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Assim que estaciona o carro em frente a casa de Ajak, Lynx percebe que algo não está somente errado, mas mórbido. Félix pula do banco do carro e a segue com suas passadas fofas pelo chão de terra, o vento forte que bate em seu rosto, a faz apertar os olhos para que a terra não os invada e os incomodem mais do que o próprio vento.

A porta da casa de Ajak está aberta, ela se balança conforme o vento bate. Algo incomum, já que Ajak sempre deixava tudo fechado e seguro em dias como esse, Félix se apruma no sofá da mulher, deitando e fechando os olhos para o que seria um sono confortável. Lynx viaja pela casa em passos leves, seus olhos atentos a qualquer outra coisa errada que eles pudessem captar.

A porta da cozinha estava aberta, o coração de Lynx para pôr alguns segundos antes que ela apresse seus passos até lá, encontrando assim, o corpo acinzentado de Ajak há poucos metros de distância. A respiração se prende no fundo de sua garganta, suas mãos suando como nunca havia antes e seus olhos lacrimejantes ardiam com fervor enquanto Lynx se aproximava lentamente do corpo inerte da mulher que considerava sua mãe. Ela tropeça nos próprios pés, se permitindo ir de encontro ao chão bem ao lado da mulher.

Suas mãos trêmulas tentam alcançar a pele de seu rosto gélido, mas a descrença em seu peito a faz recuar por instantes. Em uma onda de dor, a jovem Eterna se debulha em lágrimas, permitindo com que sua cabeça caísse ao peito de Ajak, se agarrando a um fio de esperança inexistente, Lynx reza e pede aos deuses para que tragam sua querida Ajak de volta. Mas isso não acontece. Os soluços doloridos que saem do fundo de sua garganta a deixam sem fôlego, seus olhos ficando turvos conforme as lágrimas tomam cada vez mais conta deles. Se corpo não se acalma, não até que chore todo o ressentimento da perda, e do tempo que se passou estando longe de Ajak e dos outros.

Ajak está morta. Essa confirmação entra na sua cabeça e afunda em todo seu ser. E se você não tivesse saído há duas semanas? E se tivesse permanecido aqui, talvez ela ainda estaria viva? Quando aconteceu? Como aconteceu? Foi um Deviante que a levou embora? Lynx tinha muitas perguntas para poucas respostas, mas de uma coisa ela estava certa, a morte de Ajak seria vingada.

- Você precisa aprender a se limitar somente aos seus

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- Você precisa aprender a se limitar somente aos seus. - Lynx escuta Kingo reclamar, a risada que se seguiu foi inevitável.

- Desculpa, Kingo! - a mulher se desculpa, mesmo que o remorso claramente não estivesse em sua face.

Ela corre para Thena e enquanto a loira enfia sua espada dourada no meio do Deviante, Lynx passa a sua bem na lateral de seu corpo. Eles parecem mais rápidos e mais persistentes ao longo dos anos, mas isso não impedia com que Lynx se sentisse um pouco divertida a cada vez que salvava a vida de alguém.

Ela olha para os lados, a procura de mais Deviantes que possam estar a espreita, Ikaris acaba de salvar uma garotinha e Makkari está acabando com o Deviante com sua velocidade contra uma das casinhas de tijolo. Gilgamesh chama a todos para que passem dos portões e fiquem em segurança. O maior do Deviantes indo até ele com fúria, em meio a sua pancadaria, o Deviante consegue jogá-lo longe, mas ele logo é pego por Makkari e colocado para jogo novamente.

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⏰ Última atualização: Nov 17 ⏰

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Umbrae Aeternitatis | Druig, EternosOnde histórias criam vida. Descubra agora