: O.6 : 𖥻 Fazenda Jeon.

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"Imagine uma nova históriapara sua vida e acredite nela

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"Imagine uma nova história
para sua vida e acredite nela."

J U N G K O O K

🍄

A casa estava silenciosa, exceto pelo leve roçar das ondas lá fora e os pequenos passos que se aproximavam da varanda. Já passava do meio da tarde, e eu deveria estar totalmente concentrado na pintura. Mas, desde que o pequeno apareceu na minha vida, parece que minha mente nunca está realmente onde deveria estar.

Ele surgiu no batente da porta, hesitante, segurando algo nos braços. Medusa, nossa filhote de husky, estava esticada nos ombros dele, com a língua pra fora e aquele olhar relaxado que só ela tinha. Ele sorriu ao me ver e deu uma leve batidinha na cabeça dela, chamando-a de "fugidora" por ter escapado do cochilo.

ㅡ Quer ajuda, Bolinho? ㅡ perguntei, deixando os pincéis de lado.

Ele hesitou, mas acabou vindo até mim. Coloquei a Medusa no chão, e ela imediatamente correu ao redor dos nossos pés, quase como se estivesse brincando de esconde-esconde. Eu só conseguia prestar atenção nele, em como a pele dele parecia ainda mais suave sob a luz da tarde, e no jeito como ele olhava ao redor, um pouco tímido, mas curioso.

Medusa começou a brincar com minha sandália, puxando e rosnando baixinho, enquanto Jimin se inclinava para me ajudar a organizar os pincéis e tintas. Foi então que percebi: ele já se sentia à vontade ali, ao meu lado, como se aquele espaço fosse dele também.

ㅡ Sabe... acho que você é o primeiro que não tentou domar a Medusa ㅡ brinquei, tentando disfarçar o quanto meu coração acelerava só por estar perto.

Ele riu baixinho, aquela risada leve que sempre trazia um sorriso bobo ao meu rosto, por mais que eu tentasse segurar. Coloquei minha mão sobre a dele, sem pensar muito, e o vi encolher um pouquinho, o rosto corando. Por um momento, só existia ele, o pequeno ômega, olhando pra mim com aqueles olhos curiosos, como se estivesse tentando decifrar algo.

ㅡ É que ela é livre, como o oceano. ㅡ Ele respondeu com uma sinceridade tão pura que me pegou desprevenido.

Era exatamente isso.

Jimin baixou o olhar, distraído, deslizando a ponta dos dedos pelas tintas que eu havia espalhado na bancada. Ele parecia fascinado com as cores e suas misturas, talvez vendo o mundo com um olhar mais simples, mais sincero, do que qualquer outra pessoa. Eu quase ria por dentro ao pensar que aquele Bolinho, que parecia tão inocente, na verdade era uma força calma, inabalável. E, sem que ele soubesse, meu peito se apertava toda vez que o via ali, tão próximo, sem desconfiança alguma.

Pelas Ondas, Jikook.Onde histórias criam vida. Descubra agora