Capitulo 01

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Dalila

Já estava começando a ficar frio. O tempo estava mudando, assim como a chuva estava chegando.

Mas não era só isso. Algo maior estava prestes a acontecer. E eu não saberia dizer o que.

O céu começou a mudar seu tom de cor. Ficando mais escuro, com pesadas nuvens negras.

As pessoas começavam a fechar sua barracas de vendas, assim como outras começavam a ir para sua casa.

Paguei ao comerciante e peguei minha sacola com condimentos. Hoje eu queria preparar uma sopa de carne com legumes.

Minha cabana ficava um pouco longe da Vila, então eu teria que me apressar antes de começar a chover.

_Tenha cuidado menina. O dono da barraca falou, quase como se com medo deu ir sozinha pra casa.

_Vou ter e obrigada. Eu disse, já me afastando e desviando das pessoas que passavam apressadas.

Eu não sabia dizer por que todos estavam daquela forma. Eu caminhava e percebia as pessoas cochichando.

Procurei manter minha atenção no meu trajeto, que por sinal ia ser um pouco demorado.

Me assustei quando um relâmpago explodiu no céu, clareando toda a Vila.

Eu morava sozinha em uma pequena cabana no interior da floresta.

Lá foi onde eu nasci e morei com meu pais. Eles tinham morrido por causa de uma doença que pegaram, me deixando sozinha ainda muito nova.

Trilho pela caminho de matos, levantando a luminária para iluminar o caminho pelo qual eu passava.

Arrumo minha capa ao sentir os primeiros pingos de chuva começarem a cair do céu.

Adentro ainda mas a floresta que já está escura. Essa noite tudo estava calmo, os animais estão silenciosos, como se um animal maior estivesse a espreita olhando a floresta.

Toquei uma rosixionte, vendo como o vento soprava suas pétalas pequenas para longe, seu perfume ficando no ar. Um perfume tão maravilhoso, que dava vontade de parar e apenas ficar sentindo o cheiro.

Resolvo cantarolar uma canção que eu adorava, e que fazia com que eu me sente-se mas tranquila e  com menos medo.

Andar por quase toda dia e  principalmente a noite, não me fazia sentir medo. Mas tinha algo que estava diferente, e me deixava apreensiva essa noite. Como se alguma coisa estivesse ali e aos meus olhos eu não podia ver, mas sentia que não deixava de ser observada.

Virei a minha direita e sem querer tropeço em um galho, consigo me firmar para não cair no chão, mas não posso dizer o mesmo da minha sacola, que cai no chão se espatifando toda.

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