Em um mundo onde os sentimentos dançam como folhas ao vento, encontramos histórias de amores que não florescem da mesma maneira. Era uma vez um relacionamento repleto de sorrisos, olhares significativos e promessas feitas em silêncio. Eu me aventurei de coração aberto, esperando que a reciprocidade fosse a base de um amor sólido.
No entanto, a realidade fez-se presente, como nuvens escuras em um dia ensolarado. Eu percebi que, enquanto meu coração pulsava intensamente, do outro lado havia um sentimento morno. A expectativa de um "eu também" naqueles momentos mágicos não se concretizava, e a tristeza começou a se infiltrar, mesmo no meio das risadas.
Lembro-me das palavras que ecoavam na minha cabeça: "será que ele(a) sente o mesmo?" As dúvidas se tornaram companhia constante. O tempo passava, e o que parecia ser um conto de fadas começou a ter tristeza profunda. As conversas que antes eram cheias de paixão tornaram-se mero entrosamento. Eu estava dando mais do que recebia, e isso me fez refletir sobre o verdadeiro significado do amor.
Aprendi, ao longo desse caminho, que amar nem sempre é suficiente. A reciprocidade é a melodia que harmoniza a música do relacionamento. Sem ela, a canção se torna uma balada triste, com batidas descompassadas.
O mais importante, no entanto, foi descobrir minha própria força e valor. Com o tempo, aceitei que algumas histórias não são destinadas a ter um final feliz. E mesmo que a dor de amar alguém que não devolve possa ser semelhante a uma ferida aberta, ela traz consigo lições valiosas sobre amor-próprio e autoaceitação.
Hoje, olho para trás com gratidão. Cada momento vivido, cada lágrima derramada, foram passos necessários para mim, para meu crescimento, para meu psicológico. O amor não correspondido me ensinou a valorizar o que realmente mereço e a acreditar que existe alguém que sentirá uma paixão tão forte quanto a minha.
Porque, acima de tudo, eu mereço ser amada na mesma intensidade que amo.23:46