Jogos de Tensões

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POV: Alice
São-Paulo

O segundo dia de trabalho começou com o toque do despertador, o som familiar me puxando para a realidade. A manhã estava fria, mas o frio que senti na pele não se comparava à ansiedade que ainda rondava meus pensamentos. Era o dia das avaliações dos jogadores, e eu sabia que ele seria decisivo para o meu começo ali no Palmeiras. A tensão se misturava com a empolgação.

Me arrumei rapidamente, escolhendo o uniforme do Palmeiras, que já começava a parecer mais familiar. A calça preta e justa, a blusa branca com o símbolo do clube bordado e o cabelo preso em um rabo de cavalo simples, mas eficiente, me davam uma sensação de estar pronta para enfrentar qualquer desafio. A maquiagem leve e natural me ajudava a parecer descansada, mesmo que por dentro minha mente estivesse a mil por hora.

O trânsito de São Paulo estava pesadíssimo, mas nada me faria perder o foco. O Palmeiras não era apenas um novo emprego, era uma grande oportunidade, e eu estava determinada a fazer tudo certo. Cheguei ao Centro de Treinamento alguns minutos antes do horário. O ambiente estava calmo, mas uma energia nova pairava no ar. Era o meu segundo dia, e o desafio de me firmar ali ainda estava apenas começando.

O primeiro jogador da lista foi Piquerez. Quando ele entrou na sala, seu sorriso confiante e simpático já criaram um clima mais leve. Ele parecia sempre pronto para fazer uma piada e manter as coisas descontraídas. A avaliação foi tranquila, sem grandes dificuldades. Piquerez parecia genuinamente interessado em saber como eu estava me adaptando, e, ao final, me fez um comentário que quase me fez rir.

- Eu achei que ia ser mais difícil, viu? Mas pelo jeito você tem as mãos de um anjo - disse ele com um sorriso malicioso, mas sem pressa de causar desconforto.

- Só estou fazendo o meu trabalho - respondi com um sorriso educado, tentando manter as coisas leves.

Ele deu um risinho e se afastou, mas não sem antes deixar uma última frase no ar.

- Acho que vou ter que voltar mais vezes, quem sabe você não me ensina mais alguns truques?

Fiquei com um sorriso no rosto, mas minha mente estava focada no próximo jogador. Endrik foi o próximo a entrar, e sua energia animada trouxe uma leveza ao ambiente. Ele foi tão carismático quanto no dia anterior e fez a avaliação de forma descontraída, quase como se estivesse conversando comigo, e não passando por um exame.

Quando a sessão com ele terminou, percebi que o dia estava fluindo bem, apesar da tensão ainda presente em minha mente. Ele foi embora com um sorriso animado, me dando um toque de energia positiva para enfrentar o resto do dia. Mas logo, o maior desafio do dia se aproximava: Richard Rios. Ele seria o último a ser avaliado, e eu sabia que a tensão entre nós seria inevitável.

Enquanto atendia os outros jogadores, a expectativa aumentava. Cada um passava com seu estilo: alguns eram mais sérios, outros mais descontraídos, mas nenhum deles tinha a mesma energia que Richard. A cada avaliação, eu tentava não pensar nele, mas era impossível não sentir a tensão crescendo. Aquele que me desafiaria ao extremo estava prestes a chegar.

Finalmente, depois de atender alguns outros jogadores, o som da porta se abriu. Richard entrou, e com ele, uma onda de tensão percorreu o ambiente. Ele caminhava com a confiança de sempre, sua presença dominando qualquer espaço em que estivesse. Ao me ver, seu olhar se intensificou imediatamente, e eu senti uma pressão no ar, como se ele estivesse me estudando de cima a baixo.

- Já se sente à vontade para cuidar de mim, Morena? - Ele perguntou com um sorriso provocador, os olhos brilhando de interesse.

Eu o observei calmamente, controlando a reação. Nossa interação já estava marcada por essa tensão constante, mas o tempo de convivência ainda era curto demais para tanta familiaridade.

- Só estou fazendo o meu trabalho, Rios. Nada além disso - respondi, mantendo a postura firme, mas sentindo a tensão no ar.

Ele soltou uma risada baixa, como se estivesse se divertindo.

- Vamos ver quanto tempo você vai conseguir manter essa postura profissional - Ele se inclinou levemente, os olhos fixos nos meus. - Eu gosto de ver até onde as pessoas aguentam.

Tentei não me deixar afetar, mantendo o controle da situação.

- Estou aqui para o que precisar - respondi, tentando ignorar o jeito que ele me observava, como se cada palavra tivesse uma segunda intenção.

A sessão começou, mas ele não facilitava nada. Cada toque meu parecia ser meticulosamente observado, e a tensão era palpável. Richard claramente não estava ali só para se recuperar fisicamente, ele estava me desafiando. Cada comentário era uma provocação velada, e a linha entre o profissional e o pessoal parecia se estreitar cada vez mais.

- Hum... você sabe exatamente onde mexer, né? Deve ser uma boa maneira de manter a compostura com todos os jogadores - ele disse, os olhos fixos em mim, um sorriso malicioso dançando nos lábios. - Será que sabe como mexer em algo mais além disso?

Fiquei quieta por um instante, tentando manter a calma. A resposta estava nos olhos dele, mas eu sabia que esse não era o momento para ceder.

- Você vai me deixar trabalhar, Rios? Ou vai continuar com essas provocações? - perguntei, tentando desviar do clima carregado.

Ele arqueou uma sobrancelha, interessado, mas não insistiu. A sessão continuou, mas era claro que ele se divertia mais com o jogo mental do que com a fisioterapia em si.

- Se você acha que me manter assim vai ser fácil, então vai ser uma longa jornada - ele disse, com aquele sorriso enigmático que eu sabia que sempre trazia mais complicações.

Ao final da avaliação, Richard se levantou e me olhou de novo, agora mais perto, como se soubesse exatamente o efeito que causava em mim.

- A gente se vê de novo, Morena. E, no final, vou te mostrar que nem toda essa resistência é capaz de me afastar - disse ele, a voz grave, ainda carregada de uma promessa não dita.

Ele saiu da sala, deixando uma sensação de incompletude no ar. A tensão, agora mais forte do que nunca, pairava em torno de mim. O dia estava terminado, mas eu sabia que aquela interação não seria a última. Richard tinha me desafiado de uma forma que eu não sabia como resistir, e essa provocação parecia ser apenas o começo.

O desafio estava apenas começando a se desenrolar, e eu estava cada vez mais ciente de que ele não seria fácil de lidar. Eu tinha vencido o primeiro teste, mas sabia que com ele o jogo só estava começando.

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Obrigada por lerem até aqui! Espero que estejam gostando. Não se esqueçam de votar, comentar e me dizer o que acharam! Até o próximo capítulo!

Atração Proibida - Richard Ríos Onde histórias criam vida. Descubra agora