Um mundo movido a vapor

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**Por causa de complicações, imagens serão adicionadas posteriormente, por favor comentem oque eu posso melhorar nas minhas historias**

Durante a noite, Edward tem um sonho estranho. Ele vê uma flor de acônito (wolf's bane) em uma floresta escura e sombria; de repente, a flor é destruída por um tiro de espingarda que parece ter vindo de um vulto. Nos restos esmagados da flor, uma serpente rasteja e fixa os olhos em Edward, que acorda no mesmo instante ao som do sino tocando do lado de fora de seu quarto, alertando-o de que é hora de despertar. Ainda cansado, ele decide levantar-se e trocar para suas roupas mais casuais. Depois de vestir as calças, abotoar a camisa e ajeitar o suspensório, vai ao banheiro passar uma pomada na cicatriz de queimadura em seu rosto. Ele detesta olhar para essa marca, mas mesmo assim aplica a pomada. Após escovar os dentes, ele sai do quarto e segue pelos corredores, até que esbarra em outro caçador.

Esse caçador é um rapaz loiro, de olhos castanhos e roupas finas, com um ar característico de superioridade. Ele lança um olhar de desdém para Edward e diz:

— Olhe por onde anda. Não vê que pessoas como eu têm mais o que fazer? Você quase sujou minha camisa.

Claramente irritado, Edward responde em tom irônico, mas sem hostilidade.

— Desculpa aí, James. Eu não sabia que esse corredor era seu.

Os dois se encaram, mas logo o vigia se coloca entre eles, interrompendo a tensão.

— Tudo bem, vocês dois. Estamos todos do mesmo lado, sem brigas. Sigam seus caminhos.

O vigia se posiciona entre eles, e ambos seguem em frente, ainda trocando olhares desafiadores. Edward tenta controlar a irritação com os comentários provocativos de James, que continuam até que, finalmente, eles se separam. Mas essa irritação distrai Edward, e, ao chegar ao térreo, ele tropeça no último degrau da escada. Por sorte, não cai, mas Mark, que o aguardava do lado de fora, vê a cena pela janela e segura o riso.

— Tudo bem aí? — pergunta Mark, com um sorriso contido.

— Estou bem, só não é engraçado porque não foi você no meu lugar — responde Edward, fingindo não se importar.

Mark então para de rir e diz:

— Certo, vou deixar essa passar. Vamos pegar algo para comer; estou morrendo de fome.

Eles começam a caminhar juntos, e Edward aproveita para desabafar sobre James.

— Você não imagina o quanto o James é irritante. É um caçador mimado, apesar de forte. Na hora da luta, é um covarde e ainda rouba os créditos das caçadas dos outros.

Edward comenta com Mark, lembrando-se das vezes em que James levou o crédito pelas suas caçadas. Mark responde:

— Consigo te entender; deve ser muito irritante, mas o mundo sempre tem um jeito de lidar com pessoas mimadas.

Enquanto conversam, eles param em uma pequena confeitaria e sentam-se em uma das mesas. Edward come uma quantidade normal de comida, enquanto Mark devora o equivalente a três homens adultos. Intrigado, o garoto da cicatriz pergunta para Mark, o garoto dos olhos de ametista:

— Mark, por que você está comendo tanto assim? Não é à toa que vive sem dinheiro.

Com a boca ainda cheia de bolo, Mark responde:

— É que eu tenho muita fome. Se eu não comer tudo isso, passo fome depois.

Edward, desconfortável com os modos do amigo, diz:

— Você sabia que é educado engolir a comida antes de falar?

Mark o olha surpreso, como se fosse a primeira vez que ouvisse isso.

Contos De LobisomemOnde histórias criam vida. Descubra agora