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Acordei com a luz do dia me cegando, algo me apertando e quase sendo sufocado tentei me levantar mas não conseguia, comecei a me lembrar da noite anterior e um sorriso tomou conta de meu rosto. Estar ali agora que me lembrava completamente do que fizemos tomou um novo significado, uma parte de mim queria continuar e a outra queria levantar correndo e fazer um xixi urgentemente.

Tentei empurrar ele para o lado, de leve, pra conseguir sair sem acordar ele, sem sucesso.

– Não, vamo ficar mais um pouquinho.

– Não dá pequetito, preciso mesmo levantar, a natureza me chama.

Ele levantou correndo com cara de nojo.

– Meu deus, já vai fazer isso na minha frente? e num lugar publico onde as pessoas passeiam? que nojo.

– É só um xixizinho, meu bem, você também deve estar com vontade, vem, a gente faz na agua, ninguém vai nem perceber.

Kelvin hesitou um pouco mas realmente sua bexiga tava pra explodir a qualquer minuto. Me seguiu até a beira da rocha, ficou com vergonha quando olhei pra ele.

– Tá com vergonha agora? depois de ontem? – vi ele ficar vermelho igual um tomate – que bonitinho, é tímido quando não tá com um p-

– Ai cala boca

Segurei seu braço a caminho de me dar um tapa no ombro e o puxei pra mim. Estávamos perto demais, vi a boquinha dele machucada  no canto, mais tarde pediria desculpas por isso agora só queria mais uma dose daquilo tudo que foi a noite de ontem.

O beijei como se não houvesse nada a nossa volta, como se ele fosse meu, como se fossemos feitos um para o outro.

Quando apertei sua bunda ele reclamou de dor e ao dar uma olhadinha era fácil perceber que aquela mão marcada ali era a minha. Mais uma coisa pra pedir desculpas mais tarde.

— A gente precisa ir embora, Rams, a gente precisa trabalhar, eu preciso...

— Pedi pro Edo que suas folgas fossem nos mesmos dias que as minhas, então...hoje nenhum de nós trabalha — disse em seu ouvido enquanto ele se derretia em meu toque, era perceptível o quanto ele queria também.

— E se aparece alguém?

E apareceu, um grupo de turistas que não nos viram mas provavelmente me ouviram enquanto gozava.

— Agora como a gente sai daqui? — perguntou rindo — óbvio que vão saber o que a gente fez aqui.

Estávamos numa parte mais baixa da rocha, quem estava em cima não conseguiria nos ver, a não ser que chegassem na borda.

— Serio Ramiro, como a gente vai sair daqui, com esse povo aí em cima, meu deus que vergonha — reclamou — porque tu num goza em silencio?

— Ninguém, nunca me reprimiu até hoje, você é o primeiro — fingi estar ofendido.

Ele me olhou com aqueles olhos enormes, arrependidos e correu pra me abraçar.

— Não to te reprimindo — fez um bico me olhando — você pode gemer alto, a vontade.

Soltei uma gargalhada, ele é bem fofo, ali soube o quanto eu estava ferrado mas nunca faria nada pra evitar.

— A gente pode esperar aqui, vamo tirar foto, podemos fazer um carrossel inteiro só de fotos nossas aqui.

— Mudando de assunto...conseguiu falar seu ex?

Ele me contou de um barraco que tiveram em pleno facebook, confesso que me preocupei, se esse cara ainda tivesse aqui...

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