No dia seguinte, Oikawa havia acordado com um travesseiro que foi apanhado em sua cara. Ao abrir seus olhos, percebeu ser Kenma, aquele que vestia uma camisa vermelha e um short preto com seus cabelos presos em um coque.
— Acorda bela adormecida! - Comentou enquanto retirava suas cobertas, Oikawa as pingou cobrindo seu corpo novamente.
— Hum, deixa eu dormir, Kenma! Seu chato.
— Levanta, sua avó mandou vir te acordar que a gente vai no mercado. - Oikawa encarou o amigo - Ela falou que a gente vai fazer compras, já que a amiga dela vai vir aqui.
Oikawa levantou-se, arrumando sua cama e indo tomar banho. Tudo contra a sua única vontade, que era ficar deitado o dia inteiro.
Um suspiro saiu de seus lábios após abrir a porta do quarto, vendo que Akaashi estava ajudando Ísis a fazer o café.Quando viu Kenma, deixou a cabeça no ombro do mais baixo.
— Hum, posso voltar a dormir? - Perguntou sabendo da resposta.
— Não. Vamos, tô com fome.
Se sentaram na mesa, e a mulher começou a falar sobre algo aleatório, que Oikawa nem havia prestado atenção, apenas queria voltar a dormir, já que mesmo nas férias, teria de acordar cedo naquele momento.
Akaashi percebeu, rindo da situação que Tooru estava.
— Ei, calma, assim vai dormir em cima da mesa. - Sorriu vendo-o encará-lo, bravo. - Vamos, acho que você não sabe quem vai vir aqui hoje. - Oikawa franziu o cenho - O Iwaizumi, Bokuto e Kuroo.
Kenma quase cuspiu o café, e Oikawa caiu para trás da cadeira.
— Donde isto?! - Falou surpreso, vendo Akaashi soltar uma risada.
— É o que? Querido, a gente não tem o Kage pra traduzir o que você fala. Então... Fala japonês certo! - Comentou Kozume, obtendo um resmungo do mais velho. - Enfim, como assim? Aqueles três também vieram passar as férias aqui?
— Isso é pelo que a Ísis disse. - Comentou, enquanto a mulher concordava, apenas escutando a conversa - Mas acho que seria mais divertido o verão com eles.
— Você falar isso é fácil, né?! - Oikawa riu nervoso. - O Bokuto é um anjo de pessoa, ao contrário do Kuroo e do Hajime. Sabe o que é você acordar com água na cara!? Por acaso o Bokuto já fez algo assim com você, Keiji?! - Falou Oikawa, ainda mais bravo, fazendo Akaashi rir.
— Ele me obedece porque tem medo de mim, e não porque gosta. - Sorriu triste mexendo a colher no líquido preto. - Mas... Pode ser melhor assim! Tipo, cara, isso vai me render muita risada.
Kenma apenas esperava o momento certo para surtar. Óbvio que aquele não era o momento certo. Mas, sem o Shoyou, seu outro amigo próximo, ele seria o mais baixo de todos ali.
E sim... Era com aquilo que estava preocupado.
Além de Kuroo, ele não era tão importante para fazer Kenma gastar seu tempo pensando nele.— Queridos, eu vou ao mercado, vocês vão junto comigo, certo? - Os três afirmaram escutando. - Vou arrumar a cozinha, e assim chamo vocês.
Isso resultou, em Oikawa lavar louça, Kenma arrumar a mesa, e Akaashi guardar a louça.
Eles não deixariam a mulher fazer aquilo, óbvio que não.A ida ao mercado foi tranquila, eles conversavam e tudo mais, arrancando boas risadas.
— Olá Íris! - falou um homem, aparentando ter ao mínimo vinte e cinco anos.
— Olá, Sr. Yuri, como vai? - Apertou a mão do outro, que descaradamente encarou os garotos que estavam indecisos entre chocolate e salgado. No fim levaram os dois, mas, não é como se fosse chato discutir. Olhou para a velha novamente.
— Vou bem! Espero poder ir a sua casa voltar a fazer a tarde literária. - Falou, rindo. - Enfim, vou indo, tenha um bom dia!
Não demorou muito para a mulher escutar seu neto gritar no mercado, e ao ver o que ocorria, era que Kenma em cima do carrinho de supermercado com Akaashi, corriam atrás dele, tentando o parar.
— Kozume Kenma, Akaashi Keiji! Isso não tem a menor graça! - Gritou tentando correr ao máximo possível. Até bater em um corpo um tanto maior, que colidiu com o chão, junto com Oikawa.
Ao encarar, percebeu os olhos dourados lhe fitando e logo sorriu sem graça.— Kuroo? - Riu nervoso se levantando rapidamente. - O que faz aqui?
— Ham, bem, vim comprar uns negócios que a avó do Iwaizumi pediu. - Seus olhos encararam o garoto loiro que estava no carrinho, e sorriu bobo, vendo a cena mais fofa de seu dia. O garoto loiro encarou-o de volta apanhando o dedo.
— Há que ótimo! O otário do Tetsuro está aqui. - Resmungou, fazendo Akaashi rir, vendo que um garoto alto, de cabelos platinados e olhos lindamente dourados estavam o encarando.
— Kasshi? - Chamou sem certeza, fazendo o mais baixo piscar algumas vezes e rir.
— Conhecidencia, Kou. - Comentou com o apelido frequente.
Oikawa bufou, saindo de perto, desta vez, encarando olhos familiares que fitavam o rótulo de uma bebida. Estava usando fones de fio, e seus cabelos estavam bagunçados.
Tooru piscou algumas vezes, cerrando os punhos.— Há... Que ótimo. - Se virou, tentando sair dali. Mas por um momento, deu meia volta, e pegou um dos fones que o garoto mais alto usava. Escutando a música. - É, é boa, mas prefiro serenata existencialista.
Hajime encarou o garoto por alguns minutos sorrindo mínimo.
— Eu gosto, tá? Mas essa música é boa também. - Falou calmo, enquanto soltava o objeto. Oikawa arcou as sobrancelhas. - Bem, a gente se vê no jantar não é nada bom, né? - Riu baixinho, fazendo o outro rir também.
— Óbvio, vai que alguém morre. - Hajime sorriu, Oikawa o observava. - O Kenma não gostou nada do Kuroo vir.
— Pelo visto você também não gostou de saber que eu vinha. - Suspirou, Oikawa olhou, surpreso e pensativo. - De qualquer forma, não sei porque você me odeia. - Falou, fazendo Oikawa revirar os olhos, e sorrir.
— Talvez seja porque você me estressa. - Respondeu de braços cruzados. - E muito!
Iwaizumi riu alto, assim falando.
— Haram. - Encarou Oikawa por alguns minutos, desviando o olhar com um sorriso bobo. Tooru se via perdido na conversa. - Todo mundo tem os seus motivos para chamar atenção de alguém, né?
Saiu do local, sem mais nem uma palavra. Oikawa rubrou um tanto.
O que aconteceu com Iwaizumi?
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Apenas férias ★Iwaoi★
RomansaOikawa Tooru, é obrigado a ir passar as suas tão prestigiadas férias de verão, em uma cidadezinha onde a sua avó morava, como modo de "desculpas" a sua mãe por sempre desobedecê-la. Nesse tempo também é obrigado a conviver com a pessoa que odeia...