Capítulo 2 - Ladrão

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Os dias após o desaparecimento de Jake não foram fáceis. Murillo não parava de ler jornais na esperança de alguma pista aparecer diante seus olhos, indo sempre até o moinho procurando algo que seu ex amigo poderia ter esquecido após quebrar a joia na frente de todos. Falando na tal joia, Camille pegou alguns pedaços quebrados e levou até o castelo para os estudar. Oque poderia ter de tão importante além de um belo brilho intenso saindo dele? O que, também, foi estranho. Aquele brilho que poderia cegar alguém era normal sair de uma simples joia? Ou ela não era tão simples assim?

No quinto dia de sumiço do detetive — oque ficou em segredo entre monarquia e justiça. — um homem furioso apareceu na casa de Murillo, batendo forte em sua porta feito um urso faminto.

— Abra a porta! – a pessoa disse com a voz alterada.

— Ei, se acalme! – Murillo se pronunciou, abrindo sua porta, dando de cara com o rapaz em sua frente.

O menino estava sujo e vestindo roupas velhas, ele contia em mãos uma pedra escura, deixando Murillo em guarda. Oque aquele rapaz furioso fazia na porta do detetive segurando uma pedra nas mãos?

— Como terei calma se acabei de ser roubado?! – o menino disse mostrando a pedra para o detetive. – está vendo isso? Foi oque ele me deixou após me roubar!

— Oque ele roubou exatamente?

— Ele roubou o meu cavalo!

Após o loiro dizer isso, Murillo ficou desanimado. Não poderia ser Jake, por que ele roubaria um cavalo? Talvez para fugir? Mas de cavalo? Jake não tem a aparência de alguém que andaria de cavalo. Muito pelo o contrário, Jake tem a aparência de andar em uma bela carruagem de ouro.

Murillo pegou seu casaco e saiu com o homem até o local de onde seu cavalo foi roubado. Durante o caminho, o homem não parava de gritar, deixando Murillo envergonhado, fazendo-o cobrir seu rosto com sua boina. Ele era totalmente desagradável, parecia não ter vergonha de usar as roupas que usava, e não parentava ser pobre por conta de sua mãos. Suas mãos não tinham um calo, e seu cabelo parecia ser bem cuidado, e, ainda por cima, era um rapaz bonito. Eles pararam em um bosque não muito longe da cidade, um bosque cheio de árvores.

— ...então, foi aqui que ele me roubou e me deixou está pedra! – o menino disse jogando-a no chão.

Murillo começou a analisar o local acendendo seu cigarro. Era proibido fumar ali, mas era a única coisa que o ajudava a pensar.

— Como se chama, meu jovem ? — Murillo o olhou colocando seu cigarro na boca.

— Como eu me chamo? Ah... – O rapaz diz levando sua mão até a nuca, coçando o local meio pensativo. – Bom...me chamo Edward. – Após ele dizer seu nome Murillo arregalou seus olhos surpreso.

— Príncipe Edward Cifford Niville Quarto?! – Murillo diz e o príncipe abriu um sorriso, achando graça a reação do detetive.

— Sim, isso mesmo. – O príncipe disse entre risadas. — Por quê a surpresa? E uau...você lembra meu nome todo, nem eu mesmo me lembro dele as vezes!

— Não pude reconhecer vossa majestade por causa da sujeira que domina seu rosto, e também por causa das suas roupas velhas... – Murillo disse apagando o cigarro por respeito ao príncipe.

Príncipe Edward Cifford era noivo da princesa Camille Bonjuar, porém os dois não se suportam. A princesa é uma moça madura e inteligente, com ideias totalmente diferentes do príncipe. Edward é um rapaz aventureiro, que não liga para o seu título de príncipe. O rapaz gosta de se aventurar em outros reinos, conhecer moças diferentes e se divertir.

Camille aceitou o casamento para poder reinar, ela não aceitou por o achar bonito, atraente ou muito menos inteligente. Já Edward está sendo obrigado a se casar, o príncipe sempre veste roupas velhas e suja o seu rosto para não ser reconhecido, e saí com o seu cavalo.

UM SEGREDO EM PARIS - (Não Revisado).Onde histórias criam vida. Descubra agora