capítulo 1 - O rubi.

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Em uma noite de inverno no ano de 1850, Camille Miller Borjuar, princesa da França, acabara de ser vítima de um assalto. Jake Willer, um emigrante da Itália que se tornou um dos maiores detetives do país, e seu assistente, Murillo Martin Simon, foram chamados para investigar.

Quando Jake e Murillo chegaram ao castelo da princesa, ficaram surpresos ao vê-la em prantos, com os olhos vermelhos e cercada por trabalhadores. Um dos empregados avistou os detetives e rapidamente avisou a senhorita Borjuar. Ela imediatamente parou de chorar e correu para os braços de Jake Willer. Murillo pediu aos que estavam ao redor que saíssem do cômodo, e todos obedeceram.

Jake acalmou Camille e a fez sentar em uma cadeira próxima. Murillo então começou a fazer perguntas sobre o ocorrido.

— Eu estava em minha sala quando, de repente, ouvi um barulho vindo do meu quarto. Pensei que era meu gato correndo, então fui até lá. Mas, ao abrir a porta, não vi o gato. Meu quarto estava em ordem. O barulho ficou mais alto e percebi que vinha do meu closet. Abri a porta e vi um homem roubando minhas joias...

Camille estava prestes a chorar, mas Murillo a interrompeu com uma pergunta.

— Você se lembra do rosto do indivíduo?

— Não gosto de lembrar, mas... ele tinha cabelos e barba loiros, um cavanhaque, e olhos azuis. Não parecia ser francês — respondeu Camille, com as mãos sobre a cabeça.

— Continue descrevendo o ocorrido — disse Jake, enquanto analisava o closet da garota com atenção.

— Quando o vi, comecei a jogar qualquer coisa que encontrava. Não queria que ele levasse minhas joias preciosas, mas ele me ameaçou com uma de minhas bebês afiada. Soltei um grito e saí correndo... Quando voltei, ele já havia desaparecido.

— Já que você já terminou... — começou Jake, mas Murillo o interrompeu.

— Senhorita Borjuar, este é o indivíduo? — Murillo mostrou um caderno com um desenho que ele fizera enquanto Camille descrevia o assaltante.

— Oh! Não pode ser! Não é possível... — Camille exclamou.

Jake pegou o caderno das mãos de Camille e olhou o desenho. Percebeu que ele mesmo estava desenhado. O homem alto soltou o caderno se virando de costas para os mesmos, respirando fundo enquanto jogava sua cabeça para trás. Murillo percebeu que o detetive estava diferente após a noite passada, a barba era uma das coisas que Jake gostava de cuidar. O loiro dizia que era a marca registrada de seu país, e que a barba, lembrava seu falecido pai.

— Jake é o ladrão...? Ele cortou o cabelo e a barba...? — disse Camille com a voz frágil, deixando lágrimas rolarem pelas bochechas rosadas que tinha.

— Como teve a coragem de roubar as joias?! — sua voz carregada de ódio e tristeza ecoava pelo o quarto  — Você é uma vergonha para sua profissão, uma vergonha para o país! — continuou levantando-se da cadeira.

— Bom... — Jake começa a falar sem nenhuma expressão, apenas se direcionando em direção à janela. — Pena que não sou desse país, não é? — ele disse com um leve sorriso.

— Seu desgraçado! Como teve a cara de pau de vir ao meu castelo?! — gritou Camille, chorando.

— Só vim buscar algo que esqueci, vossa majestade — Jake disse mostrando uma joia que havia roubado.

— Não! A joia que papai me deu! — gritou Camille.

— O que leva você a roubar tal joia? — perguntou Murillo, indo em direção a Jake.

— Mais adiante vocês entenderão — Jake apoiou o seu pé na janela, pronto para partir.

— Você não vai fugir! — Murillo correu atrás de Jake, mas o ladrão acaba de ser mais rápido.

UM SEGREDO EM PARIS - (Não Revisado).Onde histórias criam vida. Descubra agora