Herdeira proibida - Livro 1

-021- Onde estou?

4 dias atrás

Eu estava quase chegando no meu apartamento, não estava com meu celular, então resolvi ir lá e não pro apartamento do Max, quando fui abordada por trás e apaguei.

Eu fiquei muito ruim, senti muito sacolejo e náusea, não conseguia reconhecer nenhum cheiro, na verdade nem sentia cheiro, mas ouvia muito bem.

— Oi acordou? O que foi? Não tá meio ruim né, é a prata! Tá te fazendo perder os sentidos. - não reconheci a voz. - Não se preocupe estamos chegando.
Novamente eu apaguei.

•••

3 dias atrás

Acordei! Não sei quanto tempo se passou, estava com dor de cabeça, meus sentidos não estavam tão bons, era como se eu nunca tivesse encontrado minha loba, não conseguia senti-la, estava tonta, enjoada.

Ainda estava vestindo as roupas do Max e usando um bracelete que não consegui tirar, com certeza era a prata que a voz tinha falado.

Eu estava deitada em uma cama king, em um quarto enorme sem janelas com apenas 2 portas, papel de parede com um floral antigo, uma mesinha com dois lugares, escrivaninha, sofá e uma penteadeira grande que eu reconheci imediatamente, era da minha mãe, onde eu estou?

Me levantei rápido, tentei reconhece aquele local, eu sabia onde eu estava, mas era como se não fosse o mesmo lugar. Resolvi vasculhar.

Uma das portas estava trancada, a outra porta abriu com facilidade, era um closet grande, com várias roupas, sapatos e acessórios femininos, nos fundos do closet um banheiro, que assim como o restante também era grande, com uma banheira e um espaço com box e chuveiro, uma pia de mármore branco com vários produtos novos de beleza, shampoos, creme hidratantes e skin care, eu conhecia aquele lugar mais estava muito diferente.

Ouvi um barulho vindo do quarto e uma voz me chamou.
— Olívia? Cadê você? Precisamos conversar!
Não podia ser, era Abraão!

Um frio percorreu o meu corpo, meu coração disparou eu estava com medo, o que ele iria fazer comigo?

— Vamos venha até aqui, eu não tenho muito tempo.

Eu apareci aos poucos, com medo e vergonha.
— Oi! - falei tão baixo que quase nem eu me ouvi.
— Ahh! Aí está você, venha aqui se sente comigo.- ele estava com um leve sorriso no rosto, nunca o vi rir para mim.
— O que você vai fazer comigo? - perguntei desconfiada.
— Não tenha medo, eu só vou falar a verdade para você, nada demais! Prometo que não vou te machucar! Não fisicamente, mas não sei como vai ficar sua cabeça.

Andei até ele e me sentei, o medo foi embora deixando no lugar uma grande curiosidade do que ele poderia me falar, que verdade é essa?

— Primeiramente, estamos em casa, esse era o quarto do papai, MEU pai, fiz umas mudanças nada demais - ele falou mostrando o quarto com as mãos
— Nada demais? Cadê as janelas e que papel de parede é esse? E aquelas roupas?
— Você viu as roupas? Gostou? São suas! Esse quarto agora é seu e você vai passar um tempo aqui.
— Esse é meu castigo? Ficar trancafiada só porque eu fugi de você? - me levantei da cadeira e fui passar a mão onde antes tinha uma janela.
— Não adianta eu mandei tirar a janela, as paredes estão contra sons e a única saída é aquela porta e só eu tenho a chave. - falou se gabando como se fosse um grande feito.
— Por que?
— Você nunca se perguntou porque eu sempre demonstrei tanto ódio por você e sua mãe?
— Eu sei que ela não era sua mãe mas eu não sei qual a motivação pra me odiar, sei lá, inveja por eu ter mãe e você não?!
— Hahahaha - risada debochada - não é isso, ou melhor metade disso está certo, eu não conheci minha mãe e a sua sempre quis ser a minha mãe e eu nunca ia deixar, ela não era minha mãe, mas você também não é minha irmã.
— O QUÊ? - o meu espanto foi tanto que falei mais alto do que deveria.
— Eu tinha quase 3 anos mas me lembro quando sua mãe chegou, tinha você no colo, meu pai a tomou como esposa, pois um beta não pode ficar sem uma esposa, ele tem muitas responsabilidades e não poderia se entregar ao luto de parceiro, resumindo VOCÊ NÃO É NADA PRA MIM!
— Me explica isso direito, essa história tá mal contada!
— Foi o que eu falei, eu sempre tive essa memória mas nunca tive a confirmação, mas agora encontrei você e a confirmação de que você não é minha irmã.