Beautiful tragic - Agathario

handfasting

Agatha sempre esperava Rio voltar do trabalho, ela normalmente esperava na varanda, ela dava alguns passos e abria seus braços e Rio terminava o caminho encontro aos seus beijos. Era engraçado como elas nunca tiveram medo de se amar. Elas não ligavam para nada.
Muitas vezes, Agatha saia sem Rio, enganava algumas bruxas por perto e esperava que a trilha de sangue trouxesse a amada, e como sempre funcionava.
Agatha também havia aprendido a controlar seus poderes, e os duelos se tornaram cada vez menos necessários, elas estavam a anos juntas, e agora elas voltavam para cada vez menos, suas aventuras e buscas por poder a levaram para toda a América do Norte e Europa indo e voltando várias vezes.
A magia do Chalé o deixava intocável, era so delas para quando elas queriam voltar. E elas sempre voltavam.
Rio ouvia o chamado de Agatha, era algo completamente diferente, seu coração negro batia forte quando Agatha lhe chamava, com tantos anos juntas, ela aprendeu a diferença, havia o chamado de saudade, de raiva, de querer algo da Rio e chamado de tesão e amor, esse era o que fazia Rio se derreter a impedia de fazer seu próprio trabalho, ela se telestranportava sem sequer sentir que estava indo, Agatha a puxava de novo e de novo quantas vezes quisesse.

Uma noite de lua cheia, Agatha estava no pequeno quintal delas, observando as flores brilharem com o toque de sua magia. Ela estava feliz.

— Surpresa my lady. — Rio apareceu por trás a abraçando.

— É lua cheia.

— Sim, eu vi. Quer fazer algo especial?

— Na verdade eu quero. — Agatha sorriu travessa. — Casa comigo?

— Que padre daria benção ou que bruxa faria o ritual para nós?

— Você é a Morte e eu sou a bruxa mais poderosa da América, só precisamos de nós mesmas para um handfasting.

Rio riu, ninguém ia tirar aquela ideia da cabeça da Agatha.

— Tem certeza que quer se casar comigo? — Entrelaçou em seus braços. — Não há chances de um divórcio meu bem.

— Ótimo. Eu não iria querer isso. — Rio beijou a Agatha após a declaração da amada.

A noite estava de fato perfeita para o ritual. A lua cheia reinava no céu sem nuvens, iluminando o quintal do chalé com um brilho prateado. Agatha e Rio haviam preparado cada detalhe com carinho, criando um ambiente que refletia a essência do amor e da magia que as unia. Elas queriam que tudo fosse natural e profundamente simbólico, como a própria conexão entre elas.

No centro do círculo mágico, formado por pedras de ametista e obsidiana, um altar simples estava decorado com flores brilhantes, colhidas e encantadas por Rio para pulsarem em luzes suaves, como estrelas minúsculas que respiravam ao redor. Ervas de proteção e harmonia — lavanda, alecrim e sálvia — ardiam em incensários, liberando um aroma místico que enchia o ar de um calor acolhedor.

Agatha vestia uma túnica de linho roxo com bordados prateados nas mangas e no capuz, representando o cosmos, como se trouxesse o universo em seus ombros. Em seus cabelos, ela colocara uma coroa de flores encantadas, misturando alecrim, papoulas e pequenas violetas. Já Rio, em contraste, usava uma túnica preta de tecido grosso e fluido, bordada com detalhes em verde profundo, como um rio noturno. Uma trança adornada com pequenas folhas e pétalas caía sobre seu ombro, destacando sua conexão com a natureza e a eternidade.

Elas se entreolharam em silêncio antes de iniciarem o ritual, sentindo a magia vibrar no ar. Agatha segurou o fio de seda que usariam para unir suas mãos. O fio era uma peça única, feita com fios azuis trançados com pequenos talismãs de prata presos ao longo dele, representando a proteção e a força do compromisso. Ela tomou um breve momento para fechá-lo nos pulsos de ambas, e quando o fez, o feitiço de proteção que colocara começou a brilhar suavemente.