Para construir um lar - BUDDIE.

Capítulo 74

"Ei, pai." 

Se Buck pensou que estava no seu limite depois dos eventos de hoje, ele superestimou enormemente o quanto pior ele poderia se sentir. Observar a maneira cuidadosa como Chris entrou no quarto do hospital, vendo todos os tubos e gotejadores conectados a Eddie, quebrou quaisquer pedaços que restassem de Buck. 

Bea era jovem quando ele esteve no hospital e ela realmente não se lembrava dele estar mal. Maddie, Atena e Bobby só a levaram para visitá-lo uma vez quando ele estava em coma e eles pensaram que ele iria morrer, mas felizmente ela era jovem demais para se lembrar de vê-lo daquele jeito. Menores de 18 anos não deveriam visitá-lo, a menos que fosse para se despedir, e Buck sabia que Chris ter permissão para visitar era algo único, permitido apenas a critério da enfermeira responsável, porque Eddie era um socorrista ferido em serviço. 

No entanto, Christopher Diaz certamente não era muito jovem e Buck tinha certeza de que ele se lembraria dessa cena para sempre. Shannon havia dado a Chris a escolha de ir ou não ao hospital. Ele quase exigiu ser levado. 

Shannon se conteve, ficou com Buck na porta para deixar Chris se mover em seu próprio ritmo. Beatrice estava com ele, pois havia prometido explicar todos os tubos e soros. Então ela estava por perto, caso ele precisasse de uma mão firme. 

Maddie tinha ido embora quando os outros Diaz chegaram, logo após terem falado com o cirurgião e o médico encarregados dos cuidados de Eddie. Ambos estavam otimistas sobre o progresso de Eddie e destacaram que conseguiriam extubar em 48 horas se ele continuasse respondendo ao tratamento e seus níveis permanecessem estáveis. 

Ari não sabia o que fazer e ficou parada em um canto, o rosto pálido. Abuela ficou quieta, mas sentou-se na cadeira ao lado de Eddie, tirou um rosário do bolso e começou a rezar baixinho em espanhol. Pepa também parecia insegura, então se ocupou em cuidar de Buck e Sophia, fazendo-os fazer uma pausa para comer e tomar uma bebida quente com ela na cantina do hospital. 

Eles tinham ido embora quando Chris e Shannon chegaram para que ele não ficasse muito sobrecarregado com pessoas. Pepa tinha convencido Sophia e Helena a irem para casa com ela para dormir um pouco. Seb estava com Shannon, mas Maddie tinha concordado em buscá-lo, fazendo com que fosse uma festa do pijama com Bea na casa dela. Ninguém tinha sugerido que Buck fosse embora ainda, mesmo quando já estava se aproximando das 19h, porque ele imaginou que todos tinham chegado à conclusão coletiva de que ele não iria embora. 

Beatrice ajudou Chris a se acomodar em uma das cadeiras e a empurrou para mais perto da cama. Ela sorriu para ele encorajadoramente. "Está tudo bem, querido. Você pode segurar a mão dele." 

Chris seguiu a sugestão dela e estendeu a mão para pegar a mão de Eddie na sua. Ao lado dele, Buck ouviu Shannon segurar um soluço baixo e ele se lembrou de que ela nunca tinha estado em uma UTI também. Especialmente não vendo alguém que ela amava em uma situação como essa. Buck se aproximou e colocou um braço em volta da cintura dela. Ela manteve as mãos na frente dela, girando-as em círculos, mas ela virou a cabeça em direção ao peito dele. 

"Ele consegue me ouvir se eu falar com ele?" Chris perguntou, olhando para Buck e assentiu. 

"Sim, amigo. Nem tudo, mas quando eu estava dormindo, como seu pai, eu conseguia ouvir quando as pessoas vinham falar comigo", Buck assegurou-lhe. 

Chris não sabia os detalhes exatos do que tinha acontecido com Buck, mas sabia que ele tinha estado no hospital uma vez. Eles conversaram sobre isso na primeira vez que Chris viu as cicatrizes em sua perna e perguntou sobre elas. Chris assentiu e se inclinou para frente, o rosto atento.