Capítulo único

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Daniel Molloy estava novamente na mesa de madeira revendo as suas anotações. Ele tentou dar uma espiada nos títulos dos livros antigos que estavam muito no alto para ele, perguntou a si mesmo o porque caralhos havia uma árvore no meio do cômodo, e não achou mais conforto nas paredes cinzas da cozinha e da sala. A biblioteca era o único lugar livre na cobertura. Ele gostava de ficar dentro de casa e não sair, mas não poder aproveitar sair por causa desses vampiros era outra história.

A última sessão foi dura. Armand, como sempre, o ofendendo sempre que podia. Ele sabia que tinha algo errado com ele, ele tinha certeza. E agora ele poderia descobrir, se apenas o agente que ele conheceu no almoço finalmente o mandasse o que queria! Aparentemente ocorreu um problema com o carregamento dos arquivos, quem sabia que o wifi deles era uma merda? Agora ele recebia algumas mensagens ocasionais que tenta ignorar, elas não tem nada de importante. Mas eles vão estar ouvindo a próxima sessão, e foi isso que fez Daniel caminhar pela casa pela última hora.

Ele ouviu passos, então ele rapidamente foi para a própria cadeira e ligou o gravador. Era mais cedo do que o normal, mas Daniel agradeceu aos céus por isso.

— Então, sobre o que vamos falar hoje mesmo?

— Nada, por enquanto, Daniel Molloy.

Aquele não era Louis. Ele olhou para cima para ver Armand, mais sério do que o normal.

— O que foi? Veio para dar bom dia? O café da manhã está pronto, Rashid?

Ele amava usar aquilo contra ele, fazia o canto da boca de Armand se contorcer, o que significava que a provocação o estressava, mesmo que um pouquinho. Ele não precisava ler mentes para perceber isso.

— Você se acha inteligente. — ele deu alguns passos, e puxou a cadeira no lado oposto dele.

— Eu sou inteligente. Qual o seu ponto?

— O que eu quero dizer, Daniel, é que você acha que eu não notei.

— Notou o que?

Ele olhou para o lado por um segundo para checar se estava gravando as vozes. Mas a próxima fala fez o seu cérebro parar para processar o que ouviu.

— Você quer me foder.

Depois de segundos se perguntando como raios ele chegou aquela conclusão, ele respondeu sem expressão:

— Que?

— Você sabe, Daniel. Você esquece que eu consigo ler a sua mente? — Armand sorriu.

— Eu não sei do que você está falando.

— Claro que você sabe — ele traçou os dedos nos papéis de anotações espalhados pela mesa — Você estava pensando sobre, quando Louis estava chupando meu pescoço.

— Eu sabia que tinha algo de errado com você, você não era humano-

— Você estava se perguntando qual era o meu gosto. Me conte, é isso o que você pensa sobre alguém que odeia?

— Vai se foder.

— Eu estive na sua mente, Daniel. Eu estive nela tempo o suficiente para saber que você quer me colocar de barriga em uma mesa, e me foder sem proteção naquela cozinha — ele se ergueu um pouco da cadeira, apoiando as mãos na mesa, posicionando o próprio corpo de uma maneira intimidadora olhando para Daniel de cima — Foi apenas por um segundo, estou certo que você lembra. Mas teve vários, E você ainda acreditava que eu era Rashid, você ia preferir se eu fosse um jovem funcionário? Te trazendo comida e ajoelhando?

A mente de Daniel o traiu ao mostrar uma imagem de Armand o chupando. Ele considerou a ideia por um segundo, pensando totalmente com o próprio membro, e foi o suficiente para Armand se ajoelhar ao lado da sua cadeira com uma velocidade vampírica.

Disregard (+18) Armand x Daniel MolloyOnde histórias criam vida. Descubra agora