Eu Sou a Luna 2

Capitulo 14

ZAIA

Silêncio.Uma resposta que seja mais alta do que qualquer palavra poderia ser.Eu me levanto e ele olha para mim, pálido.“Eu não disse nada,” Ele diz, seu coração batendo forte. Eu não disse nada!”

“Seu silêncio foi o suficiente”, digo baixinho enquanto ando em volta da minha mesa e abro minha gaveta.Pego minha arma e vejo seu rosto ficar pálido.“Por favor, não! Por favor, me perdoe! Tenha misericórdia!”Eu o ignoro e coloco um cartucho totalmente carregado, ouvindo o clique satisfatório quando ele trava no lugar – meu coração aperta enquanto olho para a porta.

Ágata…“Não faça isso! Eles vão me matar, por favor!”"Bom, sorte sua, você vai ser colocado em uma cela de prisão em isolamento. Você pode sobreviver, mesmo que não veja a luz de outro dia novamente." Eu digo friamente enquanto fecho a porta.O sorriso dela, sua personalidade alegre, sua preocupação com as crianças. Não quero que seja ela, não aguento mais nenhuma traição.

Sinto que tenho forças para continuar, mas então algo mais me atinge e me pergunto o quanto mais serei capaz de suportar.Estou me perdendo, perdendo o controle de tudo.“Alfa, por favor, me perdoe. Eu fiz tudo porque não tive escolha. Por favor, mostre compaixão!”

"Silêncio", ordeno, minha voz tremendo apesar do poder que ela tem enquanto caminho até a porta e a abro.Justin e outro guarda estão ali. "Mantenha-o drogado e coloque-o em uma cela. Juro que se ele desaparecer de alguma forma, todos serão responsabilizados. Tenho algo para fazer.

Voltarei."“Entendido! Aonde você vai, Alfa?Devo ir com você?”“Não. Estou bem sozinho.” Respondo a Justin com firmeza.Não posso nem confiar na minha própria matilha. Estou andando no limite, pronto para ser esfaqueado nas costas a qualquer momento.momento por um dos meus.

Eles não me perguntam mais nada e eu saio silenciosamente pelo salão da matilha. Posso ouvir a chuva caindo e parece tão triste quanto entro.Abro a porta de entrada e olho para a chuva torrencial. Está quase escuro, e ficou consideravelmente mais frio também.

Estou prestes a sair quando meu telefone toca. Olho para ele.Ático?Meu coração salta com um pequeno lampejo de esperança quando atendo.“Alguma pista?”, pergunto.“Porra, sim, ele- você está sozinho?” ele pergunta. Eu olho em volta."Sim,"

“Ele veio através do Red. Por mais que eu odeie admitir, ele veio.” Sua voz é baixa, mas eu posso ouvir o mal mascaradoexcitação em sua voz. “É um projeto muito inteligente do bando, um que aponta dezenas de câmeras secretas instaladas ao redor daquele bando.”Sebastião…Sinto-me um pouco mais leve e aceno, embora ele não possa me ver.

“Perfeito, remova todos eles. Vamos mostrar a eles que não devemos ser subestimados.”dizer.“Sim, definitivamente. Começamos no primeiro set, e estamos abrindo caminho pelo terreno. Jai, seu pai e eu vamos cuidar deles só para termos certeza de que pegamos cada um.”Ele responde.

“Excelente, certifique-se de não mencionar o nome dele.”“Não faremos isso, fique tranquilo.”"Tudo bem, tchau, tenho algo para resolver", digo baixinho, desligando a ligação.Olho para o meu telefone, me perguntando se Sebastian se curou. Independentemente de ter se curado ou não, ainda pode custar muito a ele se descobrirem que ele os está traindo.Eu odeio como você sempre invoca algo dentro de mim, Bastien...

Eu odeio isso.Saio na chuva, e ela me encharca instantaneamente. Algumas lágrimas conseguem escapar enquanto olho para o céu. Quase como se estivesse chorando as lágrimas que eu queria chorar, mas não consigo...Aperto a porta, recusando-me a deixar que minhas emoções me enfraqueçam enquanto olho por cima do muro que separa o salão da matilha da mansão do Rei.Fazia sentido… até certo ponto… Ela devia ser a pessoa por trás das câmeras…

Ela teria conseguido acessar facilmente minhas contas bancárias para fazer o pagamento, já que nunca trancamos as portas.Por que faríamos isso, se era uma casa de família única e com poucos funcionários de confiança?Ethan… ele estava sempre por perto. A própria Agatha me disse que se eu precisasse ir a algum lugar, Ethan me levaria.

