𝗢 𝗧𝗮𝗹 𝗩𝗼𝗼 𝟮𝟵𝟭 ❥ ﹙ 𝗉𝖺𝗋𝖺𝗀𝗋𝖺𝖿𝗅𝗈𝗋. ﹚

❥ ' Prefácio.

“O destino une pessoas que, mesmo se detestando, irão se amar como nunca antes amaram na vida. E tudo parece estar escrito nas estrelas.”

William Shakespeare.

𓇢𓆸

Qual a justificativa para duas pessoas se encontrarem constantemente em todos os lugares, possíveis ou impossíveis, senão o destino? Era uma ironia tão grande do acaso querer unir seres de pensamentos opostos sobre o sentimento que deveria conectá-los.

Calia ansiava por descobrir o significado do amor, se as borboletas no estômago eram reais e se as pupilas realmente dilatavam ao ver alguém que amava. Por outro lado, Matthew já estava familiarizado com esse sentimento, porém em sua versão amarga, o lado que o fazia questionar a existência do amor que tanto falavam. O que era o amor afinal, senão um emaranhado de emoções inexplicáveis?

Algo mudou a partir daquele dia, e Moon tinha certeza disso.

Em questão de instantes, Calia sentiu seu corpo vacilar para trás, e o estrondoso som do gatilho misturado com a calmaria do carrilhão de vento ecoava em seus ouvidos, sua visão estava embaçada mas conseguia ver o vermelho intenso se fluir, ela alternava seu olhar entre as flores ao seu redor caídas no chão de cerâmica e o olhar de Matthew, tão confuso quanto o dela.

Em meio ao ódio que sempre permeou sua relação com Sommers, pela primeira vez, Calia se viu diante da possibilidade de amar e de ser amada. E, mais do que qualquer coisa, ela se encontrou diante do desafio de compreender o que era o amor.

©𝗉𝖺𝗋𝖺𝗀𝗋𝖺𝖿𝗅𝗈𝗋, 𝟤𝟢𝟤𝟦 .