Cores da Juventude

A grande viagem!!

Joaquim estava empolgado e, ao mesmo tempo, um pouco nervoso. A viagem para a Espanha era algo que ele vinha planejando há meses, e finalmente o momento de partir chegara. Com suas malas abertas sobre a cama, ele dobrava as roupas cuidadosamente, como se cada peça de roupa representasse uma parte de sua jornada, uma etapa nova e cheia de possibilidades.

Sua mãe, Dona Carmen, estava na porta do quarto, observando com carinho. Ela sabia o quanto aquela viagem significava para Joaquim, mas não podia evitar o sentimento de que algo estava se despedindo junto com ele.

— Vai ser uma aventura incrível, filho — disse ela, com um sorriso, mas a voz carregada de emoção. — Vai ser bom para você, para crescer, para ver o mundo, mas eu já estou sentindo sua falta.

Joaquim sorriu, mas seus olhos também estavam um pouco umedecidos.

— Eu também vou sentir falta de vocês, mamãe. Mas acho que isso é parte de crescer, né? A gente vai pra longe, mas leva todo o amor de casa com a gente.

Dona Carmen aproximou-se dele e o abraçou, apertando-o com todo o carinho. Ela sabia que esse era o momento de deixar o filho seguir seu próprio caminho, mas não conseguia evitar o apego. Joaquim, por sua vez, se sentia grato por ter a família ao seu lado e por saber que, mesmo distante, o vínculo entre eles jamais seria rompido.

Na sala, seu pai, José, estava preparando um lanche para ele levar na viagem. Joaquim entrou na cozinha e viu o pai com as mãos ocupadas, mas com um sorriso de orgulho no rosto.

— Filho, esse lanche vai te dar energia para a viagem toda — disse José, enquanto preparava alguns sanduíches. — E não se esqueça de ligar quando chegar lá. Queremos saber se você está bem e, claro, queremos ouvir sobre a experiência.

— Pode deixar, pai. Vou ligar assim que eu chegar — respondeu Joaquim, sentindo-se tocado pelo gesto simples, mas significativo. Era um lembrete de que, apesar da distância, sua família sempre estaria por perto.

Enquanto Joaquim terminava de arrumar suas coisas, o telefone tocou. Era Gael, seu amigo de longa data.

— E aí, Joaquim! Preparado para a aventura? — Gael perguntou, animado do outro lado da linha.

— Preparado, Gael. Eu mal posso esperar para te ver e viver essa experiência. Vai ser incrível! — respondeu Joaquim, o coração cheio de expectativas.

— Vai ser um encontro inesquecível. E se eu fosse você, aproveitaria para aprender ainda mais sobre a cultura daqui. Vai ser bom para o seu futuro! — disse Gael com entusiasmo.

Joaquim sorriu, imaginando as descobertas que faria durante a viagem. Ele sabia que não era apenas um simples passeio, mas uma oportunidade de crescimento pessoal, uma chance de aprender com novas perspectivas, culturas e, claro, de reencontrar seu amigo de infância.

Quando Joaquim estava prestes a sair, sua avó Clara, que ainda o acompanhava em seus pensamentos, parecia estar ao seu lado de alguma forma. Ele olhou para o retrato dela na parede da sala e, com um sorriso melancólico, sussurrou:

— Vovó, eu sei que você gostaria de estar aqui para me ver partir, mas vou levar um pedaço de você comigo.

Com a bagagem finalmente pronta, Joaquim se despediu de sua casa e dos seus pais. Embora o coração estivesse apertado pela saudade que já sentia, ele sabia que essa viagem seria um divisor de águas na sua vida.

Ao chegar ao aeroporto, a sensação de ansiedade e excitação tomava conta dele. Ele estava prestes a cruzar o oceano, ir para um país distante, onde tudo seria novo: a língua, as pessoas, a comida e, claro, as paisagens. Mas, ao mesmo tempo, ele se sentia pronto. Aquela era a oportunidade que ele tanto esperava para se reinventar, para ampliar seus horizontes.