Nebbioso 2 (taekook)

Prólogo.

Aviso Legal: esta fanfic aborda temas pesados e socialmente condenáveis como estupro, violência doméstica, assassinato, tortura, uso e venda de drogas e pode gerar desconforto em leitores mais sensíveis. Leia por sua conta e risco.

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Em segredo, Taehyung se questionava se ele e Jeongguk representariam algo além do caos ou se aquilo era tudo o que eles seriam. Se o perigo, o desafio e a adrenalina eram os únicos pilares que sustentavam o amor deles. E por mais que incendiasse e ardesse dolorosamente, talvez, no fundo, ele desejasse que as chamas não fossem controladas. Porque ele gostava disso. Ele era movido a isso. Eles se nutriam disso.

Fogo, desordem e destruição.

Ele estava com medo. Desde o início, ele tivera medo. Desde o momento em que ele voltara para Jeongguk e se jogara em seus braços, disposto a abraçar o sentimento poderoso enraizado dentro dele. Embora seu amor por Jeongguk fosse capaz de superar todo o passado desastroso, ainda tivera medo de como seria quando os raios e trovões cessassem e o arco-íris apontasse no céu. Medo de que um mar tranquilo, sereno e doce não fosse suficiente, quando o que o fizera se apaixonar por Jeongguk fora a fúria e ferocidade de um impiedoso mar aberto.

Ele almejava que fosse o suficiente. Ele se esforçou para isso. Desejava que eles - sem toda a dor, raiva e mentiras - fossem completos. Mas ele sabia que entre eles a calmaria jamais seria tão sedutora quanto o estrago.

Jeongguk desejava ser o dono do mundo e Taehyung apenas queria que ele fosse seu.

Era frustrante perceber que nada do que ele acreditava ser verdade realmente existia. Que metade das coisas que ele sentia era uma ilusão. Que em um momento ele era um jovem forte, carregando uma bagagem de erros e aprendizados, e então, de repente, ele era aquele jovem rapaz do início novamente: fraco, perdido e completamente destruído.

Taehyung acreditava ter superado o que, na realidade, apenas aguardava para ressurgir com maior intensidade.

O que ele julgava ter sepultado emergiu à tona, movendo-se em sua direção como uma víbora perigosa, pronta para disseminar seu veneno e desencadear o caos.