O Festival de Sentimentos | L. Heeseung | Jake Sim

Desvio de Rumo

O sol brilhava intensamente naquele sábado de manhã, e Hikari decidiu que era o dia perfeito para ir ao mercado sozinha. Depois de uma semana cheia de compromissos e estresse, ela precisava de um momento para si mesma. Colocou uma blusa leve e uma saia confortável, pegou sua bolsa e saiu de casa com um sorriso no rosto.

Ao chegar ao mercado, a energia vibrante do lugar a envolveu. As barracas estavam cheias de frutas frescas, legumes coloridos e flores que exalavam um perfume doce. Hikari respirou fundo, sentindo o aroma da comida caseira que vinha das barracas de comida. Era um ambiente acolhedor, onde as pessoas sorriam umas para as outras enquanto faziam suas compras.

Ela começou sua jornada pelo corredor das frutas. As mangas estavam especialmente suculentas naquela manhã, então ela pegou algumas, lembrando-se do smoothie que queria preparar mais tarde. As uvas estavam tão frescas e brilhantes que não conseguiu resistir a colocar um cacho no carrinho também.

— Essas vão ser ótimas para um lanche! — murmurou para si mesma, imaginando-se saboreando cada uma delas.

Passando pela seção dos vegetais, Hikari decidiu que era hora de ser criativa. Pegou cenouras crocantes, abobrinhas verdes e alguns pimentões coloridos. Enquanto escolhia os ingredientes, notou uma senhora idosa que lutava para alcançar algumas batatas na prateleira mais alta.

— Posso ajudar? — perguntou Hikari, se aproximando com um sorriso gentil.

— Oh, querida! Muito obrigada! — respondeu a senhora com um sorriso caloroso. — Meus braços já não têm a mesma força de antes!

Hikari alcançou as batatas e as entregou à senhora, que a agradeceu efusivamente. Esse pequeno gesto fez seu coração se aquecer; ela sempre acreditou que pequenas ações podiam fazer uma grande diferença.

Depois de completar a parte das frutas e vegetais, Hikari se dirigiu à seção dos laticínios. Escolheu leite fresco e iogurte natural, planejando algumas receitas saudáveis para a semana. Enquanto caminhava pelo corredor, viu uma embalagem de queijo que chamou sua atenção.

— Hmm… isso seria perfeito para uma tábua de queijos! — pensou com entusiasmo.

Ela pegou o queijo e continuou explorando o mercado, sentindo-se cada vez mais satisfeita com suas escolhas. Ao chegar à seção dos grãos e cereais, decidiu pegar arroz integral e quinoa.

— Vou fazer um prato especial esta semana! — disse para si mesma, imaginando as combinações saborosas que poderia criar.

Com o carrinho quase cheio e o coração leve, Hikari se dirigiu ao caixa. Enquanto esperava na fila, olhou ao redor e viu famílias reunidas, amigos rindo juntos e crianças correndo pela loja. A atmosfera era cheia de vida e alegria.

Finalmente chegou sua vez no caixa. A atendente sorriu enquanto escaneava os itens.

— Você fez boas escolhas hoje! — comentou a atendente.

— Obrigada! Estou planejando algumas receitas novas — respondeu Hikari com entusiasmo.

Depois de pagar pelas compras, Hikari saiu do mercado com sacolas cheias e uma sensação de realização. O dia tinha sido simples, mas estava repleto de pequenas alegrias. Ao voltar para casa, ela pensava nas delícias que iria preparar e na satisfação que sentia por ter feito tudo sozinha.

Mas ao sair do mercado, tive um sentimento nada bom.

me senti observada. Eu olhava para vários cantos e não via ninguém. Meu celular vibrou e eu atendi, sem saber que essa ligação mudaria tudo.

— Hikari? — a voz de uma pessoa veio através do telefone, carregada de uma tensão que me fez arrepiar.

— O que você quer? — perguntei, tentando manter a calma.

— Você sabe muito bem o que eu quero. É hora de você tomar uma decisão, — ele disse, sua voz fria como gelo. — Se você não se separar de Heeseung e Jake, eu vou fazer o inferno na sua vida.

Meu coração disparou. As palavras dele eram como um soco no estômago.

— Você não pode fazer isso! — tentei protestar, mas ele continuou.

— Ah, mas posso sim. E você sabe que eu sou capaz de tudo. Pense bem, Hikari. Você realmente quer arriscar tudo isso? Eles não vão estar ao seu lado quando eu começar a agir.

Eu me senti paralisada, as lembranças do nosso relacionamento tumultuado voltando à tona.

— por favor… isso não é necessário! — implorei, tentando apelar para qualquer traço de humanidade que ele ainda pudesse ter.

— A escolha é sua. Lembre-se disso — ele respondeu antes de desligar, deixando um silêncio ensurdecedor no ar.

Com o coração pesado e a mente confusa, olhei ao redor mais uma vez. A sensação de estar sendo observada cresceu ainda mais, e percebi que precisava agir rápido. Não podia deixar que o passado voltasse para me assombrar.

Ele não deveria ter voltado..