Lalisa Manoban Pov.
Voltei para onde as meninas estavam, cumprimentei-as rapidamente e avisei que iria para o quarto, depois corri para esperar Jennie. Se eu estou nervosa? Sim, e muito. Não é apenas pelo fato de que com certeza nós faremos sexo outra vez, é mais pelo fato de que eu nunca me declarei para ninguém. Será minha primeira vez fazendo isso, eu estou me contorcendo de nervosismo por dentro.
Decidi tomar um banho para ver se conseguia relaxar e até para criar alguns possíveis diálogos na cabeça, eu sei que nunca é da forma que a gente imagina, mas é um começo... certo?
Me despi e entrei embaixo da água gelada. Apoiei minhas mãos na parede e soltei um suspiro enquanto mantinha os olhos fechados, pensando em todas as formas de me declarar pra ela.
— Hmmm, me esperando?
Ouvi aquela voz suave ressoar no banheiro e a porta do box ser aberta, olhei para ela e sorri quando vi que ela estava completamente despida.
— Veio rápido.
Falei e ela sorriu. Olhei seu corpo de cima a baixo e reprimi o gemido que quis escapulir de minha boca ao vê-la completamente nua. Eu jamais me acostumaria a vê-la daquela forma, antes eu nunca reparava pois não tinha maldade com ela, porém agora eu reparo e me arrependo por não ter feito isso antes.
— Eu já disse o quanto eu amo a tua tatuagem?
Ela disse com os olhos vidrados sobre o meu beija-flor, aproximou-se de mim e em seguida alisou aquela região.
— Já, mas eu gosto de ouvir.
Suspirei quando ela deslizou a ponta de seu dedo sobre meu ventre, descendo-o em direção ao meu sexo, que a essa altura já pulsava.
— Gostosa.
Colou nossos corpos e sussurrou de forma bem erótica, fazendo-me arfar. Mordi o lábio inferior com força e revirei os olhos quando dois de seus dedos pressionaram com certa força meu clitóris. Joguei minha cabeça para trás e apertei seus ombros quando ela movimentou com mais rapidez seus dedos.
— A conversa fica para depois, meu amor.
Aquele meu amor rouco me fez ficar com as pernas bambas, eu quase no chão. Desci minha mão de encontro a sua intimidade também, porém antes que eu pudesse toca-la, o maldito celular dela tocou.
— Merda!
Ela resmungou com raiva e eu bufei frustrada. Tinha que ser justo agora?
— Atende, pode ser importante.
Disse e ela assentiu. Tirou seus dedos da minha intimidade, deu um sorriso cafajeste antes de levar seus dedos que antes estavam em meu sexo até sua boca, onde ela os sugou com vontade, me fazendo arfar ao ver aquela cena.
Ela saiu de dentro do box de forma mais rebolativa que o normal, ela estava me provocando. Eu mordi o lábio enquanto a olhava se secar, de um jeito quase erótico. Ela queria me seduzir, ela queria me enlouquecer.
E estava conseguindo.
Jennie sabe ser sensual como ninguém quando quer.
Ela atendeu o celular e afastou-se um pouco para perto da porta, desliguei o chuveiro e saí do box enquanto olhava ela conversar com a tal pessoa que ligou.
— Vou ter que ir no quarto do Tae.
Ela avisou frustrada enquanto vestia a roupa, eu revirei os olhos. Garoto grudento dos infernos.
— Não faz nada com ele amor... por favor.
Pedi quase em uma súplica, Jennie franziu o cenho e me olhou surpresa pelo pedido, ela parecia meio... atordoada?
— Não vou... — Ela me garantiu antes de vir até mim e me dar beijo suave. — Eu já volto pra você.
Ela prometeu sorrindo e se virou para sair dali.
— Mandu... — Chamei e ela me olhou por cima do ombro. — Eu... quero você.
