Monte Carlo, Monaco (Amelie' pov)
Eu fechei a porta atrás de mim, soltando um suspiro longo e pesado. O silêncio na casa era quase ensurdecedor, diferente do barulho alegre que Charlotte sempre trazia consigo. Quando entrei na sala, encontrei Max sentado no sofá, com os cotovelos apoiados nos joelhos e as mãos entrelaçadas. Ele declarou a cabeça ao me ver, e algo na sua expressão me fez parar no lugar.
- Precisamos conversar, Amelie - ele disse, direto, sem rodeios - Sobre nós - ele respondeu, seus olhos fixos nos meus - Sobre ontem à noite, sobre o que aconteceu... e o que isso significa.
Eu senti meu rosto esquentar, e automaticamente desvie o olhar. Era como se, de repente, o quarto ficou menor, o ar mais pesado. Não havia como fugir disso. Ele tinha razão. Precisávamos conversar sobre o beijo, sobre termos dormidos juntos, sobre o que quer que fosse essa coisa que emparelhasse entre nós.
- Max, eu... - comecei, mas as palavras mais acentuadas de formar - Eu não sei o que dizer.
Ele se levantou do sofá, caminha até mim com passos lentos e deliberados. Quando estava a apenas alguns passos de distância, ele parou, os olhos azuis tempestuosos ainda me estudando como se estivessem tentando decifrar meus pensamentos.
- Então vou começar - ele disse suavemente - Amelie, eu sei que a nossa história é complicada. E sei que, por muito tempo, fizemos o possível para seguir nossas vidas separadas.
- Parece que quanto tudo começa a se acertar, nós dois caímos em alguma armadilha - Rimos meio desajeitados. Max deu um passo à frente, agora tão perto que eu podia sentir a intensidade em seus olhos.
- Eu não sei o que tudo isso significa ainda - ele continuou, sua voz baixa, quase um sussurro - Mas o que eu sei é que não quero fingir que isso não aconteceu. Não quero ignorar o que sinto por você, Amelie.
Max estava perto, muito perto. Eu poderia sentir o calor dele irradiando, a forma como presença sua parecia preencher todo o espaço ao nosso redor. Seu olhar estava fixo em mim, como se me tentasse dar coragem para enfrentar algo que eu mesmo não tinha certeza se estava pronto para encarar.
Meu coração parecia estar preso em um nó apertado. As palavras dele eram sinceras, transmitidas de algo que eu sabia ser verdade, mas que ainda me assustava profundamente. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele deu um passo mais perto, a pouca distância entre nós desaparecendo por completo.
- Max... - comecei, mas minha voz falhou, transmitindo emoções que nem eu consegui decifrar. Em vez de terminar a frase, soltei suas mãos devagar e, antes que pudesse reconsiderar, levantei as minhas até o rosto dele.
Ele parecia surpreso, mas não se moveu, como se estivesse me deixando tomar as decisões. Meus dedos roçaram sua pele, e, naquele instante, tudo o que existia era ele — seus olhos azuis, a respiração dele tão próxima da minha. Então, sem mais hesitar, inclinei-me e pressionei meus lábios nos dele.
O beijo começou suave, hesitante, como se eu estivesse testando as águas. Mas quando ele correspondia, sua boca se movia com a minha, algo dentro de mim se soltava. Minha insegurança foi vencida por algo mais intenso, mais verdadeiro. Suas mãos subiram até minha cintura, me puxando delicadamente para mais perto, e eu senti meu corpo se encaixar no dele como se pertencesse ali.
Quando finalmente nos afastamos, o mundo parecia ter parado. Nossas testas ficaram encostadas, as respirações misturadas no espaço apertado entre nós. Por um instante, ficamos parados, nossos lábios separados, mas ainda tão próximos que eu podia sentir a respiração quente dele contra minha pele. O sorriso em seus lábios desaparecido, substituído por algo mais profundo, mais intenso. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele inclinou a cabeça, aproximando-se novamente, e dessa vez foi diferente.
![](https://img.wattpad.com/cover/364255769-288-k842319.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
This love
أدب الهواةO destino sempre nos pega peças, e isso era quase um lema para Amélie Schumacher quando ela percebeu o efeito que Max Verstappen tinha em sua vida. Entre encontros e desencontros, momentos e conflitos não existe nada que possa separá-los, ou foi pel...