II. Troca de olhares.

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  Liam Durant, o garoto entrou na sala de aula junto de mais três colegas.

  -Bom dia, alunos do primeiro ano de moda, como estão? - Ele já começa falando, confiante em si mesmo. Eu nunca teria essa coragem de falar na frente de todos esses alunos.

  O resto da turma respondeu; todos estavam ansiosos, afinal, não é todo dia que os representantes de várias faculdades vêm dar avisos nas outras.

  -Já passamos um bom tempo de férias, e como estamos na semana de volta às aulas, viemos desejar bons estudos. Continuem com foco, e vamos continuar honrando a nossa universidade! - Liam sorri para todos de forma graciosa e gentil.

  -Durant cumprimentou vocês, porém nosso objetivo é outro. Nas próximas duas semanas, teremos nossas feiras tecnológicas e científicas. Quem quiser participar com projetos, por favor, dirija-se ao pátio durante o horário de entrada ou saída para entregar sua inscrição! - A garota ao lado do Liam também sorri. - E a notícia que todos gostam: participando deste projeto, vocês terão menos lições de casa e provas para realizar. - Ela ri junto com toda a sala.

  A forma de persuasão dela é incrível; não me surpreende ser amiga de Durant. Os alunos de Direito são mestres nesse tipo de coisa. Me pergunto se Liam tem esse mesmo hábito; alguma vez ele me manipularia e me persuadiria? Se isso acontecesse, eu ficaria tão grato...

  Perdi-me nos meus pensamentos sujos e só voltei à realidade com a porta batendo. Eles haviam ido embora; não pude aproveitar a presença do meu dócil garoto.

  Passaram-se algumas horas de aula, e o sinal alertando o horário de saída tocou. Todos já estavam se levantando e agradecendo por se livrarem dos estudos por hoje. Ouvi a garota atrás de mim falando sobre se inscrever na feira escolar logo após sair da sala. Obviamente prestei atenção e descobri que Durant estará lá. Não demorou muito até eu estar no pátio da escola, me inscrevendo para o evento. Não tinha nenhum croqui, protótipo ou algo do tipo para apresentar, mas a força de vontade e o amor me fariam pensar em algo no meio do caminho.

  Logo após sair da escola, eu sempre caminho para casa escutando música depois das aulas. Decidi escutar blues e jazz, estilos de música que me fazem dançar lentamente e fantasiar meu próprio mundo. É belo e sublime aos meus ouvidos.

  Obviamente, esse mundo falso iria acabar no momento em que eu pisasse em casa. Cheguei e logo comecei a escutar os ruídos de briga através dos fones de ouvido. Apenas sigo em direção ao meu quarto e me tranco.

  Com Radiohead nos fones, sento-me à minha mesa, abro o notebook e já procuro as redes sociais de Liam. Passo diariamente 30 minutos observando as fotos dele, admirando sua beleza, que ninguém nunca admiraria da mesma forma.

  Porém, a vida não é um mar de rosas, sua postagem mais recente era de um buquê de flores, especificadamente rosas, o que me deixou no ápice de agonia.

  Deixei meu notebook e lado e deitei-me sobre a cama, a imagem do buquê não saia da minha cabeça e cada vez que eu tentava pensar positivo, uma onda de negatividade e ciúmes me consumia.

  Ninguém nunca vai ama-lo da forma que eu amo, da forma que eu o admiro, que eu o respeito, ele é tudo, e eu tenho que ser o tudo da vida dele.

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A Little Death by The NeighbourhoodWhere stories live. Discover now