Epílogo

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A estrada se estendia como um caminho sem fim à frente de Natasha

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A estrada se estendia como um caminho sem fim à frente de Natasha. O motor do carro roncava, misturando-se ao som da chuva que começava a cair, como se o céu estivesse lamentando as atrocidades que ocorreram em West Forest. Em sua mente, as imagens de Cole se desvanecendo, sua luta feroz contra Gore-66, tudo isso a atormentava. Ela havia escapado, mas o preço pagou era alto demais para suportar.

Enquanto isso, no laboratório, Kevin estava em um frenesi. Ele não conseguia acreditar no que havia acontecido. A criação que ele havia cultivado com tanto cuidado, que ele acreditava ser a chave para a ciência moderna, havia se tornado um pesadelo.

"Maldita seja!" Kevin gritou, socando a mesa com força, derrubando frascos e equipamentos enquanto se movia pelo laboratório. "Como isso pôde acontecer? Eu tinha tudo sob controle!"

Mas no fundo de sua mente, ele sabia que não tinha. Os sussurros de dúvida o perseguiam, e a culpa pelas mortes de Alice e Nathan se acumulava como uma tempestade em seu peito. A raiva era uma chama que queimava, e ele queria um culpado. Ele queria vingança.

Foi então que um arrepio percorreu sua espinha. Um som sutil, mas crescente, ecoou pela sala. Era como se algo estivesse se movendo, algo que não deveria estar ali. Kevin se virou, mas antes que pudesse processar o que estava acontecendo, uma sombra se lançou sobre ele.

Os últimos momentos de vida de Cole estavam prestes a se revelar. Ele surgiu com uma força visceral, sua essência distorcida pela transformação, um monstro alimentado pelo ódio e pela dor. Os olhos de Cole, uma vez cheios de vida, agora eram um abismo profundo de escuridão. Ele não estava ali para perdoar, mas para vingar.

Kevin só teve tempo de abrir a boca em um grito de terror antes que Cole se atirasse sobre ele. As garras afiadas cortaram o ar, e o impacto foi brutal. Kevin foi lançado contra a parede, o som de osso quebrando ecoando pelo laboratório. A dor era insuportável, mas o verdadeiro terror estava prestes a acontecer.

"Você me fez isso!" Cole rugiu, sua voz distorcida e cheia de raiva. Ele era uma sombra do que havia sido, um eco de um amigo que agora estava perdido para sempre no abismo da vingança.

Kevin tentou se levantar, mas Cole já estava sobre ele, desferindo golpes com uma fúria cega. O sangue jorrou, e a cena se transformou em um massacre grotesco. Kevin implorou, gritando por misericórdia, mas não havia compaixão nos olhos de Cole, apenas a fome de vingança.

"Você destruiu nossas vidas!" Cole gritou, enquanto as garras rasgavam a carne de Kevin. Cada golpe era uma declaração de guerra contra o homem que destruiu tudo o que ele amava. Kevin se contorcia sob o peso do ataque, mas as tentativas de resistência eram em vão.

Finalmente, em um último ato de brutalidade, Cole cravou suas garras no coração de Kevin. O homem que havia sido o arquétipo do criador agora se tornava a vítima de sua própria criação. A vida de Kevin se esvaiu, e o laboratório tornou-se um cenário de horror, manchado com o sangue de sua própria arrogância.

Com a morte de Kevin, Cole se desvaneceu nas sombras, sua forma grotesca desaparecendo em um silêncio mortal, assim como sua humanidade havia feito. A vingança estava completa, mas a dor apenas começava.

Enquanto isso, Natasha dirigia para longe da cidade, sua mente ainda presa às lembranças do horror que havia vivido. Mas, à medida que se afastava, algo estranho começou a acontecer. No retrovisor, uma figura se destacou contra a escuridão da floresta. Inicialmente, pensou que fosse apenas uma ilusão, mas logo se tornou claro que não estava sozinha.

Uma multidão grotesca surgia, caminhando em direção a ela. Eram os rostos familiares de seus amigos, Alice e Nathan, e outros moradores da cidade que ela não conhecia. Mas não eram mais eles. Seus olhos estavam vazios, suas expressões distorcidas em uma mistura de dor e raiva. Pareciam possuídos, movendo-se como marionetes sem cordas, buscando algo que não podiam ter.

Natasha acelerou, seu coração disparando. "Não, não, não!" ela murmurou, enquanto a multidão se aproximava, como um exército de sombras. As risadas e sussurros que costumavam ser amigos agora eram ecos de um passado que ela desejava esquecer. O horror estava de volta, e não havia como escapar.

Ela virou o volante, desviando para uma estrada secundária, mas a visão dos rostos conhecidos a assombrava. Cada vez que olhava pelo retrovisor, mais figuras surgiam, como se a cidade estivesse se levantando contra ela. O que havia acontecido em West Forest era uma maldição, e ela era a única a carregar o fardo.

Após horas de fuga, a escuridão finalmente cedeu lugar ao amanhecer. O sol se levantava, mas a luz não trazia conforto, apenas a lembrança do horror. Natasha parou em um posto de gasolina, o coração ainda acelerado, mas a sensação de segurança estava longe. O que havia acontecido em West Forest não era um pesadelo que poderia ser esquecido. Era uma realidade cravada em sua mente.

Enquanto isso, uma equipe do governo, vestindo uniformes com a sigla "R.A.I.N", se aproximava da mansão. Eles vasculhavam o local com precisão clínica, isolando a área e coletando evidências. Mas havia algo mais em jogo. Os superiores da equipe sabiam que havia algo mais profundo, algo que não deveria ser revelado.

"Precisamos isolar a área imediatamente," disse um dos agentes, sua voz firme. "O que aconteceu aqui não é apenas um incidente. Isso é maior do que todos nós."

"E a garota?" outro agente perguntou, observando os arredores. "Ela escapou, mas o que sabemos sobre os sobreviventes?"

"Eles não são mais o que eram," o agente respondeu, olhando para a mansão em ruínas. "E precisamos descobrir se há mais vítimas lá fora. O que quer que tenha acontecido, não acabamos de ver o fim."

Enquanto a equipe se movia em direção à mansão, uma presença sinistra parecia pairar no ar. A escuridão que Natasha havia deixado para trás agora se tornava uma sombra sobre os que permaneciam. E a cidade de West Forest, com suas ruínas e segredos, estava longe de ser esquecida.

Natasha, agora sozinha em um mundo que havia mudado para sempre, sentia o peso da culpa e do desespero. O que quer que tivesse sido criado naquela mansão ainda estava à espreita, e enquanto ela diria que havia escapado, na verdade, o verdadeiro horror apenas começava.

E assim, a história de West Forest se tornava um eco de dor e vingança, um lembrete sombrio de que algumas experiências nunca podem ser apagadas, e que o verdadeiro monstro pode estar mais próximo do que se imagina. Uma nova era de terror estava apenas começando, enquanto o passado se recusava a ser enterrado.

Pursued By Hell: Perseguidos Pelo InfernoOnde histórias criam vida. Descubra agora