Azul, o mar bonito!

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Joaquim sempre foi uma criança curiosa, cheia de energia e de perguntas sobre o mundo ao seu redor. Porém, havia algo de especial no azul para ele. Desde pequeno, quando olhava para o céu ou para o mar, sentia uma sensação de calma e liberdade. A cor azul, para Joaquim, tinha algo mágico. Era como se ela estivesse ligada à imensidão do universo e ao desconhecido, que ele adorava explorar.

Certo sábado, quando o sol estava radiante e o vento era fresco, seus pais anunciaram que iriam passar o dia na praia. Joaquim ficou radiante com a notícia. Ele sempre adorou o som das ondas, o cheiro do sal no ar e a sensação de correr pela areia. Mas o que ele mais esperava era ver o mar, aquele mar de um azul profundo que ele sempre imaginou ser o guardião de tantos mistérios.

— Vou levar você para ver o mar, meu filho. – disse seu pai, José, com um sorriso no rosto, enquanto pegava a chave do carro.

Joaquim não conseguiu esconder o entusiasmo e começou a pular ao redor da casa, ansioso para sentir a areia sob seus pés. Ele havia ouvido tantas histórias sobre o mar dos outros, e agora ele teria a chance de vivê-las.

Quando chegaram à praia, o som das ondas batendo na areia parecia ainda mais forte do que ele imaginava. O mar se estendia à sua frente, um vasto oceano de águas azuis que brilhavam sob o sol. Joaquim ficou parado por um momento, olhando para o horizonte, maravilhado com a grandiosidade daquele espetáculo.

— O que acha, filho? – perguntou José, vendo a expressão de fascínio no rosto do filho. – Esse é o mar que você tanto queria ver.

Joaquim, sem palavras, apenas acenou com a cabeça. Ele estava completamente absorvido pela beleza daquele azul. Era como se, naquele momento, todo o resto do mundo tivesse desaparecido, e ele estivesse apenas ali, diante daquele imenso oceano.

— Você sabia que o mar tem muitas cores? – perguntou sua mãe, Carmen, ao se aproximar com uma toalha na mão. – Dependendo da luz e da profundidade, ele pode parecer azul, verde, até cinza. É como se ele tivesse vida própria.

Joaquim olhou para o mar com mais atenção. O azul do oceano se alternava entre tons mais claros e mais escuros, criando uma mistura fascinante, que parecia refletir o céu. Ele sentia que o mar era muito mais do que simplesmente uma grande massa de água. Era como uma tela em constante mudança, sempre se adaptando à luz e ao clima.

— Eu quero nadar! – exclamou Joaquim, com os olhos brilhando de excitação.

José sorriu e, antes que a mãe pudesse protestar, já estava tirando a camisa e correndo para a água. Joaquim, sem pensar duas vezes, seguiu os passos do pai. Eles corriam pela praia, rindo enquanto as ondas batiam em suas pernas. A sensação da água fria tocando sua pele era maravilhosa, e o som das ondas se misturava com o som de sua própria risada.

Enquanto brincavam, Joaquim percebeu algo curioso. As ondas não eram apenas uma parte do mar; elas pareciam ter uma vida própria, indo e voltando, sempre em movimento. Ele se lembrou das palavras de sua mãe sobre as cores do mar e pensou que as ondas, assim como o azul do mar, estavam sempre mudando, mas ao mesmo tempo sempre existindo, como se tivessem sua própria identidade.

Depois de algum tempo brincando, Joaquim e seus pais se deitaram na areia para descansar. O céu estava agora com tons de dourado e laranja, enquanto o sol começava a se pôr. Joaquim olhou para o horizonte e sentiu uma paz profunda tomar conta de seu coração. O mar azul, com todas as suas cores e mistérios, parecia ser o lugar perfeito para refletir sobre a vida.

— Vovô sempre dizia que o mar é um bom lugar para pensar – disse Joaquim, com os olhos voltados para as ondas que quebravam suavemente na praia. – Ele dizia que o mar tem muitas lições a nos ensinar.

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