Capítulo 2: Bem-vindo a Playtime

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Marcado às 8 horas, Renier se encontrava na entrada da Fábrica Playtime esperando os dois colegas surgirem.

A fábrica da Playtime se ergue como uma relíquia esquecida de tempos passados, uma vasta construção que domina a paisagem ao seu redor com suas torres e chaminés que tocam os céus cinzentos

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A fábrica da Playtime se ergue como uma relíquia esquecida de tempos passados, uma vasta construção que domina a paisagem ao seu redor com suas torres e chaminés que tocam os céus cinzentos. As paredes, de um tom desbotado de tijolo vermelho e amarelo pálido, parecem ter resistido bravamente ao tempo e ao abandono.

Diversas chaminés cilíndricas, algumas altas e esguias, outras grossas e robustas, apontam para o céu como sentinelas silenciosas, cada uma emanando uma sensação de inquietação, como se ocultasse segredos sombrios em suas profundezas.

A fachada frontal é marcada por uma grandiosa entrada arqueada, que se destaca pelo símbolo icônico da Playtime, uma letra "P" estilizada que se sobressai no topo, proclamando a identidade da fábrica para todos que ousarem se aproximar. As janelas redondas e ovaladas, distribuídas de maneira assimétrica ao longo da fachada, lembram olhos vigilantes, observando cada movimento com uma fixação inquietante.

Um conjunto de estruturas menores se espalha ao longo dos lados da fábrica, como extensões do complexo principal. Cada uma delas apresenta telhados arqueados e janelas de formatos peculiares, dando à fábrica uma aparência quase caricatural, como se tivesse saído de um pesadelo infantil.

As sombras que se projetam das chaminés e torres sobre a estrada que leva à entrada principal parecem desenhar linhas sinuosas e distorcidas no chão, guiando quem se aproxima para dentro de um mundo de mistério e terror.

Renier havia se preparado de antemão, por mais que ele tenha poder, o mundo no qual ele estava era frágil demais para uso dos seus poderes. Correndo o risco dele, acaba sendo jogado para fora da realidade em que está ou quebrando ela, e isso era algo que ele não desejava fazer.

Por garantia ele trouxe duas lanternas, embora seus olhos o permitam ver no escuro, assim como um estojo grande que por dentro estava uma espada de kendo, para usar sem se preocupar em apenas usar sua força e não seus poderes.

Assim como uma roupa mais quente, assim como escura, para caso tenha seguranças vigiando a fábrica, afinal ainda era uma propriedade privada.

Embora Renier não tenha conseguido nenhum dono novo, era quase como se ninguém quisesse nem mesmo comprar um terreno tão grande como esse.

- Será que é amaldiçoado? - murmurou Renier, enquanto olhava para seu celular. A mensagem vinda dos seus colegas, foi recebida no mesmo instante em que ele estava se perguntando se eles irão aparecer.

Sua afirmação se tornou real após ler a mensagem dada por eles. "Avisamos para a turma toda, caso não queria ser chamado de covarde, traga um brinquedo de dentro da Playtime amanhã para sala de aula". dizia a mensagem lida por Renier.

- Eles falam de ser covarde, mas não tiveram nem a coragem de vir até aqui para me dizer isso... - afirmou Renier, com um pequeno sorriso de canto após receber a mensagem.

Renier olhou para a porta da frente da fábrica, como ele já estava curioso sobre o interior da Playtime, obviamente ele não se contentaria em voltar de mãos abandonando.

"Nunca fujo de um desafio, mas só espero que esse lugar não acabe sendo chato quanto esse mundo" , ponderou Renier, se dirigindo até a porta de entrada.

A porta de vidro do que era a recepção da entrada da fábrica havia um cadeado prendendo com duas correntes envolta das maçaneta.

"Será que o sistema de segurança ainda está ativo?" Ponderou ele, fazendo seus olhos azuis emitirem um brilho, os Olhos das Revelações sendo uma habilidade passada de geração na sua família.

Renier estava procurando qualquer fluxo de energia elétrica dentro da fábrica, porém não sentia nada perto da recepção.

- Deveria ter um gerador interno... mas provavelmente não esteja ativado ou a energia se esvaiu a muito tempo, - comentou ele.

Renier, percebendo que era seguro entrar sem acionar alarmes, agarrou o cadeado com firmeza. Com um esforço calculado, ele o quebrou, e o som metálico das correntes e do cadeado caindo no chão ecoou suavemente pelo concreto.

Ao abrir a porta, o rangido da junta enferrujada causou um leve desconforto em seus ouvidos, mas ele ignorou e entrou, fechando a porta atrás de si para evitar qualquer suspeita de uma intrusão.

As correntes e o cadeado foram guardados em sua mochila; ele pretendia colocá-los de volta ao sair, mas, por enquanto, deixá-los jogados no chão indicaria claramente que a fábrica fora invadida.

Virando-se para a recepção, Renier observou o mural com o desenho de Huggy Wuggy, um dos brinquedos icônicos da Playtime, pintado de azul na parede atrás da bancada. A saudação "Bem-vindo", escrita em um balão de diálogo com um sorriso amigável, estava desbotada pelo tempo.

O piso era coberto por azulejos, alguns pintados de azul, vermelho e amarelo, conferindo um tom vibrante ao local. Na bancada, um computador branco antigo estava coberto de poeira. Duas passagens, cada uma com uma catraca de ferro, se estendiam pelos lados opostos da recepção.

Uma TV retro estava posicionada na parte superior da bancada, acompanhada por um vídeo gravador com uma cor verde vibrante logo abaixo. O único som que preenchia o espaço vazio e silencioso era o eco dos passos de Renier.

Ele se dirigiu para trás da bancada e, com curiosidade, limpou a tela do computador. Tentou ligá-lo, mas, como esperado, não obteve sucesso.

- Eu imaginava que esse lugar era velho, mas essas coisas são ainda mais antiquadas do que eu esperava... - murmurou Renier, soltando uma risada descontraída que ecoou pela recepção, lembrando-o de sua solidão naquele ambiente abandonado.

Entre os papéis desordenados da bancada, Renier encontrou uma fita cassete esverdeada. Seus olhos logo se voltaram para o vídeo gravador da mesma cor, que estava aparentemente em estado de abandono. Ao se aproximar da TV, ele percebeu que, apesar de estar ligada na tomada, a tela permanecia apagada. Claramente, a falta de manutenção havia impedido seu funcionamento.

Renier levou a mão ao queixo, pensativo, enquanto observava o vídeo gravador. "Se a fita não estiver corrompida, talvez eu consiga ver o conteúdo ainda..." murmurou, retirando a mochila das costas. De dentro, ele puxou um bracelete escuro com uma estética high-tech.

Ao pressionar um botão no bracelete, uma pequena tela holográfica azul se projetou, formando uma interface.

- Por sorte, explorar mundos avançados me proporciona itens bem úteis - comentou Renier com um sorriso satisfeito.

A tecnologia em seu pulso era uma fusão de magia e tecnologia, capaz de interagir com qualquer dispositivo movido a energia, mesmo que arcaico, como uma fita cassete.

Ele inseriu a fita verde com cuidado, que foi absorvida à medida que atravessava o holograma. Em seguida, retirou um fone da mochila e observou o bracelete analisar a fita. Um sinal de sucesso apareceu, indicando que a fita estava intacta e pronta para ser assistida.

Quais segredos Renier encontraria nessa fábrica de brinquedos abandonada pelo tempo?

Continua...

Bem-vindos A Fábrica Playtime!Onde histórias criam vida. Descubra agora