MODO AVIÃO - VOL. 01

capítulo 2

Meu coração do nada começou a acelerar e meus olhos piscavam lentamente ao ver a figura do homem em minha frente de terno. Os olhos, o rosto, ele por completo! me deixou em extase por 10 segundos, só bastou 10 segundos.

d-desculpa..- (eu acabei de gaguejar? Hammm?)

Sem problemas, só tome mais cuidado na próxima. - sorri e me olha como se estivesse tentando decifrar o que estou pensando.

Não foi proposital, de verdade, mas obrigada tomarei sim - saio imediatamente, se a festa fosse iluminada, sinto que ele notaria minhas bochechas rosadas..

o que merda está acontecendo comigo?! REAGE AMBARRRR...

Respiro fundo e vou em direção ao auditório que por minha surpresa, não fica distante da parte de alimentos e doces da festa em si.

Senhoras e senhores, obrigado por estarem presentes mais uma vez nessa conferencia. - diz o presidente que por sinal soa falsamente gentil como sempre

- Hoje nesta manhã conseguimos fechar uma parceria com uma empresa em Portugal, elevamos o sobrenome Torres afim de crescer  e prosperar a nossa empresa. e não poderíamos deixar de agradecer ao nosso so´cio que está presente
nessa  noite. Peço que suba ao palco: OTÁVIO NAVAES responsável pela AERO NAVAES e empresário fortemente qualificado além de piloto - o presidente passa a deixa para o homem que subia os degraus com segurança de si.

Obrigado Presidente, é uma honra estar aqui e auxiliar a familia Torres em seu progresso; nós da AERO NAVAES, no caso, eu como representante da empresa, fico lisonjeado e de certo modo feliz pela parceria. - o mesmo diz olhando para meu pai e o comprimenta com o aperto de mão que logo em seguida todos os aplaudem em um só som.

Otávio Navaes...- digo lentamente - esse ano parece que será divertido.

Sinto estar sendo observada de uma certa distância e quando olho para cima vejo ele me encarando e ao mesmo tempo comprimentando outros advogados, o que novamente me faz ficar nervosa e saio para fora da festa. De verdade, não preciso nem dizer uma palavra para este homem que acabei de conhecer para saber que ele pode tentar e acabar conseguindo o que bem quer comigo.

Ambar não é - me viro para trás e vejo a mesma figura que por segundos atras creio que estava lotado de gente ao seu redor.

Sim e você se chama otavio pelo visto - digo

Decorou meu nome - ele sorri

Impossivel não ouvir, microfone altissimo - faço sinais com a mao perto da orelha e o mesmo ri da encenação

Ta com carona? Se quiser posso te levar - ele diz

Não to afim de acordar e ver a cama vazia. Sou emocionada - coloco a mão no peito debochando

Não citei que queria transar com você, Âmbar - ele se aproxima - não sou esse tipo de homem que está pensando. - ele pisca pra mim e sinto minha espinha arrepiar.

Ótimo então! Uma preocupação a menos haha - sorrio relaxada - então o que pretendia com a carona?

Te convidar para beber ao menos e depois te levava para sua casa como qualquer homem decente faria - ele fala dando de ombros. - a mocinha tem 18 ao menos?

19 na verdade mas chegou perto - digo

Ótimo então vai ser divertido beber com voce  , ambar. - ele diz convicto

Parece que o senhor empresário de alta patente está mostrando as asas - retraio

Fico lisonjeado que para você eu pareço um anjo - ele diz retraindo a piadinha

Aliás quantos anos você tem? - mudo de assunto rapidamente

Você acha que eu tenho que idade? - diz ele esperando

Chuto para 30 - digo apontado

Seu pai que tem 30 - fala ele se encostando no muro

Rapaz se ele tivesse 30 certeza seria um galã - rio ironizando - mas sem brincadeira quantos anos você tem?

Eu tenho 27, âmbar - diz ele convicto que estava arrasando falando a idade dele

Sério não parece que tens 27! - rio da reação dele que tinha feito uma careta imitando oque eu disse, céus! Que cara louquinho, acabei de conhece-lo e já estou trocando risadas com um estranho que acho que não está sendo mais estranho.

Você é uma figura engraçada, âmbar. - ele sorri e oferece o ombro para que eu possa segurar - vamos ? Aponta pra um Mustang preto estacionado junto de carros variados ali perto.

Vamos - retribuo passando minha mão por dentro do ombro, o segurando formalmente.

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Continua.