The sunset brings you to me (Englot)

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Charlotte's point of view 

Com licença, Charlotte?

Uma senhora que morava ao lado da minha casa se aproximou. Eu a tinha visto algumas vezes, mas nunca conversamos.

C: Olá, sim, sou eu. — falei com um sutil sorriso.

T: Desculpe incomodar, me chamo Tiana, muito prazer. — Ela estendeu a mão, e eu a cumprimentei. — Então, senhorita Charlotte, hoje mais cedo, um jovem rapaz ficou um bom tempo te chamando no portão. Eu saí para ver o que estava acontecendo, e ele me perguntou se eu tinha te visto. Como eu não sabia quem era, disse que não. Então, ele me pediu para que eu te avisasse que ele esteve aqui.

Enquanto ela falava, eu congelei. Era o Dylan? Ele me achou?

C: Obrigada, dona Tiana. Mas como era esse homem?

T: Bom, ele era um pouco mais alto que você, bem vestido, cabelos escuros, muito educado.

Era ele, era o Dylan.

C: Ele disse qual era o nome dele?

T: Ele me disse... droga, não me lembro, me desculpe. Minha memória já não é tão boa.

C: Sem problemas. Por acaso era Dylan? — ela sorriu.

T: Isso, era esse mesmo.

C: Ok, muito obrigada por me avisar, senhora Tiana. Se não for incômodo, eu te peço que me avise caso ele apareça por aqui novamente. E, por favor, não diga nada sobre mim para ele.

T: Tudo bem, querida, não se preocupe. Eu te avisarei caso ele apareça novamente.

Nos despedimos, e eu entrei em casa.

Como ele me achou? O que eu faço agora? Niran... Niran! Ele vai atrás do meu filho. O que devo fazer?

Preciso me acalmar e respirar. Como vou sair de casa em paz? E se ele me seguir? Droga!

Estava sentada no sofá tentando resolver esse problema quando meu celular tocou.

C: Alô? — atendi ao telefone.

E: Está ocupada, senhorita Charlotte? — escutei a voz de Engfa do outro lado da linha.

C: Não, acabei de chegar em casa. — ainda estava em choque.

E: Charlotte, você está bem? Sua voz está trêmula, aconteceu alguma coisa? — ela parecia preocupada.

C: Está tudo bem, não se preocupe.

E: Ok... Bom, eu te busco hoje, tudo bem? Às 8, estou aí. — ela disse.

C: Tudo bem, estarei te esperando. Obrigada.

Desliguei o telefone e me deitei no sofá. Logo, as lágrimas desceram e não paravam. O que eu iria fazer agora? Como vou proteger meu filho? As lágrimas desciam incessantes, a dor no peito era intensa, minha visão ficou completamente turva, meus batimentos cardíacos aceleraram... Droga! Eu preciso me acalmar.

Após respirar fundo algumas vezes, consegui me recompor. Levantei e fui até o banheiro, tomei um banho gelado e tentei me distrair ao máximo com minhas obrigações, mas, mesmo assim, o medo me perturbava. Dylan estava na minha cabeça. As horas foram se passando, e eu nem percebi; já eram 5:30 da tarde e eu não havia preparado nada para a noite. Devo ir? E se ele me perseguir? Bom... eu estarei com a Engfa, está tudo bem, Charlotte!