Liv observou Luffy se afastar correndo pelo convés, seu riso ecoando no ar, como se nada estivesse errado no mundo. Mas para ela, algo estava. Seus sentimentos por ele, cada vez mais intensos, estavam começando a machucá-la. Ele não entendia, e talvez nunca entendesse. Mesmo assim, ela o amava por sua ignorância, mas isso não tornava a situação menos dolorosa.
Ela suspirou profundamente, lutando contra as lágrimas que ameaçavam escapar. Não podia mais fingir que tudo estava bem. Precisava de alguém para conversar, alguém que talvez entendesse o que ela estava passando. Então, sem pensar duas vezes, foi procurar Nami.
Nami estava sentada em sua cabine, organizando seus mapas, como sempre fazia. Quando Liv entrou, Nami levantou o olhar e logo percebeu que algo estava errado. O rosto de Liv estava abatido, os olhos brilhando de tristeza.
- Liv? O que aconteceu? - Perguntou Nami, fechando o mapa e se levantando.
- Você parece mal... -
Liv sentiu as lágrimas finalmente escorrerem e se aproximou da mesa de Nami, sentando-se com um suspiro pesado.
- Eu... eu não sei o que fazer, Nami. Eu gosto do Luffy, gosto muito dele, mas... ele simplesmente não percebe. Ele age como se tudo fosse uma brincadeira. -
Nami franziu o cenho, já começando a entender o que estava acontecendo.
- Para você vir até mim, realmente deve estar te afetando. Luffy... aquele idiota. - Ela cruzou os braços, irritada.
- Ele é tão desligado que não percebe nem quando está machucando alguém. -
Liv enxugou os olhos, sentindo-se um pouco aliviada por poder desabafar.
- Eu sei que ele não faz por mal. Ele é tão... Bom, esse é o jeito dele. Mas... às vezes, eu só queria que ele visse o que eu sinto por ele. Só queria que ele entendesse. -
Nami bufou, claramente frustrada.
- Eu juro, Luffy pode ser um ótimo capitão, mas quando se trata de sentimentos, ele é cego como uma pedra! - Ela se aproximou de Liv e colocou a mão no ombro dela, tentando consolá-la.
- Liv, ele não faz isso de propósito. Ele simplesmente não entende essas coisas... é como se o cérebro dele fosse programado apenas para comer, lutar e brincar. -
Liv riu de leve, mas ainda havia dor em sua voz.
- Eu sei, Nami. Dói saber que, não importa o que eu faça, ele não vai perceber o que eu sinto. Eu... eu só queria que ele me visse de verdade ou pelo menos me ouvisse. -
Nami suspirou profundamente, balançando a cabeça.
- Eu entendo o que você está sentindo. Já tentei fazer o Luffy entender certas coisas, e ele simplesmente não capta. Mas, Liv, você tem que lembrar que Luffy é Luffy. Ele se preocupa com você, mesmo que não do jeito que você quer. -
Liv assentiu lentamente, ainda secando os olhos.
- Mas e se ele nunca perceber, Nami? E se ele nunca entender que eu o amo? -
Nami apertou os lábios, visivelmente irritada com a situação.
- Se ele continuar sendo um idiota e não perceber... então talvez seja hora de você fazer ele entender. Seja direta, faça ele encarar isso de frente. Ele pode ser inocente, mas não é impossível de ensinar uma lição. - Nami fez uma pausa e olhou para Liv com um sorriso leve.
- Ou, eu mesma posso bater um pouco de juízo na cabeça dele. Talvez isso funcione melhor. -
Liv soltou uma risada fraca.
- Eu não sei se quero que você faça isso, mas obrigada, Nami. Só de poder falar sobre isso já me sinto um pouco melhor. -
Nami sorriu de volta, mais calma agora.
- Eu estou aqui pra você, Liv. E se Luffy continuar sendo um idiota... bem, ele vai ter que lidar comigo. -
- E saiba que você pode contar conosco. Eu e a tripulação amamos você, mesmo que você não perceba e seus sinta afastada todos estamos aqui. -
- Obrigada Nami.-
Liv se sentiu um pouco mais leve, mas sabia que a jornada com seus sentimentos por Luffy ainda seria longa. Afinal, amar alguém como ele, com toda sua inocência e liberdade, era ao mesmo tempo encantador e doloroso.
Eu amo a Nami, muitos não gostam dela por ela ser mandona, etc. Mas eu acho ela uma personagem muito legal e bem feita. No caso ela põe ordem numa tripulação tão única.
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Rubber Boy
FanfictionAquilo me pegou de surpresa. - Eu? No seu navio? - Luffy assentiu, ainda com aquele sorriso brilhante. - Sim! Você pode fazer de tudo! E eu prometo que vai ser divertido. - Meu coração batia rápido. A ideia de sair da vila, de viajar pelo mundo com...