Finalmente saiu, capitulo sem betagem! 



 "Quando as pessoas te admiram, você não pode ser egoísta."

-Arcane





Sobre os céus nublados do reino de Zarakan, um corvo negro rasgou o vento e pousou, suas garras afiadas encontrando descanso em uma das torres do palácio. A ave foi recebida pelo interceptador de mensagens, um homem de olhar atento e mãos habilidosas, que logo identificou o selo do bilhete preso em uma das patas. O símbolo gravado na cera vermelha denunciava a origem: Bukchon. Com um aceno sutil, dispensou a ave e, sem perder tempo, segurou a mensagem com firmeza, sabendo que aquela era uma resposta aguardada com impaciência.

Com passos rápidos e precisos, o mensageiro percorreu os longos corredores do palácio, as botas ecoando pelas pedras frias do chão enquanto evitava cruzar olhares com os guardas e outros servos. Finalmente, chegou diante de uma porta imponente, com mais de dois metros de altura e moldada em ferro negro. Empurrá-la não era tarefa fácil, mas ele usou toda sua força para abrir apenas o suficiente e adentrar o recinto.

O salão privado do rei exalava decadência. No centro, uma cama redonda e suntuosa dominava o espaço, coberta por sedas e peles exóticas. O rei de Zarakan estava ali, cercado por mulheres que pareciam mais prisioneiras do que amantes. Algumas delas jaziam amarradas com coleiras, próximas à janela, os rostos marcados pela resignação e o cansaço. Outras dividiam com ele uma bebida espessa e amarga, enquanto o rei fumava um cachimbo de erva forte, cujo cheiro adocicado, porém enjoativo, preenchia o ar com um odor opressor.

O rei era um homem de físico robusto e olhar sombrio, com cicatrizes que contavam uma história de violência e vício. Ele vivia pelo caos, pelo prazer brutal que encontrava na morte, nas drogas e nas mulheres — uma obsessão que não distinguia idade, raça ou consentimento. Sua reputação de selvageria era conhecida por todos os cantos do continente, mas, para a surpresa de muitos, havia uma única pessoa a quem ele demonstrava alguma afeição: sua filha, a princesa. Ela era o único bem que o rei parecia estimar, guardando por ela um estranho e possessivo orgulho.

Ao ver o mensageiro aproximar-se da borda da cama, o rei arqueou uma sobrancelha e retirou o cachimbo dos lábios com um suspiro pesado, o olhar opaco voltando-se para o homem com uma expectativa mal disfarçada.

— Meu rei, a resposta do reino do norte chegou. — O mensageiro se inclinou, oferecendo-lhe o pequeno bilhete enrolado com precisão. A chama das tochas refletiu nos olhos do rei enquanto ele pegava a mensagem, desfazendo o selo com um leve estalar de dedos.

O sorriso nos lábios do rei se alargou enquanto ele lia cada palavra cuidadosamente redigida. A crueldade em seu rosto se intensificava a cada linha, seu olhar se tornando mais predatório, como o de um animal que sente o cheiro de sangue.

— Busquem Yrsa! — ordenou ele, a voz rouca de satisfação.

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O pátio do palácio vibrava com uma energia contagiante. Sob o céu estrelado, os convidados riam e conversavam animadamente, e o ar estava repleto dos aromas ricos de carnes assadas, caldos e especiarias, oferecidos generosamente pelo rei em comemoração à chegada de Hoseok. Cada detalhe da festividade havia sido pensado para que o príncipe do sul se sentisse acolhido, desde a música suave que preenchia o ambiente até as danças, que encantam todos os presentes. Criados passavam com bandejas cheias de iguarias e taças de vinho, garantindo que ninguém ficasse sem desfrutar dos luxos da ocasião.

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⏰ Última atualização: 18 hours ago ⏰

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