Kiss Of Blood

Capitulo 02

Clarice

Quando acordei tomei conhecimento de uma coisa, que eu não estava em minha cabana.

Afasto para o lado o lençol e sento na cama. Noto que estou sem meus sapatos, e os vejo no chão ao meu lado da cama.

Minha cabeça está levemente doendo, mas não é isso que estava me deixando apreensiva... Não. Minha bolsa, assim como a sacola que eu estava carregando ontem está perto da porta.

Mas como? Pensei, totalmente confusa.

Olho envolta do quarto vendo como é bem rústico.  No chão tem um grande tapete felpudo na cor roxo, à minha direita o que eu acho que seja o banheiro, pois tem uma enorme banheira.

Abaixo meus pés no chão sentindo como macio é o tapete. O quarto tinha um cheiro intenso de alguma colônia misturado com pinho e chuva. Tão gostoso, que dava vontade de ficar ali pra sempre.

Eu nunca tinha sentido um cheiro tão bom como aquele. O quarto era simples, mas ainda assim muito bonito. Tudo muito bem arrumado e organizado.

Vou para sair do quarto mas dou um passo atrás quando um homem passa pela porta e entra no quarto.

Ele tem lindos olhos com de mel, rosto quadrado com queixo salpicado com barba. Uma boca com lábios firmes e bem rosados. Seu cabelo tem um corte baixo, completando seu visual de homem mal.

Ele era um verdadeiro monumento de homem, lindo de morrer.

_Que bom que acordou. Ele dá um passo em minha direção e eu dou outro para trás. Medo é a primeira coisa que sinto naquele momento.

Seu rosto se contorce, como se ele estivesse se sentindo mal por eu estar com medo dele.

_Não vou te machucar. Ele diz, levantando as mãos para cima.

Visualizo como seus braços incham quando ele faz aquilo. Seu peito, pescoço, ombro e um lado do braços eram desenhados com tatuagens.

Ele é enorme, muito mas alto que eu. Seus olhos me olham de uma forma, como que eu fosse alguma preciosidade pra ele.

_Quem é você? Pergunto, sentindo um pouco do meu medo indo embora. Mas ainda assim com um pé atrás sobre ele. Eu não sabia quem era ele ou por que eu estava ali na sua cabana. Tudo era muito confuso e estranho.

_Vance. Não me afastei quando ele se aproximou de mim. Por mais estranho que parece-se eu queria tocar nele. Quão louco era aquilo.

_Preparei bolinhos, se você estiver com...

_Estou faminta. Corei ao interromper ele. Foi algo mais forte que eu. Era como se meu corpo e minha mente confiassem nele sem argumentar.

Olhei para sua mão quando ele a levou até minhas costas e me tocou lá. Sentir seu toque foi algo inexplicável. Foi uma sensação boa.