. Poema

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Não passaria o recreio com Ganyu e Hu Tao hoje.

Tinha coisas mais importantes..

- Descobri que Li Bai escrevia poemas curtos. - O de tranças colocou sua cadeira ao lado da mesa do esverdeado, para continuar o assunto. - Alguns não passavam de poucas linhas..

Os dois permaneceram na sala quando o sinal do intervalo tocou, Xiao pelo visto aceitou ficar escutando Venti falar sobre alguns poetas na qual mencionou no dia passado. O garoto parecia um tanto animado enquanto falava, parecia que não tinha muito tempo para isso.

- Sabe algum que ele escreveu?

- Sei! Pesquisei sobre ontem. Na verdade, meu favorito foi um que já me esqueci do título.. Mas acho que anotei, espere aí.

Novamente o de tranças levantou, parecia que não parava quieto. Indo dessa vez até sua mochila, pegando uma pasta e procurando alguma coisa, Xiao não conseguiu enxergar mais, até ele encontrar alguns papéis, na qual pegou apenas um, um pequeno, já indo de volta aonde sua cadeira estava.

- "No Pico de Zhongnan"! - Exclamou quando leu o que havia escrito na página, entregando a figura à sua frente. - Esse me trouxe curiosidade.

Xiao pegou o papel com cuidado, lendo o poema. Quatro linhas e um título acima, entendeu o motivo do papel estar pequeno, ele provavelmente cortou para que utilizasse o outro lado. Falava sobre um homem em uma montanha, novidade para quem sabia do título, não pareceu se interessar muito mas, a escrita do poeta era bonita, profunda.

A letra de Venti também, mas utilizaria outra palavra ao em vez de "profunda", redonda, talvez.

- Bonito. - Disse, uns cinquenta segundos após ter pegado o papel, devolvendo ao de tranças.

- Gostou? Posso trazer mais amanhã! Bem, não quero lhe perturbar. Aliás, posso falar sobre meu favorito?

Xiao permaneceu quieto, mas movimentando a cabeça positivamente, esse ato fez Venti ir para sua mochila novamente, levantando mais uma vez, mas sendo inteligente, ele pegou dessa vez a pasta inteira.

- Tenho alguns poemas copiados dele. Gosto de ter alguns comigo para ler. - Pegando a pasta, foi novamente a sua cadeira para se sentar, colocando a pasta em seu colo.

- Quem é o poeta? - Xiao mostrou curiosidade.

O esverdeado parecia quietinho, mostrando bastante atenção de sua parte sobre o que o de tranças falava, pois bem, realmente estava interessado.

Nunca falou com ninguém que tivesse tanto interesse em escrita. Até gostava de ler mas, Venti parecia superar isso, não que também entendesse muito do assunto.

- Friedrich alguma coisa. Você deve conhecê-lo escreveu aquele poema lá.. Ode à Alegria. - Comentou, e Xiao não fazia ideia de quem era.

- Ah.. Conheço. Conheço sim. Tem.. Algum poema dele aí?

Venti logo o alcançou outro papel, um de tamanho A5, provavelmente, com um tamanho maior que o outro. Quando o esverdeado leu, era o mesmo que Venti tinha falado.

Friedrich Schiller, deveria adivinhar que era bávaro. A escrita novamente era.. Bonita, não sabia como expressar que havia gostado, mas mostrou afinidade com o poema novamente, lendo-o atentamente.

- Legal..

- Só isso?

- Bem eu.. Eu gostei, é bonito. - Tentou implementar.

Venti logo o mostrou um sorriso, um animado, pegando novamente o papel das mãos do garoto e colocando de volta a pasta.

- Você tem um monte.. Por que os escreve e leva com você?

- Justamente por isso! Não é todo dia que alguém se dispõe a ouvir de meus gostos, preciso estar preparado.

- Ah.

Achou isso adorável vindo da parte dele, ele realmente levava uma pasta com poemas com ele? Não seria mais fácil imprimir, ao menos?

Pelo menos descobriu que a letra dele era bonita.

Venti era um garoto duvidoso, ou curioso, descobriu isso dele até agora. Ele parou de ser estranho em seu olhar, talvez pelo interesse de apenas descobrir um pouco mais sobre ele. Provavelmente passaria por muitos poemas para isso.

Emprestaria mais lápis para ele, se ele não os mordesse.



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Agora que eu percebi que a letra "g" em minúsculo no wattpad é mais bonita.
Tô sem criatividade nesses últimos três dias, peço perdões.
tchauk

Sehnsucht   |   XiaoVenOnde histórias criam vida. Descubra agora