Stef jamais pensou que pudesse se apaixonar por alguém que nunca havia visto antes, até que as Olimpíadas de Paris começaram, e junto com elas, surgiu uma paixão pela capitã da seleção de vôlei feminino, Gabi Guimarães. Mesmo frustrada por não ter s...
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Gabi Guimarães
Era como se meu coração fosse uma delicada escultura de vidro, trincada de forma tão sutil que só eu podia sentir. Cada fissura se espalhava lentamente, como um eco da dor nos olhos marejados de Stef. O mundo ao meu redor parou, e a única coisa que restava era a certeza amarga de que, de repente, tudo estava quebrado e o vazio era tudo que havia. E nada no universo parecia mais real do que a importância dela para mim.
Quando Stef voltou para a minha vida, achei que fosse a nossa chance de recomeçar. Pensei que finalmente viveríamos o amor que eu tanto sonhei em 2024. Eu queria tanto ter uma vida ao seu lado, mas naquele momento, ao ver como tudo estava desmoronando para nós, eu quis morrer. O olhar decepcionado dela, naquele corredor, me destruiu. O que eu estava fazendo?
— Stef. — chamei por ela quando a vi partir, meu coração se apertando a cada passo que ela dava. Tentei segui-la, mas Sheilla me puxou pelo braço, exibindo seu típico sorriso convencido. — Que merda você está fazendo? Me solta! — exigi, a raiva subindo como um fogo em meu peito.
— Estou me livrando da pirralha por você. — ela disse, como se fosse óbvio. Com um movimento brusco, me livrei do seu aperto, bagunçando meus cabelos em frustração, pensando em como resolver aquela situação. Stef com certeza não queria me ver, nem pintada de ouro.
— Foi por isso que você me beijou? Sabia que ela estava aqui?
— Não, não. Foi só uma feliz coincidência. — sua felicidade estava me dando nos nervos, um desdém que só aumentava minha irritação. Mas eu não poderia esperar algo melhor vindo dela. — O que foi? Não me olha assim, Gabi. Não vai me dizer que ainda gosta dela.
— Porra, é claro que eu gosto, e você sabe disso. — seus olhos se reviraram com impaciência, como se a situação fosse insuportável. Logo, sua feição alegre se transformou em irritação, um reflexo da tensão que pairava entre nós.
— Mesmo depois de tudo que ela fez? Ela te abandonou, Gabi. Acorda pra vida.
— Nada do que ela fez foi pior do que o que você fez. — falei firme, sentindo a adrenalina correr em minhas veias. Seu olhar recuou, mas eu avancei na sua direção, decidida a não deixar a dúvida se instalar. — E mesmo assim, eu te dei uma segunda chance, não foi? E você a desperdiçou.
— Águas passadas, Gabi. Estou aqui para um recomeço, meu amor.
— Mas eu cansei de recomeçar com você, Sheilla. — um sorriso involuntário tentou surgir em seus lábios, até que ela percebeu a firmeza das minhas palavras. Sheilla me fitou por um breve momento, antes de levantar a mão para me bater, mas antes que ela pudesse fazer isso, eu a segurei com firmeza. — E ainda tem coragem de chamar a Stef de pirralha? Você é a criança birrenta desse parquinho, e eu não quero nunca mais te ver.
— O que é que tá acontecendo aqui? — perguntou Rosamaria, chegando de supetão pelo outro lado do corredor. Seu olhar estava afiado, buscando entender a situação. — O que ela tá fazendo aqui? Cadê a Stefany?