XLII

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Park Jimin





Estaciono numa estrada de terra em um lugar bem afastado, depois de ter a certeza de que não fomos perseguidos por ninguém. 

Abaixo, o vidro da janela do carro. Tento respirar um ar puro e, ao ver a escuridão vinda da floresta, sinto o ar frio penetrar na minha pele, causando arrepios em todos os meus membros. Seguro o volante com força, respirando fundo, lembrando-me de que cada minuto que passa, o meu tempo está se esgotando.

Pisco algumas vezes, direcionando a minha atenção para o céu. A noite está sem nenhuma estrela, com apenas a lua o iluminando, o que é algo encantador. Amo noites assim, de certa forma me traz uma sensação boa.

Transfiro o olhar para o retrovisor e Jeon me encara preocupado, me deixando ainda mais receoso pelo fato de que, em breve, ele estará nas mãos do Seung. Viro-me para o Henry, que está concentrado no seu celular.

Percebo que ele está ansioso por tudo o que está por vir. Henry é medroso, pois entrou nessa vida sem ter escolha, mas, ainda assim, daria a sua vida por nós. E hoje é o dia em que ele se libertará desse mal.

— Rapazes, podem me dar uns minutos com o Jeon? — Peço, minha voz sai mansa e cansada. — Preciso conversar a sós com ele.

— Vamos, Henry, temos que checar se não fomos seguidos realmente. — Noah diz, Henry concorda.

Eles saem, me deixando sozinho com o alfa, que permanece sem dizer nada. Me viro para ele, já levanto do meu assento, indo sentar em seu colo. Jeon suspira sem retirar seus olhos de mim.

— Jun… — Chamo o seu nome manhosamente.

— Meu amor, estava com saudade. — Declara.

Olhando para suas mãos, me deparo com uma vermelhidão nos pulsos devido às algemas.

— Sinto muito pelas algemas. — Peço, soltando as algemas, libertando por um momento. Encaro o local, o segurando e levando até a boca, deixando um beijo nele.

Jeon sorri de forma fofa devido à minha ação, carinhosa.

— Amor, me deixa te ajudar, juntos podemos acabar com isso. 

Uma das mãos desliza para a minha cintura, deixando um aperto gostoso no local, enquanto a outra faz um carinho singelo na minha bochecha.

— Não, essa é a minha batalha e será muito arriscado. Finalmente encontrarei a minha paz e matarei o meu bicho-papão. — Me aproximo, depositando um beijo em seus lábios, e volto a falar. — Então, ouça, depois da meia-noite, o Noah entrará na sua cela e te soltará, te levará para fora, te dará um celular para que ligue para virem te buscar. Vá embora sem olhar para trás.

Os seus lábios se contraem e o olhar se entristece.

— Não posso fazer isso, não vou deixar você novamente. — As lágrimas se acumulam no canto de seus olhos.

— Sim, você vai e sabe o porquê? — Pergunto, e ele nega com a cabeça, portanto, continuo. — Se algo der errado, nosso filho precisa que um de nós esteja com ele em sua jornada.

— Eu te amo, Jimin, e não posso te perder, amor. — O seu olhar indica que cada palavra dita é verdadeira.

— E não vai, não estou disposto a morrer essa noite, alfa. Tenho um futuro pela frente. — Encosto nossas testas e suspiro. Ele fecha os olhos, pego a sua mão e a levo até a barriga, contando sobre a gravidez. — E também estou grávido, Jungkook, estou esperando um filho seu.

The force Of destinyOnde histórias criam vida. Descubra agora