Capítulo 18: Fase: Bem-vindo a Hora da Festa Completo.

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Caminhando com passos lentos, notei o familiar da Game Station surgindo mais à frente. Voltei ao ponto de partida? Senti uma pontada de frustração, mas logo meu olhar se fixou no scanner com o símbolo da mão azul, pedindo mais uma vez o uso do GrabPack.

Parei por um momento, colocando a mão na parede para me firmar, enquanto um gosto metálico se acumulava na boca. Cuspi um pouco de sangue, murmurei para mim mesmo com um meio sorriso. - Hehe... A situação saiu um pouquinho do meu controle, não é?

Meu corpo já dava sinais de esforço, e eu sabia bem os riscos. Canalizar minha energia cósmica para materializar a foice tinha sido um sucesso, mas agora estava pagando o preço. Senti que, embora eu estivesse me fortalecendo para aguentar os golpes do Huggy, manter essa energia me deixava cada vez mais desgastado. Minha regeneração... estou bloqueando ela de propósito para focar em poder e resistência. A mordida dele, ainda aberta no ombro, servia de lembrete. Não cicatrizou ainda, e o sangue continuava escorrendo, manchando o cabo da foice até pingar no chão.

Olhei para o braço ferido, observando o fluxo persistente de sangue. A dor era algo que eu conseguia ignorar, mas até onde meu corpo aguentaria?

- Falta só mais um pouco... - sussurrei. Se eu pudesse apenas dar um fim a essa perseguição, teria uma chance de recuperar a energia. Soltei um suspiro, resignado com a situação. - Mas, claro... isso tudo está indo bem até demais.

Dou uma última olhada ao corredor, a mão firme na parede, antes de me preparar para usar o GrabPack mais uma vez, tentando abrir caminho enquanto me preparo para o que virá a seguir.

Meu olhar se prendeu na comporta à frente, onde pude sentir um fraco pulsar de energia do outro lado. Algo estava em funcionamento, talvez algum maquinário... e, entre essa energia mecânica, outro sinal vital. Poppy. Eu estava perto, faltava pouco para o plano ser finalizado.

Mas, antes que pudesse planejar o próximo movimento, senti um instinto visceral me alertar. Num impulso, puxei a mochila das costas, mas foi tarde demais. Mommy Long Legs apareceu atrás de mim, e, num golpe feroz, senti o impacto brutal em meu peito, me jogando com força contra a porta de ferro. A pancada ecoou como um trovão, o metal cedeu com um estrondo, e meu corpo foi lançado até atingir o que parecia ser uma máquina de trituração.

A dor reverberava em minhas costas, mas aguentar era algo que eu já havia aprendido a suportar. Minha mochila, por sorte, havia rolado para o lado, ilesa. Ao menos algo ainda estava a meu favor.

- Então, acabou sua fuga Renier? Você é um brinquedo incrível, mas seu limite é ser humano - Mommy zombou, com um sorriso sádico. Ela se aproximava, saboreando o momento.

Soltei um riso curto, ofegante pela dor, mas com uma faísca de sarcasmo. - Bom trabalho, Mommy... abriu a comporta por mim. Me poupou um pouco de esforço, eu diria.

Seus olhos ficaram irritados, mas aquilo só parecia aumentar seu prazer distorcido. Sua mão se afundou no meu peito, pressionando como se quisesse esmagar cada costela, cada pedaço de resistência. Seu sorriso era puro divertimento, ela queria ver até onde eu suportaria, queria me ver quebrar.

Mas o que ela não sabia é que eu já havia suportado dores piores. Agonizar? Isso era só mais uma terça-feira.

Sentindo a dor atravessar cada nervo, segurei com firmeza a mão da Mommy e, num único movimento, chutei seu rosto para trás com toda a força que ainda restava.

Ela recuou com um grito de dor, - Pirralho Maldito! - gritou ela me xingando entre dentes, mas não perdi tempo. Girei a foice com precisão e cravei-a na alavanca do triturador, ativando a máquina sem hesitar.

O choque tomou o rosto dela, os olhos arregalados em pavor. - Desgraçado! O que você fez comigo!? - seus gritos eram um eco agudo, rasgando o ar, conforme o triturador começava a puxá-la lentamente.

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