Claro… fique de olho em mim…Ela fingiu odiar Annalise e ficou muito feliz quando me tornei sua nora.Mentiras.Tudo parte de um plano maior, embora eu não entenda por que ela fingiria gostar de mim e depois me separaria do filho dela.Foi porque ela sabia que eu escolheria o sublime? Não sei…

Deixo meu telefone gravar e o coloco de volta no bolso, tomando cuidado para não cobrir os alto-falantes.Entro nos portões da mansão do Rei; os guardas me deixam passar, e caminho até a porta da frente. Toco a campainha, sentindo meu estômago revirar mais uma vez.Agatha… é difícil de acreditar.

Eu escovo meu cabelo pingando para trás enquanto a porta é aberta. “Alpha Zaia, bem-vinda de volta.” O mordomo diz, abaixando a cabeça para mim.“Obrigada. Tem alguém em casa?”, pergunto, sorrindo graciosamente.“Sim, senhora, a senhora está em casa.

”Eu vejo.“Excelente. Vou esperar por ela. Mas é melhor eu pegar uma toalha primeiro.”Ele sorri. “Claro, permita-me-”“Ah, não, eu vou ficar bem. Vou pegar uma.” Eu o tranquilizo antes de andar pelo corredor como se estivesse indo para a lavanderia, mas no momento.

Estou fora de vista, examino o corredor, tentando descobrir a localização de Agatha.Não consigo ouvir ninguém lá embaixo... Olho para as escadas e subo rapidamente. Ela sempre se retirava para o quarto quando tinha tempo livre.O tapete sob meus pés silencia completamente meus passos.

Apesar da confirmação silenciosa de Ethan, ainda estou em negação. Tentando entender o fato de que Agatha é de fato parte disso, apesar de ter apontado o suficiente para ela para que faça sentido.Eu caminho pelo corredor e bato na porta fechada do quarto dela e de Aran. Sem esperar por uma resposta, eu abro e entro.Agatha parece assustada enquanto está parada na porta.

de sua pequena sala, fechando a porta atrás de si um pouco rápido demais. Era o lugar para onde ela se retirava para ler e relaxar.“Zaia! Você me assustou! Como você está? Oh meu Deus, você está encharcada. Sente-se, vou pegar uma toalha para você!” Mas o jeito que ela estava parada ali era como se estivesse me esperando.Eu forço um sorriso no meu rosto.

“Obrigada,” eu digo calmamente, as palavras me deixando doente.Seus olhos se arregalam antes de brilharem com lágrimas."Venha sentar, querida", ela diz enquanto caminha até mim e toca minha bochecha quando não me movo.

Nossos olhos se encontram e, mais uma vez, parece que não pode ser verdade.Você realmente envenenou seu próprio neto?Meu coração dói só de pensar nisso. Como alguém pode ser tão cruel?Ela me guia até a cama, e eu sento. “Você está bem, querida?”“Estou cansado. Só queria vir te ver.” Eu digo suavemente, mascarando meu tumulto interior.

“Oh, criança… espere aqui. Vou pegar uma toalha para você antes que você pegue um resfriado e então podemos conversarsobre isso enquanto tomamos algumas bebidas quentes.”Ela está prestes a ir ao banheiro antes de dar um tapa na testa.

“Eu já volto. Mandei eles limparem o lugar inteiro e eles levaram as toalhas. Além disso, vou dizer para eles pegarem um chá...” ela explica enquanto sai do quarto.No momento em que ela faz isso, meus olhos endurecem, e eu me levanto, me perguntando se ela clicou. Ela pode saber ou não...

mas eu a coloco sob o comando alfa?Olho para a porta do quarto que está entreaberta e atravesso rapidamente o cômodo e tento abrir a porta da sala dela, mas ela não se move.Fechadura automática? Deve ser, já que ela não trancou com chave.É um quarto que eu nunca vi, pois era o refúgio dela.

Um lugar que nem Aran tinha permissão para entrar, e isso me deixa ainda mais curioso sobre ele.Ao ouvir seus passos, volto rapidamente para a cama e sento-me.“Aqui estamos!” ela diz enquanto se aproxima segurando uma toalha. Eu a pego antes que ela possa tentar me ajudar, não confiando nela caso ela tenha colocado algo nela.“Obrigada,” eu digo, colocando a toalha na cama.

Vendo-a olhar em direção à porta da sala, eu me levanto.Ela parece surpresa enquanto olha para a toalha. "Você está bem, Zaia? Você vai pegar um resfriado!"“Um resfriado não é nada comparado a tudo que passei”, digo baixinho, meus olhos endurecendo enquanto olho para ela. “Diga-me, há quanto tempo você está conspirando contra mim?”