu Wangji, meu amor... eu gosto muito de como essas palavras soam, do calor que elas trazem a minha alma quando as repito mil vezes em minha mente.

—Eu adoro as suas tatuagens! — Digo, acariciando as letras em sua costela.

—Você nunca quis fazer uma?

—Nunca pensei sobre isso. — Falo, colocando a chupeta em Yuan — Mas acho que eu poderia fazer uma, com o nome do Yuan talvez.

— Seria muito legal, uma lembrança incrível e posso fazer quando você quiser — ele oferece com um sorriso.

— Ok! Quem sabe um dia...

— Pense nisso.

Aceno e continuo a acariciar suas costelas, curiosa sobre a inscrição e seu significado — O que significa?
Ele olha para as letras onde meus dedos passeiam, antes de responder.

Per temere che l'amore è di temere la vita — recita, me olhando — Ter medo de amar é ter medo da vida.

—É italiano. — Pontuo me lembrando das pequenas obras que li na faculdade.

—Sim — confirma, voltando a olhar para a TV— Minha mãe tem origem italiana. Ela nasceu aqui, mas meus avôs são italianos.

—Por isso a cruz? — Deslizo meus dedos, até a cruz no seu abdômen —
Você é católico?

—Minha mãe é... era muito religiosa. — Conta com uma pequena careta — Ela obrigava meus irmãos e eu a irmos à missa todo domingo.

—Por que era? — Indago cauteloso, com medo da resposta.

—Ela tem Alzheimer, foi diagnosticada há uns quatro anos, é um tipo bem raro. Ela não é mais a pessoa que costumava ser.

—Isso é triste, Wangji — Digo com um sussurro, sem saber ao certo o que dizer, além disso.

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⏰ Última atualização: Nov 03 ⏰

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Just Love Me - Adaptação/ MPREGOnde histórias criam vida. Descubra agora