Stef jamais pensou que pudesse se apaixonar por alguém que nunca havia visto antes, até que as Olimpíadas de Paris começaram, e junto com elas, surgiu uma paixão pela capitã da seleção de vôlei feminino, Gabi Guimarães. Mesmo frustrada por não ter s...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Maio de 2028 Stefany Martins
Já fazia um bom tempo desde que eu havia acordado. Estava apenas admirando a minha capitã, que dormia tão suave e despretensiosamente na minha cama. Gabriela ainda não se conformava com o fato de eu não querer demonstrações de afeto em público, devido aos nossos trabalhos e também pelas fãs loucas que ela tinha, então ela usava isso como desculpa para dormir comigo todas as noites.
Fazia menos de dois meses que havíamos assumido um compromisso sério, mas estar com ela parecia algo tão habitual e natural do nosso cotidiano que eu não senti muita diferença. Estar com Gabriela sempre foi sinônimo de paz para mim, mesmo quando discutíamos por coisas bobas, mesmo quando a atmosfera se tornava sexual, e até quando não fazíamos nada além de ficar uma ao lado da outra. Era sempre paz. Gabriela provocava um equilíbrio em mim que nem ela própria possuía. Nos meus dias mais ansiosos, seu abraço valia mais do que qualquer calmante; nos meus dias mais tristes, ela era como endorfina; e, quando a dor me consumia, ela era minha morfina.
Nunca amei ninguém como amo minha capitã, e, por isso, tinha medo de amá-la ainda mais. O que seria de mim se ela fosse embora? O que eu faria se, de repente, ela decidisse que não era isso que queria? Esses pensamentos eu tentava evitar, sempre buscando focar no presente e nas coisas boas do momento, mas, às vezes, sufocava-me e tirava o ar pensar que um dia eu poderia perdê-la.
Céus, acho que estou de TPM.
— Bom dia. — sussurrei em seu ouvido.
Gabriela apenas mexeu alguns músculos do rosto e continuou me ignorando. Como a boa boba apaixonada que sou, dei vários beijos em seu rosto, sem suavidade alguma. Gabi resmungou algo e depois abriu os olhos, sorrindo sem mostrar os dentes.
A luz do sol iluminava levemente seu rosto, deixando seus olhos castanhos mais claros. Sua face estava levemente marcada pelos lençóis, e seus cachos caíam rebeldes por sobre o rosto. A admirei por um momento, reparando em cada detalhe e constatando como o tempo havia sido bondoso com ela. Ela mudara quase nada nesses anos; sua pele continuava impecável, com um viço exuberante. As pequenas marquinhas em seu rosto combinavam perfeitamente com sua beleza, como um complemento natural.
E nem vamos falar do corpo... Quando Gabi entrou para o Conegliano, percebi que ela havia emagrecido bastante durante sua passagem pela Itália, mas, desde que cheguei ao CDV, notei que ela havia mudado. Continuava magra, claro, mas com músculos bem mais definidos. Suas coxas estavam mais grossas e torneadas, sua bunda mais empinada e seu abdômen... Poxa, havia dias em que a única coisa que eu queria fazer era me perder ali. Gabriela parecia esculpida por deuses, pois cada detalhe beirava a perfeição.
— Você está me assustando. — sussurrou.
Só então percebi que estava olhando demais para ela. Sorri sem jeito.
— Estava aqui pensando...
— Morro de medo cada vez que você pensa. — confessou, com a voz mais rouca e grave do que o normal. Revirei os olhos para ela, mantendo um sorriso discreto. Gabriela me olhava curiosa.