Confessei com todo o meu coração rezando para que ela entendesse o que eu quis dizer. Ela demorou uns segundos pra assimilar o que eu tinha dito e assim que o fez, ela sorriu e voltou para me beijar outra vez. Agora um beijo mais calmo e apaixonado, que me deixou com vontade de mais.
— Eu não demoro, prometo.
Falou com um lindo sorriso no rosto que eu conhecia bem... ela estava feliz, ela entendeu o que eu disse.
Jennie saiu do quarto e eu soltei um longo suspiro.
Finalmente eu estou no caminho certo...
Jennie Kim Pov.
Oh meu Deus... ela realmente falou que me quer da forma que eu estou pensando?
O jeito que ela me olhou, a forma como pediu para eu não fazer nada com ele... será que ela está, apaixonada por mim também?
Talvez nem tanto, porém já é um começo, não é? Isso é tudo que eu precisava ouvir para me entregar a ela de vez, deixar esse sentimento arrebatador que eu sinto por ela me consumir por inteira.
Eu quero ela também.
— Tae...
Bati três vezes na porta de seu quarto e pude ouvir ele falar lá de dentro um entra.
— Amor, vem cá.
Ele pediu abrindo os braços e eu subi em cima da cama, arrastando-me sobre o colchão até estar quase em seu colo e me aconcheguei nele.
— Aconteceu alguma coisa?
Perguntei preocupada e levantei o rosto para olhar em seu rosto, ele estava corado.
— Senti... saudade.
Admitiu num fio de voz e eu sorri. Ele segurou em meu queixo e puxou-me para um beijo, eu deixei me envolver, mas sem deixar ir muito além disso, eu cumpriria o que disse a Lalisa.
Incrível que eu não senti mais aquelas coisas que eu sentia com ele antes, somente o beijo da Lalisa me fazia suspirar mil vezes agora. Porém eu terei que ter certeza de que ela vale mesmo apena para enfim largar ele...
Eu não posso trocar o certo pelo duvidoso.
Fiquei conversando com ele um tempo, fiquei contando histórias e em alguns minutos ele dormiu. Dei um beijo suave em sua testa antes de me soltar de seus braços fortes, me levantei da cama e saí do quarto. O sorriso em meu rosto voltou junto com a vontade de ter Lalisa comigo mais uma vez. Será que ela vai dizer que gosta de mim nessa conversa?
Assim que cheguei em sua porta, olhei para os lados só para verificar de que não havia ninguém acordado, não queria correr riscos de trombar com alguém. Assim que confirmei, abri a porta com cuidado, mas me arrependi amargamente de ter feito isso... Tzuyu estava em cima de Lalisa a beijando.
— Quieta, fica quieta.
Lalisa parecia um pouco impaciente enquanto Tzuyu falava coisas desconexas um tanto alto. Engoli a vontade de chorar e dei um passo para trás, queria sair dali logo. Assim que dei um passo para trás, esbarrei em alguma coisa que fez um barulho alto. Meu olhar cruzou com o de Lalisa, pude ver medo em seus olhos.
— Jennie, espera.
Ela me chamou depois que eu saí correndo de seu quarto, já sentindo as lágrimas desceram furiosamente. Como ela pôde fazer isso comigo? Como ela teve coragem de me fazer acreditar que ela sentia algo por mim para depois ficar se agarrando com outra?
Entrei em meu quarto e tranquei a porta, por precaução. Me joguei na cama e me permiti chorar com mais força ainda.
Meu peito doía de uma forma que nunca tinha doído antes, tudo que eu mais queria no momento era não sentir por ela o que eu estou sentindo. Eu a amo, amo muito, ela é tudo para mim. Mas e pra ela? O que eu sou? Um brinquedo?
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A melhor amiga da noiva- Jenlisa
RomanceSinopse: Para Lalisa Manoban, a vida é boa: ela é sexy, bem sucedida, tem muita sorte com as mulheres e sabe que sempre pode contar com Jennie, sua encantadora melhor amiga, e única presença constante em sua vida. É a combinação perfeita, até que Je...